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Visita pastoral do Papa Francisco à Coreia em 17 de agosto de 2014, 18:25:32. |
- NOME COMPLETO: Jorge Mario Bergoglio
- NASCIMENTO: 17 de dezembro de 1936; Buenos Aires, Argentina
- FALECIMENTO: 21 de abril de 2025, 07:35 (88 anos); Cidade do Vaticano (Derrame Cerebral e depois, Parada Cardíaca)
- NACIONALIDADE: argentino
- FAMÍLIA: Mãe: Regina Maria Sivori Gogna (1911-1981), Pai: Mario Giuseppe Bergoglio Vasallo (1908-1959)
- FUNÇÕES EXERCIDAS: Bispo auxiliar de Buenos Aires (1992-1997), Arcebispo coadjutor de Buenos Aires (1997-1998), Arcebispo de Buenos Aires (1998-2013)
- TIME DO CORAÇÃO: Club Atlético San Lorenzo de Almagro
Francisco (em latim: Franciscus), S.J., nascido Jorge Mario Bergoglio (1936 – 2025), foi o 266.º Papa da Igreja Católica, Bispo de Roma e Soberano da Cidade do Vaticano de 13 de março de 2013 até a data da sua morte. Foi o primeiro Bispo de Roma a ser membro da Companhia de Jesus (Jesuítas), o primeiro das Américas, o primeiro do Hemisfério Sul, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1.200 anos (o último havia sido o sírio Gregório III, morto em 741) e o primeiro papa a utilizar o nome de Francisco. Tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e foi elevado ao cardinalato em 21 de fevereiro de 2001 — véspera da festa da Cátedra de São Pedro — com o título de Cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino, por São João Paulo II. Foi eleito papa em 13 de março de 2013.
Ao longo de sua vida pública, o Papa Francisco se destacou por sua humildade, ênfase na misericórdia de Deus, visibilidade internacional como papa, preocupação com os pobres e compromisso com o diálogo inter-religioso. Ele é creditado por ter uma abordagem menos formal ao papado do que seus antecessores, por exemplo, escolhendo residir na casa de hóspedes Domus Sanctae Marthae, em vez de nos aposentos papais do Palácio Apostólico usados por papas anteriores. Ele sustenta que a Igreja deve ser mais aberta e acolhedora. Ele não apoia o capitalismo desenfreado, o marxismo ou as versões marxistas da teologia da libertação. Francisco mantém as visões tradicionais da Igreja em relação ao aborto, casamento, ordenação de mulheres e celibato clerical. Ele se opõe ao consumismo e apoia a ação sobre as mudanças climáticas, foco de seu papado com a promulgação de Laudato si'.
Na diplomacia internacional, ajudou a restaurar temporariamente as relações diplomáticas completas entre os Estados Unidos e Cuba e apoiou a causa dos refugiados durante as crises migratórias da Europa e da América Central. Desde 2018, é um oponente vocal do neo-nacionalismo. Seu papado deu ênfase ao combate de abusos sexuais por membros do clero católico, tornando obrigatórias as denúncias e responsabilizando quem as omite.
BIOGRAFIA
Jorge Mario Bergoglio nasceu numa família de imigrantes italianos. O seu pai, Mario Giuseppe Bergoglio Vasallo, nascido em Portacomaro em 2 de abril de 1908 e falecido em 1959, era um trabalhador ferroviário e sua mãe, Regina Maria Sivori Gogna, nascida em Buenos Aires, de pais genoveses, em 28 de novembro de 1911 e falecida em 8 de janeiro de 1981, era dona de casa. Os dois se casaram em Buenos Aires no dia 12 de dezembro de 1935. Mario Giuseppe também jogava basquetebol no San Lorenzo, um dos cinco grandes do futebol argentino e cujas origens haviam sido impulsionadas por um padre. Jorge tornar-se-ia torcedor sanlorencista, já tendo afirmado que não perdeu nenhum jogo do título argentino de 1946, quando tinha então dez anos. Em carta aos dirigentes do clube que o visitaram uma semana após tornar-se Papa, relembrou: "Tem vindo à minha memória belas recordações, começando desde a minha infância. Segui, aos dez anos, a gloriosa campanha de 1946. Aquele gol de Pontoni!".
Nascido e criado no bairro de Flores, atual sede do San Lorenzo, o Papa Francisco é o mais velho de cinco filhos, tendo como irmãos: Oscar Adrian Bergoglio (nascido em 30 de janeiro de 1938 e já falecido), Marta Regina Bergoglio (nascida em 24 de agosto de 1940 e falecida em 11 de julho de 2007), Alberto Horacio Bergoglio (nascido em 17 de julho de 1942 e falecido em 15 de junho de 2010) e Maria Elena Bergoglio (nascida em 7 de fevereiro de 1948). Inicialmente, alguns órgãos de mídia teriam afirmado que Jorge Bergoglio fez graduação e mestrado em química, na Universidade de Buenos Aires, porém mais tarde se verificou que esta informação era incorreta, ele tendo apenas um diploma técnico em química pela Escuela Técnica Industrial N° 27 Hipólito Yrigoyen. Na juventude, teve uma doença respiratória que numa operação de remoção lhe fez perder um pulmão. Durante a sua adolescência, teve uma namorada, Amalia. Segundo ela, Bergoglio chegou a pedi-la em casamento durante a época, tendo ele inclusive afirmado que, do contrário, se tornaria padre.
COMPANHIA DE JESUS
Ingressou no noviciado da Companhia de Jesus em março de 1958. Fez o juniorado em Santiago, Chile. Graduou-se em Filosofia em 1960, na Universidade Católica de Buenos Aires. Entre os anos 1964 e 1966, ensinou Literatura e Psicologia, no Colégio Imaculada, na Província de Santa Fé, e no Colégio do Salvador, em Buenos Aires. Graduou-se em Teologia em 1969. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano. Emitiu seus últimos votos na Companhia de Jesus em 1973. Em 1973 foi nomeado Mestre de Noviços, no Seminário da Villa Barilari, em San Miguel. No mesmo ano foi eleito superior provincial dos jesuítas, na Argentina. Em 1980, após o período do provincialato, retornou a San Miguel, para ensinar em uma escola dos jesuítas.
No período de 1980 a 1986 foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel. Após seu doutorado na Alemanha, foi confessor e diretor espiritual em Córdoba. Francisco fala fluentemente o espanhol (sua língua nativa), italiano, relativamente bem francês e alemão, e pouco o inglês, assim como o português e o latim.
EPISCOPADO
Em 20 de maio de 1992, o Papa João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Buenos Aires, com a sé titular de Auca (Aucensi). Sua ordenação episcopal deu-se a 27 de junho de 1992, pelas mãos do cardeal Quarracino, de Dom Emilio Ogñénovich e de Dom Ubaldo Calabresi. Em 3 de junho de 1997, foi nomeado arcebispo coadjutor de Buenos Aires. Tornou-se arcebispo metropolitano de Buenos Aires no dia 28 de fevereiro de 1998.
Foi nomeado ordinário para os fiéis de rito oriental sem ordinário próprio, na Argentina, pelo Papa João Paulo II, em 30 de novembro de 1998.
Cardinalato: Foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público de 2001, ocorrido em 21 de fevereiro de 2001, presidido pelo Papa João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino. Quando foi nomeado, convenceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma. Em vez de irem ao Vaticano celebrar a nomeação, pediu que dessem o dinheiro da viagem aos pobres.
Foi membro dos seguintes dicastérios na Cúria Romana:
- Congregação para o Clero
- Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos
- Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica
- Pontifícia Comissão para a América Latina
- Pontifício Conselho para a Família
PONTIFICADO
O cardeal Bergoglio foi eleito em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave, escolhendo o nome de Francisco. Ele é o primeiro jesuíta a ser eleito Papa, o primeiro Papa do continente americano, do Hemisfério Sul e o primeiro não europeu investido como bispo de Roma em mais de 1 200 anos, desde Papa Gregório III, que nasceu na Síria e governou a Igreja Católica entre 731-741.
Quando lhe foi perguntado, na Capela Sistina, se aceitava a escolha, disse: "Eu sou um grande pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, aceito". O anúncio (Habemus Papam) foi feito por Jean-Louis Tauran.
O Papa Francisco apareceu ao povo na sacada (ou varanda) central da Basílica de São Pedro por volta das 20 horas e 30 minutos (hora de Roma). Vestindo apenas a batina papal branca, acompanhou a execução da Marcha Pontifical e saudou a multidão com um discurso
“Irmãos e irmãs, boa noite! Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado! E, antes de mais nada, quero fazer uma oração pelo nosso Bispo Emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde”.
O Papa rezou as orações do Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai, dedicando-os ao Papa Emérito. Em seguida, completou:
“E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo... este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Espero que este caminho de Igreja, que hoje começamos e no qual me ajudará o meu Cardeal Vigário, aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta cidade tão bela! E agora quero dar a bênção, mas antes… antes, peço-vos um favor: antes de o Bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe a mim; é a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu Bispo. Façamos em silêncio esta oração vossa por mim”.
O Papa abaixou a cabeça em sinal de oração, e toda a praça silenciou por um momento. Por fim, realizou sua primeira bênção Urbi et Orbi, e despediu-se da multidão dizendo "Boa noite, e bom descanso!".
Nome Papal: Ao ser eleito, o novo pontífice escolheu o nome de Francisco. Segundo o próprio, uma referência a Francisco de Assis fazendo referência à "sua simplicidade e dedicação aos pobres" e motivado pela frase dita por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, logo após sua eleição, ainda na Capela Sistina: "Não esqueça dos pobres". Francisco de Assis (1182 — 1226), padroeiro da Itália, foi o fundador da família franciscana.
“Alguns não sabiam porque é que o Bispo de Roma queria ser chamado de Francisco. Alguns pensaram em Francisco Xavier,Francisco de Sales, até mesmo Francisco de Assis.(...) imediatamente, em relação aos pobres, pensei em Francisco de Assis. Depois, pensei nas guerras, à medida que o escrutínio prosseguia. E Francisco é o homem da paz. E assim, o nome veio, no meu coração: Francisco de Assis. Para mim, ele é o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e cuida da criação; neste momento, também nós temos uma relação não tão boa com a criação, não é verdade? É o homem que nos dá este espírito de paz, o homem pobre... Ah, como eu gostaria de uma Igreja pobre e para os pobres!”
— Entrevista do Papa Francisco aos jornalistas, Vaticano, 16 de março de 2013
O nome do pontífice não será acrescido do ordinal "I" (primeiro) em algarismo romano. Segundo a Santa Sé isso só acontecerá se, um dia, houver um papa Francisco II.
Encontro com o Papa Emérito: No dia 23 de março de 2013, o Papa Francisco foi recebido para um almoço no Palácio Pontifício de Castel Gandolfo, residência de verão dos papas, por seu antecessor Bento XVI, na época bispo emérito de Roma. O encontro foi o primeiro entre dois papas em, pelo menos, 600 anos.
Consagração do Estado do Vaticano: Na presença do seu antecessor, o papa emérito Bento XVI, e por ocasião da inauguração de um novo monumento nos jardins do Vaticano, da autoria do artista Giuseppe Antonio Lomuscio, o Papa Francisco consagrou no dia 5 de julho de 2013 o Estado da Cidade do Vaticano a São Miguel Arcanjo e a São José. Durante o ato solene de consagração, o Santo Padre pediu expressamente a São Miguel:
“Vele por esta cidade e pela Sé Apostólica, coração e centro do catolicismo, para que viva na fidelidade ao Evangelho e no exercício da caridade heroica" e implorou "Desmascare as insídias do demônio e do espírito do mundo. Faz-nos vitoriosos contra as tentações de poder, da riqueza e da sensualidade. Seja o baluarte contra todos os tipos de manipulação que ameaça a serenidade da Igreja; seja a sentinela de nossos pensamentos, que livra do assédio da mentalidade mundana; seja nosso paladino espiritual”.
Em relação à consagração feita a São José, o Santo Padre proclamou:
“Queridos irmãos e irmãs, consagramos também o Estado da Cidade do Vaticano a São José, custódio de Jesus e da Sagrada Família. Que a sua presença nos torne mais fortes e corajosos em dar espaço a Deus na nossa vida, para vencer sempre o mal com o bem. Sob o seu olhar benevolente e sábio colocamos hoje com confiança renovada, os bispos e sacerdotes, as pessoas consagradas e os fiéis leigos que trabalham e vivem no Vaticano”.
— «Papa Francisco consagra o Vaticano a São José e a São Miguel Arcanjo». 5 de julho de 2013. Consultado em 14 de julho de 2013
Brasão e lema: Escudo eclesiástico de blau, com um sol radiante e flamejante de jalde carregado do monograma IHS de goles, sobreposta a letra H de uma cruz do mesmo e três cravos de sable postos em pala, sob o monograma – armas da Companhia de Jesus - acompanhado em ponta de uma estrela de oito pontas senestrada de um ramo de flor de nardo, ambos de jalde. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes.[59] Uma mitra papal de argente, com três faixas de jalde. Sob o escudo, um listel de argente com o mote: "Miserando Atqve Eligendo", em letras de sable. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.[59]
O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. Nele estão representadas armas da Companhia de Jesus, a qual pertence o pontífice, sendo que a cor blau (azul) simboliza o firmamento e o manto de Maria Santíssima e, heraldicamente, significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza; o sol (radiante de 16 pontas retilíneas e flamejante de dezesseis pontas ondeantes, alternadamente) representa Nosso Senhor Jesus Cristo, o "Sol da Justiça", reforçado pelo monograma de Cristo: IHS (adotado por Santo Inácio em 1541) sobreposto pela cruz, que sendo de goles (vermelho) simboliza: o fogo da caridade inflamada no coração do Soberano Pontífice pelo Divino Espírito Santo, que o inspira diretamente do governo supremo da Igreja, bem como valor e o socorro aos necessitados, que o Vigário de Cristo deve dispensar a todos os homens.[59]
Os cravos, enquanto instrumentos da paixão, lembram a nossa redenção pelo sangue de Cristo e sua cor, sable (preto), representa: sabedoria, ciência, honestidade e firmeza. A estrela, de acordo com a antiga tradição heráldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja;[59] enquanto a flor de nardo simboliza São José, patrono da Igreja Universal, que na tradição da iconografia hispânica, é representado com um ramo de nardo nas mãos. Sendo ambos de jalde, têm o significado heráldico deste metal, já descrito acima. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção a Nossa Senhora e ao seu castíssimo esposo. Somadas as três representações, têm-se a homenagem do pontífice à Sagrada Família: Jesus, Maria e José, modelo da família humana que devem ser defendidas pela Igreja.
Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves decussadas, uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. São uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A mitra pontifícia usada como timbre, recorda em sua forma e esmalte, a simbologia da tiara, sendo que as três faixas de jalde (ouro) significam os três poderes papais: Ordem, Jurisdição e Magistério, ligados verticalmente entre si no centro para indicar a sua unidade na mesma pessoa.
No listel, o lema "MISERANDO ATQVE ELIGENDO " (Olhando-o com misericórdia o elegeu), foi retirado de uma homilia de São Beda, o Venerável, (Hom. 21; CCL 122, 149-151) que, comenta o evangelho de São Mateus (Mt 9,9), escrevendo "Vidit ergo lesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me' ("Viu Jesus a um publicano e, olhando-o com misericórdia, o elegeu e lhe disse: siga-me"). Este lema, presente na Liturgia das Horas da festa de São Mateus, é um tributo à Divina Misericórdia, tendo um significado especial e particular na vida e no itinerário espiritual do pontífice.
Viagens apostólicas:
- Encíclicas:
- Lumen fidei (Luz da Fé), assinada em 29 de junho de 2013, publicada em 5 de julho de 2013. Primeira encíclica do seu pontificado, que havia sido iniciada pelo seu antecessor, Bento XVI.
- Laudato si' (Louvado Seja), publicada em 18 de junho de 2015, apela à ação contra o aquecimento global e a degradação do meio ambiente.
- Fratelli tutti (Todos irmãos – sobre a fraternidade e a amizade social).
- Dilexit nos (Amou-nos - sobre o Amor humano e divino do coração de Jesus).
- Exortações apostólicas:
- Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho), publicada em 24 de novembro de 2013.
- Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.
- Amoris laetitia (Alegria do Amor), publicada em 8 de abril de 2016.
- Exortação Apostólica sobre a alegria do amor na família.
- Gaudete et exsultate (Alegrai-vos e exultai!), publicada em 19 de março de 2018.
- Exortação Apostólica sobre a chamada à santidade no mundo atual.
- Motu próprio:
- Carta Apostólica sobre a jurisdição dos órgãos judiciários do Estado da Cidade do Vaticano em matéria penal - 11 de julho de 2013.
- Carta Apostólica sobre a prevenção e combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à proliferação de armas de destruição de massa - 8 de agosto de 2013.
- Carta Apostólica aprovando o novo Estatuto da Autoridade de Informação Financeira - 15 de novembro de 2013.
- Carta Apostólica Fidelis dispensator et prudens (Administrador fiel e prudente) para a constituição de uma nova estrutura de coordenação para os assuntos econômicos da Santa Sé e do Vaticano - 24 de fevereiro de 2014.
- Carta Apostólica sobre a Transferência da Seção Ordinária da Administração da Sé Apostólica à Secretaria para a Economia - 8 de julho de 2014.
- Carta Apostólica Vos estis lux mundi (Vós sois a luz do mundo), de 9 de Maio de 2019, sobre a luta contra a pedofilia na Igreja.
CRIAÇÃO DE CARDEAIS
Em seu primeiro consistório, em 22 de fevereiro de 2014, o Papa Francisco criou dezenove novos cardeais, incluindo o brasileiro Dom Orani João Tempesta, arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Em seu segundo consistório, realizado em 14 de fevereiro de 2015, Francisco criou vinte novos cardeais, incluindo o patriarca de Lisboa Dom Manuel José Macário do Nascimento Clemente, o Bispo de Santiago de Cabo Verde Dom Arlindo Gomes Furtado e o bispo-emérito de Xai-Xai, Dom Júlio Duarte Langa.
MORTE
Em 21 de abril de 2025, segunda-feira de Páscoa, o Papa Francisco morreu aos 88 anos, às 07:35 CEST (UTC+02:00), em sua residência, a Domus Sanctae Marthae, na Cidade do Vaticano. Sua morte foi anunciada pelo Cardeal Kevin Farrell por meio de uma transmissão da Vatican Media e uma declaração em vídeo às 09:47, aproximadamente duas horas após a morte.
A causa da morte ainda não foi oficialmente divulgada, mas ocorreu após uma internação de cinco semanas em um hospital, um mês antes, devido a uma infecção do trato respiratório e pneumonia bilateral. Fontes italianas não oficiais sugerem que a morte possa ter sido causada por um problema cerebral, possivelmente um derrame.
O Cardeal Kevin Farrell, Camerlengo da Santa Igreja Romana, leu um anúncio, que também foi transmitido pela Vatican Media, afirmando que o Papa Francisco havia morrido aos 88 anos, às 07h35 CEST, na Cidade do Vaticano. O anúncio de Farrell foi lido na capela da residência papal em Domus Sanctae Marthae. As circunstâncias exatas da morte são atualmente desconhecidas.
De acordo com a lei da Igreja, o conclave papal de 2025 pode começar no mínimo em 6 de maio de 2025, 15 dias após o papado ficar vago, mas pode começar antes se todos os cardeais eleitores tiverem chegado a Roma, conforme especificado nas Normas Nonnullas do Papa Bento XVI de 26 de fevereiro de 2013). A data mais recente possível para o início do conclave é 11 de maio de 2025.
História de Fundo: Eleito em março de 2013, aos 76 anos, o Papa Francisco era considerado relativamente saudável, apesar de apresentar danos pulmonares crônicos decorrentes de uma excisão pulmonar realizada na juventude. Segundo seus médicos, a remoção do tecido pulmonar não comprometia significativamente sua saúde, exceto pela possível redução da reserva respiratória em caso de infecções respiratórias. Durante a década de 2020, tornou-se suscetível a episódios de gripe e bronquite durante o inverno. Problemas no joelho e episódios de ciática levaram-no a utilizar com frequência cadeira de rodas, andador ou bengala.[7]
Em 2021, os problemas de saúde do Papa Francisco suscitaram especulações sobre uma possível renúncia,[8] as quais foram negadas por ele próprio.[9] Em junho de 2022, após ser submetido a tratamento no joelho, cancelou viagens programadas à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul.[10] Em entrevista à agência Reuters, naquele mesmo mês, Francisco afirmou não ter considerado a renúncia, mas que o faria caso sua saúde o impedisse de exercer plenamente suas funções.[11] Durante a sua viagem à República Democrática do Congo, em fevereiro de 2023, Francisco disse que a renúncia “não estava na sua agenda neste momento”.
Em março de 2023, Francisco foi hospitalizado em Roma com uma infecção respiratória.[13] Ele voltou a celebrar a Missa da Vigília Pascal no Sábado Santo, em abril.[14] Em junho, Francis foi submetido a uma cirurgia abdominal após sofrer de uma hérnia.[15] Francis usava cadeira de rodas em público desde 2022, inicialmente devido a dores persistentes no joelho que exigiram uma operação.[16][17] Ele reconheceu que os seus recorrentes problemas de mobilidade precipitaram o início do que a Reuters chamou de "uma nova fase mais lenta do seu papado", embora tenha sido elogiado pelos católicos deficientes por fazer da sua "deficiência parte da sua identidade visível".
Doença final: Em 14 de fevereiro de 2025, Francisco deu entrada no Hospital Gemelli, em Roma, devido a uma bronquite.[20] Sua internação hospitalar foi prolongada devido a uma infecção polimicrobiana do trato respiratório e pneumonia bilateral.[21][22][23] O Vaticano News descreveu seu estado como crítico e informou que ele recebeu transfusões de sangue e oxigênio de alto fluxo.[24][25] Em 23 de fevereiro, foi anunciado que Francis sofria de insuficiência renal em estágio inicial, embora sua condição permanecesse "sob controle".[26][27] Em 26 de fevereiro, ele apresentou uma ligeira melhora,[28] mas dois dias depois Francisco sofreu um espasmo brônquico, fazendo-o inalar vômito e necessitar de ventilação mecânica não invasiva, com o Vaticano afirmando que seu prognóstico permanecia reservado.[29][30] Em 3 de março, foi relatado que ele havia sido retirado da ventilação mecânica e estava se recuperando. O Vaticano revelou que Francisco sofreu dois episódios de “ insuficiência respiratória aguda ”.[33] Após este episódio, o terceiro grande agravamento do estado de saúde do Papa,[34] a ventilação mecânica foi retomada naquela tarde.
Em 19 de março, foi relatado que Francisco não estava mais usando ventilação mecânica à noite, com seus médicos afirmando que sua infecção pulmonar estava sob controle, embora não eliminada.[36] Ele recebeu alta do hospital em 23 de março, imediatamente após abençoar uma multidão de sua varanda; esperava-se que ele passasse pelo menos dois meses se recuperando em sua casa na Domus Sanctae Marthae, na Cidade do Vaticano, mantendo um horário de trabalho reduzido. Ele apareceu em público pela primeira vez desde a hospitalização em 6 de abril.
Em 20 de abril, um dia antes de sua morte e coincidindo com o Domingo de Páscoa, Francisco delegou a tradicional missa de Páscoa ao Cardeal Angelo Comastri, mas fez uma aparição pública surpresa para abençoar o público na Praça de São Pedro, logo após ter se encontrado com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance para trocar saudações de Páscoa depois de entrarem em uma disputa sobre os planos de deportação de migrantes do governo Trump.
Post nº 305
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