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terça-feira, 27 de agosto de 2024

MACHADO DE ASSIS (ESCRITOR BRASILEIRO)

Machado aos 57 anos, 1896. Foto colorida.

  • NOME COMPLETO: Joaquim Maria Machado de Assis
  • NASCIMENTO: 21 de junho de 1839; Rio de Janeiro, Município Neutro, Império do Brasil
  • MORTE: 29 de setembro de 1908 (69 anos); Rio de Janeiro, Distrito Federal, Estados Unidos do Brasil
  • NACIONALIDADE: brasileiro
  • FAMÍLIA: Carolina Augusta Xavier de Novais (cônjuge de 1869–1904)
  • OCUPAÇÃO: escritor, jornalista, contista, cronista, dramaturgo e poeta
  • MOVIMENTO LITERÁRIO: Romantismo/Realismo
  • MAGNUM OPUS: Entre os críticos e o público, destacam-se Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. A crítica considera que suas melhores obras são as da Trilogia Realista.
  • RELIGIÃO: Supostamente Ateísmo
Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 – Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, amplamente reconhecido por críticos, estudiosos, escritores e leitores como o maior expoente da literatura brasileira. Sua produção literária abrangeu praticamente todos os gêneros, incluindo poesia, romance, crônica, dramaturgia, conto, folhetim, jornalismo e crítica literária.

BIOGRAFIA

Morro do Livramento em fotografia antiga. A seta no canto superior direito mostra a casa onde Machado provavelmente nasceu e passou a infância.

Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, então capital do Império, em pleno Período Regencial. Seu pai foi Francisco José de Assis, mulato que pintava paredes, filho de Francisco de Assis e Inácia Maria Rosa, ambos pardos. A mãe foi a portuguesa Maria Leopoldina Machado da Câmara, branca, filha de Estêvão José Machado e Ana Rosa. Os Machado haviam emigrado para o Brasil em 1815, oriundos da Ilha de São Miguel, no arquipélago português dos Açores. Ambos os pais de Machado de Assis sabiam ler e escrever, fato incomum na sua época e classe social. Ambos eram agregados da Dona Maria José de Mendonça Barroso Pereira, esposa do falecido senador Bento Barroso Pereira, que abrigou seus pais e os permitiu morar junto com ela.

As terras do Livramento eram ocupadas pela chácara da família de Maria José e já em 1818 o terreno começou a ser loteado de tão imenso que era, dando origem à rua Nova do Livramento. Maria José tornou-se madrinha do bebê e Joaquim Alberto de Sousa da Silveira, seu cunhado, tornou-se o padrinho, de modo que os pais de Machado resolveram homenagear os dois nomeando-o com seus nomes. Nascera junto a ele uma irmã, que morreu jovem, aos 4 anos, em 1845. Iniciou seus estudos numa escola pública da região, mas não se mostrou interessado por ela. Ocupava-se também em celebrar missas, o que lhe fez conhecer o Padre Silveira Sarmento, que, segundo certos biógrafos, se tornou seu mentor de latim e amigo.

Em seu folhetim Casa Velha, publicado de janeiro de 1885 a fevereiro de 1886 na revista carioca A Estação, e publicado pela primeira vez em livro em 1943 graças à Lúcia Miguel Pereira, Machado fornece descrição do que seria a casa principal e a capela da chácara do Livramento: "A casa, cujo lugar e direção não é preciso dizer, tinha entre o povo o nome de Casa Velha, e era-o realmente: datava dos fins do outro século. Era uma edificação sólida e vasta, gosto severo, nua de adornos. Eu, desde criança, conhecia-lhe a parte exterior, a grande varanda da frente, os dois portões enormes, um especial às pessoas da família e às visitas, e outro destinado ao serviço, às cargas que iam e vinham, às seges, ao gado que saía a pastar. Além dessas duas entradas, havia, do lado oposto, onde ficava a capela, um caminho que dava acesso às pessoas da vizinhança, que ali iam ouvir missa aos domingos, ou rezar a ladainha aos sábados". A vizinhança, de forte influência católica, frequentava a missa na capela; a casa era "uma espécie de vila ou fazenda", onde Machado passou sua infância.

Ao completar 10 anos, Machado tornou-se órfão de mãe. Mudou-se com seu pai para São Cristóvão, na Rua São Luís de Gonzaga nº 48. Seu pai viria a casar em segundas núpcias, em 18 de junho de 1854, com Maria Inês da Silva, mulata e lavadeira, mulher de grande coração que viria a ser o amparo da sua infância. Maria Inês cuidaria do menino após a morte de Francisco, algum tempo depois. Segundo escrevem alguns biógrafos, a madrasta confeccionava doces numa escola reservada para meninas e Machado teve aulas no mesmo prédio, enquanto à noite estudava língua francesa com um padeiro imigrante. Certos biógrafos notam seu imenso e precoce interesse e abstração por livros.

JORNAIS, POEMAS E ÓPERAS

Rio de Janeiro (Brasil). Imprensa Nacional onde Machado de Assis começou trabalhando. Foto Tirada cerca de 1886.

Tudo indica que Machado evitou o subúrbio carioca e procurou a subsistência no centro da cidade. Com muitos planos e espírito aventureiro, fez algumas amizades e relacionamentos. Em 1854, publicou seu primeiro soneto, dedicado à "Ilustríssima Senhora D.P.J.A", assinando como "J. M. M. Assis", no Periódico dos Pobres. No ano seguinte, passou a frequentar a livraria do jornalista e tipógrafo Francisco de Paula Brito. Paula Brito era um humanista e sua livraria, além de vender remédios, chás, fumo de rolo, porcas e parafusos, também servia como ponto de encontro da sua Sociedade Petalógica (peta=(ê), s. f. 1. Mentira, patranha). Um tempo mais tarde, Machado se referiria à Sociedade da seguinte forma: "Lá se discutia de tudo, desde a retirada de um ministro até a pirueta da dançarina da moda, desde o dó do peito de Tamberlick até os discursos do Marquês do Paraná".

No dia 12 de janeiro de 1855, Brito publicou os poemas "Ela" e "A Palmeira" na Marmota Fluminense, revista bimensal do livreiro. Estes dois versos, reunidos junto àquele soneto para a Dona Patronilha, fazem parte da primeira produção literária de Machado de Assis. Aos dezessete anos, foi contratado como aprendiz de tipógrafo e revisor de imprensa na Imprensa Nacional, onde foi protegido e ajudado por Manuel Antônio de Almeida (que anos antes havia publicado sua magnum opus Memórias de um Sargento de Milícias), que o incentivou a seguir a carreira literária. Machado trabalhou na Imprensa Oficial de 1856 a 1858. No fim deste período, a convite do poeta Francisco Otaviano, passou a colaborar para o Correio Mercantil, importante jornal da época, escrevendo crônicas e revisando textos. Durante esta época o jovem já frequentava teatros e outros meios artísticos. Em novembro de 1859, estreava Pipelet, ópera com libreto de sua autoria baseada em Os Mistérios de Paris de Eugène Sue e com música de Ferrari. Escreveu ele sobre a apresentação:

"Abre-se segunda-feira, a Ópera Nacional com o Pipelet, ópera em actos, música de Ferrari, e poesia do Sr. Machado de Assis, meu íntimo amigo,
meu alter ego, a quem tenho muito affecto, mas sobre quem não posso dar opinião nenhuma."

— Texto raro de Machado de Assis, publicado no livro Minoridade Crítica. Época. Consultado em 4 de agosto de 2010. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2011.

Pipelet não agrada consideravelmente o público e os folhetinistas ignoram-na. Gioacchino Giannini, que dirigiu a orquestra da ópera, sentiu-se contrariado com a orquestra e escreveu num artigo: "Não falaremos do desempenho de Pipelet. Isso seria enfadonho, horrível e espantoso para quem o viu tão regularmente no Teatro de São Pedro". O final da ópera era melancólico, com o enterro agonizante do personagem Pipelet. Machado de Assis, em 1859, escreveu que "o desempenho da mesma maneira que o primeiro, fez nutrir esperança de uma boa companhia de canto". De fato, o jovem nutria interesse na campanha de construção da Ópera Nacional. No ano seguinte a de Pipelet, produziu um libreto chamado As Bodas de Joaninha, entretanto sua repercussão foi nula. Anos mais tarde, registraria a nostalgia do folhetinismo de sua juventude.

CRISÁLIDAS, TEATROS E POLÍTICA

Aos 21 anos de idade Machado já era uma personalidade considerada entre as rodas intelectuais cariocas. A esta altura já era conhecido por Quintino Bocaiúva, que o convidou para o Diário do Rio de Janeiro, onde Machado trabalhou intensamente como repórter e jornalista de 1860 a 1867, com Saldanha Marinho supervisionando-o. Colaborou para o Jornal das Famílias sob pseudônimos: Job, Vitor de Paula, Lara, Max, e para a Semana Ilustrada, assinando seu nome ou pseudônimos. Bocaiúva admirava o gosto de Machado pelo teatro, mas considerava suas obras destinadas à leitura e não à encenação. Com a morte do pai, Machado lhe dedica a coletânea de poesias “Crisálidas: “À Memória de Francisco José de Assis e Maria Leopoldina Machado de Assis, meus Pais.

O jovem Machado aos 25 anos, 1864, gostava de teatro e lutava para subir socialmente. Foto: Insley Pacheco, 1864.

Em 1865, Machado havia fundado uma sociedade artístico-literária chamada Arcádia Fluminense, onde tivera a oportunidade de promover saraus com leitura de suas poesias e estreitar contato com poetas e intelectuais da região. Com José Zapata y Amat, produziu o hino "Cantada da Arcádia", especialmente para a sociedade. Em 1866, escreveu no Diário do Rio de Janeiro: "A fundação da Arcádia Fluminense foi excelente num sentido: não cremos que ela se propusesse a dirigir o gosto, mas o seu fim decerto que foi estabelecer a convivência literária, como trabalho preliminar para obra de maior extensão". Neste ano, Machado escrevia crítica teatral e, segundo Almir Guilhermino, aprendeu a língua grega para se familiarizar cedo com Platão, Sócrates e o teatro grego. De acordo com Valdemar de Oliveira, Machado era "rato de coxia" e frequentador de rodas teatrais junto com José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo, e outros.

No ano seguinte, 1867, subiu a escala funcional como burocrata, e no mesmo ano foi nomeado diretor-assistente do Diário Oficial por D. Pedro II. Com a ascensão do Partido Liberal pelo país, Machado acreditava que seria lembrado por seus amigos e que receberia um cargo público que melhoraria sua qualidade de vida, contudo foi em vão. À época de seu serviço no Diário do Rio de Janeiro, teve seus ideais combativos com ideias progressivas; por conta disso seu nome foi anunciado como candidato a deputado pelo Partido Liberal do Império — candidatura que logo retirou por querer comprometer sua vida somente às letras. Para sua surpresa, a ajuda veio novamente de um ato de Pedro II, com a nomeação para o cargo de assistente do diretor, e que, mais tarde, em 1888, lhe condecoraria como oficial da Ordem Da Rosa.

A esta altura já era amigo de José de Alencar, que lhe ensinou um pouco de língua inglesa. Ambos os autores, no mesmo ano, recepcionaram o ambicioso e famoso poeta Castro Alves, vindo da Bahia, na imprensa da Corte do Rio de Janeiro. Machado diria sobre o poeta baiano: "Achei uma vocação literária cheia de vida e robustez, deixando antever nas magnificências do presente as promessas do futuro". Os direitos autorais por suas publicações e crônicas em jornais e revistas, acrescido da promoção que recebera da Princesa Isabel em 7 de dezembro de 1876 como chefe de seção, rendeu-lhe 5.400$000 anuais. O menino nascido no morro havia subido de vida. Graças à sua nova posição, mudou do centro da cidade para o Bairro do Catete, na Rua do Catete nº 206, onde morou durante 6 anos, dos 37 até seus 43.

NOIVADO, CARTAS E RELACIONAMENTO

No mesmo ano ao da reunião com o poeta, Machado teria um outro encontro que mudou de vez a sua vida. Um de seus amigos, Faustino Xavier de Novaes (1820–1869), poeta residente em Petrópolis, e jornalista da revista O Futuro, estava mantendo sua irmã, a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, desde 1866 em sua casa, quando ela chegou ao Rio de Janeiro do Porto. Segundo os biógrafos, veio a fim de cuidar de seu irmão que estava enfermo, enquanto outros dizem que foi para esquecer uma frustração amorosa. Carolina despertara a atenção de muitos cariocas; muitos homens que a conheciam achavam-na atraente, e extremamente simpática. Com o poeta, jornalista e dramaturgo Machado de Assis não fora diferente. Tão logo conhecera a irmã do amigo, logo apaixonou-se. Até essa data o único livro publicado de Machado era o poético Crisálidas (1864) e também havia escrito a peça Hoje Avental, Amanhã Luva (1860), ambos sem muita repercussão. Carolina era cinco anos mais velha que ele; deveria ter uns trinta e dois anos na época do noivado. Os irmãos de Carolina, Miguel e Adelaíde (Faustino já havia morrido devido a uma doença que o levou à insanidade) não concordaram que ela se envolvesse com um mulato. Contudo, Machado de Assis e Carolina Augusta se casaram no dia 12 de Novembro de 1869.

Machado de Assis (1839–1908), aos 57 anos. Foto Tirada cerca de 1896.

Diz-se que Machado não era um homem bonito, mas era culto e elegante. Estava apaixonado por sua "Carola", apelido dado pelo marido. Entusiasmava a esposa com cartas românticas e que previam o destino dos dois; durante o noivado, em 2 de março de 1869, Machado havia escrito uma carta íntima que dizia: "...depois, querida, ganharemos o mundo, porque só é verdadeiramente senhor do mundo quem está acima das suas glórias fofas e das suas ambições estéreis". Suas cartas endereçadas a Carolina são todas assinadas como "Machadinho". Outra carta justifica uma certa complexidade no começo de seu relacionamento: "Sofreste tanto que até perdeste a consciência do teu império; estás pronta a obedecer; admiras-te de seres obedecida", o que é um mistério para os recentes estudiosos das correspondências do autor. A carta do primeiro trecho aqui transposto traz uma alusão às flores que a esposa lhe teria mandado e ele, agradecido, teria as beijado duas vezes como se beijasse a própria Carolina.

Noutro parágrafo, diz: "Tu pertences ao pequeno número de mulheres que ainda sabem amar, sentir e pensar". De fato, Carolina era extremamente culta. Apresentou a Machado os grandes clássicos portugueses e diversos autores da língua inglesa. A sobrinha-bisneta de Carolina, Ruth Leitão de Carvalho Lima, sua única herdeira, revelou numa entrevista de 2008 que, frequentemente, a esposa retificava os textos do marido durante sua ausência. Conta-se que muito provavelmente tenha influenciado no modo de Machado escrever e, consecutivamente, tenha contribuído para a transição de sua narrativa convencional à realista. Não tiveram filhos. Tinham, no entanto, uma cadela tenerife (também conhecidos como bichon frisé) chamada Graziela e que certa vez se perdeu entre as ruas do bairro e, atônitos, foram achá-la dias depois na rua Bento Lisboa, no Catete.

CASAMENTO, HISTÓRIAS E LENDAS

Depois do Catete, foram morar na casa nº 18 da Rua Cosme Velho (a residência mais famosa do casal), onde ficariam até a morte. Do nome da rua surgira o apelido Bruxo do Cosme Velho, dado por conta de um episódio onde Machado queimava suas cartas em um caldeirão, no sobrado da casa, quando a vizinhança certa vez o viu e gritou: "Olha o Bruxo do Cosme Velho!". Essa história acrescida à da cachorra, para alguns biógrafos, não passa de lenda. Machado de Assis e Carolina Augusta teriam vivido uma "vida conjugal perfeita" por 35 anos. Quando os amigos certa vez desconfiaram de uma traição por parte de Machado, seguiram-no e acabaram por descobrir que ele ia todas as tardes avistar a moça do quadro de A Dama do Livro (1882), de Roberto Fontana. Ao saberem que Machado não podia comprá-lo, deram-lhe de presente, o que o deixou particularmente feliz e grato.

No entanto, talvez a "única nuvem negra a toldar a sua paz doméstica" tenha sido um possível caso extraconjugal que tivera durante a circulação de Memórias Póstumas de Brás Cubas. Em 18 de novembro de 1902, reverte a atividade na Secretaria da Indústria do Ministério da Viação, Indústria e Obras Públicas, como diretor-geral de Contabilidade, por decisão do ministro da Viação, Lauro Severiano Müller. Em 20 de outubro de 1904, Carolina morre aos 70 anos de idade. Foi um baque na vida de Machado, que passou uma temporada em Nova Friburgo. Segundo o biógrafo Daniel Piza, Carolina comentava com amigas que Machado deveria morrer antes para não sofrer caso ela partisse cedo. Seu casamento com Carolina fez com que ela estimulasse seu lado intelectual deficiente pelos poucos estudos a que tinha realizado na juventude e trouxe-lhe a serenidade emocional que ele tanto precisava por ter saúde frágil. As três heroínas de Memorial de Ayres chamam-se Carmo, Rita e Fidélia, o que estudiosos creem representar três aspectos da Carolina, a "mãe", "irmã" e "esposa". Machado também lhe dedicou seu último soneto, "A Carolina", em que Manuel Bandeira afirmaria, anos mais tarde, que é uma das peças mais comoventes da literatura brasileira. De acordo com alguns biógrafos o túmulo de Carolina era visitado todos os domingos por Machado.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

ALAN MOORE (ROMANCISTA INGLÊS)

 

Alan Moore em 6 de dezembro de 2006. Fonte: Flickr.

  • NOME COMPLETO: Alan Oswald Moore
  • NASCIMENTO: 18 de novembro de 1953; Northampton, Inglaterra
  • APELIDOS: Curt Vil, Jill de Ray, Babuíno Translúcia, Brilburn Logue, O escritor Original
  • OCUPAÇÃO: Escritor de histórias em quadrinhos , romancista,
  • contista, músico, cartunista, mágico , ocultista
  • GÊNERO: Ficção científica, ficção,
  • não ficção, super-herói, terror
  • MAGNUM OPUS: Batman: A Piada Mortal, Do inferno, A Liga dos Cavalheiros Extraordinários, Marvelman, Prometeia, Monstro do Pântano, V de Vingança, Superman: O que aconteceu com o Homem do Amanhã & Para o homem que tem tudo
  • FAMÍLIA: Phyllis Moore,Melinda Gebbie (m. 2007), Âmbar Moore, Leah Moore

Alan Moore (nascido em 18 de novembro de 1953) é um autor inglês conhecido principalmente por seu trabalho em histórias em quadrinhos, incluindo Watchmen , V de Vingança , The Ballad of Halo Jones, Swamp Thing, Batman: The Killing Joke e From Hell. Ele é amplamente reconhecido entre seus pares e críticos como um dos melhores escritores de histórias em quadrinhos da língua inglesa. Moore ocasionalmente usou pseudônimos como Curt Vile , Jill de Ray , Brilburn Logue e Translucia Baboon ; também, reimpressões de alguns de seus trabalhos foram creditadas ao The Original Writer quando Moore solicitou que seu nome fosse removido.

BIOGRAFIA

Moore nasceu em 18 de novembro de 1953, no Hospital St Edmund em Northampton em uma família da classe trabalhadora que ele acreditava ter vivido na cidade por várias gerações.  Ele cresceu em uma parte de Northampton conhecida como The Boroughs, uma área pobre com falta de instalações e altos níveis de analfabetismo, mas mesmo assim ele "amava. Eu amava as pessoas. Eu amava a comunidade e ... eu não sabia que havia outra coisa."  Ele morava em uma casa com seus pais, o trabalhador da cervejaria Ernest Moore e a impressora Sylvia Doreen, com seu irmão mais novo Mike e com sua avó materna. Ele "lia onívoro" desde os cinco anos de idade, pegando livros da biblioteca local e, posteriormente, frequentou a Spring Lane Primary School.  Ao mesmo tempo, ele começou a ler histórias em quadrinhos, inicialmente em quadrinhos britânicos, como Topper e The Beezer , mas eventualmente também importações americanas como The Flash , Detective Comics , Fantastic Four e Blackhawk .Mais tarde, ele passou no exame 11-plus e, portanto, estava qualificado para ir para a Northampton Grammar School , onde entrou em contato pela primeira vez com pessoas de classe média e mais educadas, e ficou chocado ao ver como passou de um dos melhores alunos de sua escola primária para um dos piores da classe no ensino médio. Posteriormente, não gostando da escola e não tendo "nenhum interesse em estudos acadêmicos", ele acreditava que havia um "currículo secreto" sendo ensinado, projetado para doutrinar as crianças com "pontualidade, obediência e aceitação da monotonia".

Alan Moore (à direita) e seu irmão Mike, 1963 ou 1964.
Foto de As obras extraordinárias de Alan Moore.

No final da década de 1960, Moore começou a publicar sua poesia e ensaios em fanzines , eventualmente criando seu fanzine, Embryo. Por meio do Embryo, Moore se envolveu em um grupo conhecido como Northampton Arts Lab. O Arts Lab posteriormente fez contribuições significativas para a revista.  Ele começou a traficar o alucinógeno LSD na escola, sendo expulso por isso em 1970 - mais tarde ele se descreveu como "um dos traficantes de LSD mais ineptos do mundo". O diretor da escola posteriormente "entrou em contato com vários outros estabelecimentos acadêmicos aos quais eu havia me inscrito e disse a eles para não me aceitarem porque eu era um perigo para o bem-estar moral do resto dos alunos de lá, o que possivelmente era verdade." 

O LSD foi uma experiência incrível. Não que eu esteja recomendando para mais ninguém; mas para mim meio que – me fez perceber que a realidade não era uma coisa fixa. Que a realidade que víamos ao nosso redor todos os dias era uma realidade, e uma realidade válida – mas que havia outras, perspectivas diferentes onde coisas diferentes tinham significado que eram igualmente válidas. Isso teve um efeito profundo em mim.

—  Alan Moore (2003)

Enquanto continuou a viver na casa dos seus pais por mais alguns anos, ele passou por vários empregos, incluindo limpeza de banheiros e trabalho em um curtume. No final de 1973, ele conheceu e começou um relacionamento com Phyllis Dixon, nascida em Northampton, com quem se mudou para "um pequeno apartamento de um cômodo na área de Barrack Road em Northampton". Logo se casando, eles se mudaram para um novo conjunto habitacional no distrito leste da cidade, enquanto ele trabalhava em um escritório para um subcontratado do conselho de gás local. Moore sentiu que não estava se sentindo realizado com este trabalho e então decidiu tentar ganhar a vida fazendo algo mais artístico

CARREIRA

Início da carreira, como escritor e artista entre 1978–1983: Abandonando seu trabalho de escritório, ele decidiu, em vez disso, começar a escrever e ilustrar seus próprios quadrinhos. Ele já havia produzido algumas tiras para vários fanzines e revistas alternativas, como Anon E. Mouse para o jornal local Anon , e St. Pancras Panda , uma paródia de Paddington Bear , para o Back Street Bugle de Oxford. Seu primeiro trabalho pago foi para alguns desenhos que foram impressos na NME .No final de 1979/início de 1980, ele e seu amigo, o escritor de quadrinhos Steve Moore (que ele conhecia desde os quatorze anos)  co-criaram o violento personagem ciborgue Axel Pressbutton para alguns quadrinhos na Dark Star , uma revista de música britânica. (Steve Moore escreveu a tira sob o nome "Pedro Henry", enquanto Alan Moore as desenhou usando o pseudônimo de Curt Vile , um trocadilho com o nome do compositor Kurt Weill.

Pouco tempo depois, Alan Moore conseguiu publicar uma série underground do tipo comix sobre um detetive particular conhecido como Roscoe Moscow (que está investigando a "morte do Rock N' Roll") (sob o nome de Curt Vile) na revista semanal de música Sounds , ganhando £ 35 por semana. Paralelamente, ele e Phyllis, com sua filha recém-nascida Leah , começaram a reivindicar o seguro-desemprego para complementar essa renda.  Após a conclusão de Roscoe Moscow , Moore começou uma nova tira para a Sounds - a história em quadrinhos serializada "The Stars My Degradation" (uma referência a The Stars My Destination de Alfred Bester ), com Axel Pressbutton. Alan Moore escreveu a maioria dos episódios de "The Stars My Degradation" e desenhou todos eles, que apareceram na Sounds de 12 de julho de 1980 a 19 de março de 1983.

Começando em 1979, Moore criou uma nova história em quadrinhos conhecida como Maxwell the Magic Cat no Northants Post (baseado na cidade natal de Moore), sob o pseudônimo de Jill de Ray (um trocadilho com o assassino de crianças medieval Gilles de Rais , algo que ele considerou uma "piada sarcástica"). Ganhando mais £ 10 por semana com isso, ele decidiu assinar a previdência social e continuar escrevendo e desenhando Maxwell the Magic Cat até 1986.

Começando em 1979, Moore criou uma nova história em quadrinhos conhecida como Maxwell the Magic Cat no Northants Post (baseado na cidade natal de Moore), sob o pseudônimo de Jill de Ray (um trocadilho com o assassino de crianças medieval Gilles de Rais , algo que ele considerou uma "piada sarcástica"). Ganhando mais £ 10 por semana com isso, ele decidiu assinar a previdência social e continuar escrevendo e desenhando Maxwell the Magic Cat até 1986.  Moore declarou que ficaria feliz em continuar as aventuras de Maxwell quase indefinidamente, mas encerrou a tira depois que o jornal publicou um editorial negativo sobre o lugar dos homossexuais na comunidade. Enquanto isso, Moore decidiu se concentrar mais completamente em escrever histórias em quadrinhos em vez de escrevê-las e desenhá-las, afirmando que "Depois de fazer isso por alguns anos, percebi que nunca seria capaz de desenhar bem o suficiente e/ou rápido o suficiente para realmente ganhar a vida decentemente como artista."

Para aprender mais sobre como escrever um roteiro de história em quadrinhos de sucesso, ele pediu conselhos ao seu amigo Steve Moore. Interessado em escrever para a 2000 AD, uma das revistas de quadrinhos mais proeminentes da Grã-Bretanha, Alan Moore então enviou um roteiro para sua série de longa duração e sucesso Judge Dredd . Embora não precisasse de outro escritor para Judge Dredd , que já estava sendo escrito por John Wagner, o colega escritor Alan Grant viu promessa no trabalho de Moore - mais tarde comentando que "esse cara é um escritor muito bom" - e, em vez disso, pediu que ele escrevesse alguns contos para a série Future Shocks da publicação. Embora os primeiros tenham sido rejeitados, Grant aconselhou Moore sobre melhorias e, eventualmente, aceitou o primeiro de muitos. Enquanto isso, Moore também começou a escrever histórias menores para Doctor Who Weekly e mais tarde comentou que "eu realmente, realmente queria uma tira regular. Eu não queria fazer contos... Mas não era isso que estava sendo oferecido. Estavam me oferecendo histórias curtas de quatro ou cinco páginas, onde tudo tinha que ser feito nessas cinco páginas. E, olhando para trás, foi a melhor educação possível que eu poderia ter tido sobre como construir uma história."

Jack Kirby (à direita) observando um Alan Moore muito jovem.

Marvel UK, 2000 AD, e Warrior. De 1980–1986: De 1980 a 1986, Moore manteve seu status como escritor freelancer e recebeu uma série de ofertas de trabalho de uma variedade de empresas de histórias em quadrinhos na Grã-Bretanha, principalmente a Marvel UK e as editoras de 2000 AD e Warrior. Mais tarde, ele comentou que "lembro que o que estava acontecendo geralmente era que todos queriam me dar trabalho, com medo de que eu recebesse outros trabalhos de seus rivais. Então, todos estavam me oferecendo coisas."  Foi uma época em que os quadrinhos estavam aumentando em popularidade na Grã-Bretanha e, de acordo com Lance Parkin, "a cena dos quadrinhos britânicos estava se unindo como nunca antes, e estava claro que o público estava aderindo ao título à medida que crescia. Os quadrinhos não eram mais apenas para meninos muito pequenos: adolescentes - até mesmo alunos do nível A e universitários - os liam agora."

Durante este período, a 2000 AD aceitaria e publicaria mais de cinquenta histórias únicas de Moore para suas séries de ficção científica Future Shocks e Time Twisters. Os editores da revista ficaram impressionados com o trabalho de Moore e decidiram oferecer a ele uma tira mais permanente, começando com uma história que eles queriam que fosse vagamente baseada no filme de sucesso ET the Extra-Terrestrial . O resultado, Skizz , que foi ilustrado por Jim Baikie , contava a história do alienígena titular que cai na Terra e é cuidado por uma adolescente chamada Roxy, e Moore mais tarde observou que, em sua opinião, este trabalho "deve muito a Alan Bleasdale ".  Outra série que ele produziu para a 2000 AD foi DR e Quinch , que foi ilustrada por Alan Davis . A história, que Moore descreveu como "continuando a tradição de Dennis, o Pimentinha , mas dando a ele uma capacidade termonuclear ", girava em torno de dois alienígenas delinquentes e era uma versão de ficção científica dos personagens OC e Stiggs da National Lampoon . A obra amplamente considerada o destaque de sua carreira em 2000 AD,  e aquela que ele descreveu como "aquela que funcionou melhor para mim",  foi The Ballad of Halo Jones.  Co-criada com o artista Ian Gibson , a série era sobre uma jovem no século 50. A série foi descontinuada após três livros devido a uma disputa entre Moore e Fleetway, os editores da revista, sobre os direitos de propriedade intelectual dos personagens que Moore e Gibson co-criaram.

Outra empresa de quadrinhos a empregar Moore foi a Marvel UK, que havia comprado algumas de suas histórias únicas para Doctor Who Weekly e Star Wars Weekly. Visando atingir um público mais velho do que 2000 AD, seu principal rival, eles contrataram Moore para escrever para a tira regular Captain Britain , "na metade de um enredo que ele não inaugurou nem entendeu completamente". Ele substituiu o antigo escritor Dave Thorpe, mas manteve o artista original, Alan Davis, a quem Moore descreveu como "um artista cujo amor pelo meio e cuja pura exultação ao se encontrar empregado lucrativamente nele brilham em cada linha, em cada novo figurino, em cada nuance de expressão".

A terceira empresa de quadrinhos para a qual Moore trabalhou neste período foi a Quality Communications , editora de uma nova revista mensal chamada Warrior . A revista foi fundada por Dez Skinn , ex-editor da IPC (editora de 2000 AD ) e da Marvel UK, e foi projetada para oferecer aos escritores um maior grau de liberdade sobre suas criações artísticas do que era permitido por empresas pré-existentes. Foi na Warrior que Moore "começaria a atingir seu potencial". Moore recebeu duas tiras contínuas em Warrior : Marvelman e V de Vingança , ambas estreando na primeira edição de Warrior em março de 1982. V de Vingança era um thriller distópico ambientado em um futuro de 1997, onde um governo fascista controlava a Grã-Bretanha, oposto apenas por um anarquista solitário vestido com uma fantasia de Guy Fawkes que se volta para o terrorismo para derrubar o governo. Ilustrado por David Lloyd , Moore foi influenciado por seus sentimentos pessimistas sobre o governo conservador thatcherista , que ele projetou como um estado fascista no qual todas as minorias étnicas e sexuais foram eliminadas. Foi considerado "um dos melhores trabalhos de Moore" e manteve um culto de seguidores ao longo das décadas subsequentes.

Um retrato mais antigo de Guy Fawkes (1570–1606) de um ano desconhecido, feito por um artista desconhecido. Guy Fawkes serve como inspiração física e filosófica para o protagonista titular de V de Vingança.

Marvelman (mais tarde renomeado Miracleman por razões legais) foi uma série que foi publicada originalmente na Grã-Bretanha de 1954 a 1963, baseada principalmente na história em quadrinhos americana Captain Marvel . Ao ressuscitar Marvelman , Moore "pegou um personagem infantil kitsch e o colocou no mundo real de 1982". A obra foi desenhada principalmente por Garry Leach e Alan Davis. A terceira série que Moore produziu para a Warrior foi The Bojeffries Saga, uma comédia sobre uma família inglesa de classe trabalhadora de vampiros e lobisomens , desenhada por Steve Parkhouse. Warrior fechou antes que essas histórias fossem concluídas, mas sob novos editores tanto Miracleman quanto V de Vingança foram retomados por Moore, que terminou ambas as histórias em 1989. O biógrafo de Moore, Lance Parkin, observou que "lê-los juntos apresenta alguns contrastes interessantes - em um o herói luta contra uma ditadura fascista baseada em Londres, no outro um super-homem ariano impõe uma."

Embora o trabalho de Moore estivesse entre as tiras mais populares a aparecer em 2000 AD , o próprio Moore ficou cada vez mais preocupado com a falta de direitos do criador nos quadrinhos britânicos. Em 1985, ele falou com o fanzine Arkensword , observando que havia parado de trabalhar para todas as editoras britânicas, exceto a IPC, "puramente pela razão de que a IPC até agora evitou mentir para mim, me enganar ou geralmente me tratar como merda". Ele se juntou a outros criadores para condenar a renúncia total de todos os direitos e, em 1986, parou de escrever para 2000 AD , deixando os futuros volumes da história de Halo Jones sem começar.  As opiniões e princípios francos de Moore, particularmente sobre o assunto dos direitos e propriedade do criador, o levariam a queimar pontes com vários outros editores ao longo de sua carreira.

Enquanto isso, durante este mesmo período, ele - usando o pseudônimo de Translucia Baboon - se envolveu na cena musical, fundando sua própria banda, The Sinister Ducks, com David J (da banda gótica Bauhaus ) e Alex Green, e em 1983 lançou um single, March of the Sinister Ducks , com arte da capa do ilustrador Kevin O'Neill . Em 1984, Moore e David J lançaram um single de 12 polegadas com uma gravação de "This Vicious Cabaret", uma música apresentada em V de Vingança , que foi lançada pela gravadora Glass Records.  Moore escreveria a música "Leopardman at C&A" para David J, e seria musicada por Mick Collins para o álbum We Have You Surrounded do grupo de Collins, The Dirtbombs.

O mainstream americano e a DC Comics de 1983–1988: O trabalho de Moore em 2000 AD chamou a atenção do editor da DC Comics , Len Wein , que o contratou em 1983 para escrever The Saga of the Swamp Thing , então uma história em quadrinhos de monstros estereotipada e de baixa vendagem. Moore, com os artistas Stephen R. Bissette , Rick Veitch e John Totleben, desconstruiu e reimaginou o personagem, escrevendo uma série de histórias formalmente experimentais que abordavam questões ambientais e sociais ao lado do horror e da fantasia, reforçadas por pesquisas sobre a cultura da Louisiana , onde a série foi ambientada. Para Swamp Thing, ele reviveu muitos dos personagens mágicos e sobrenaturais negligenciados da DC, incluindo o Espectro , o Demônio, o Vingador Fantasma, Deadman e outros, e apresentou John Constantine, um mágico inglês da classe trabalhadora baseado visualmente no músico britânico Sting ; Constantine mais tarde se tornou o protagonista da série Hellblazer , que se tornou a série mais longa da Vertigo com 300 edições. Moore continuaria escrevendo Swamp Thing por quase quatro anos, da edição nº 20 (janeiro de 1984) até a edição nº 64 (setembro de 1987), com exceção das edições nº 59 e 62. A temporada de Moore em Swamp Thing foi bem-sucedida tanto crítica quanto comercialmente, e inspirou a DC a recrutar escritores britânicos como Grant Morrison , Jamie Delano, Peter Milligan e Neil Gaiman para escrever quadrinhos em um estilo semelhante, muitas vezes envolvendo reformulações radicais de personagens obscuros. Esses títulos lançaram as bases do que se tornou a linha Vertigo.

Moore começou a produzir mais histórias para a DC Comics, incluindo uma história de duas partes para Vigilante , que tratava de abuso doméstico. Ele finalmente teve a chance de escrever uma história para um dos super-heróis mais conhecidos da DC, Superman , intitulada "For the Man Who Has Everything", que foi ilustrada por Dave Gibbons e publicada em 1985. Nesta história, Mulher-Maravilha , Batman e Robin visitam Superman em seu aniversário, apenas para descobrir que ele foi dominado por um organismo alienígena e está alucinando sobre o desejo de seu coração.  Ele seguiu com outra história do Superman, " What's Happened to the Man of Tomorrow? ", que foi publicada em 1986. Ilustrada por Curt Swan , foi projetada como a última história do Superman no Universo DC pré- Crise nas Infinitas Terras.

No momento em que esta foto foi tirada, a fumaça subia 20.000 pés acima de Hiroshima enquanto a fumaça da explosão da primeira bomba atômica se espalhava por 10.000 pés no alvo na base da coluna ascendente. Seis aviões do 509º Grupo Composto participaram desta missão; um para transportar a bomba Enola Gay , um para fazer medições científicas da explosão The Great Artiste , o terceiro para tirar fotos Necessary Evil os outros voaram aproximadamente uma hora à frente para atuar como batedores do tempo, 08/06/1945. O mau tempo desqualificaria um alvo, pois os cientistas insistiram em uma entrega visual, o alvo primário era Hiroshima , o secundário era Kokura e o terciário era Nagasaki. A ameaça de guerra nuclear durante a Guerra Fria influenciou o cenário e o tom de Watchmen.
A série limitada Watchmen , iniciada em 1986 e coletada como um livro de bolso comercial em 1987, consolidou a reputação de Moore. Imaginando como seria o mundo se heróis fantasiados realmente existissem desde a década de 1940, Moore e o artista Dave Gibbons criaram um mistério da Guerra Fria no qual a sombra da guerra nuclear ameaça o mundo. Os heróis que são pegos nessa crise crescente trabalham para o governo dos EUA ou são proibidos, e são motivados ao heroísmo por seus vários problemas psicológicos. Watchmen é não linear e contado de vários pontos de vista, e inclui autorreferências altamente sofisticadas, ironias e experimentos formais, como o design simétrico da edição 5, "Fearful Symmetry", onde a última página é uma imagem quase espelhada da primeira, a penúltima da segunda, e assim por diante, e dessa maneira é um exemplo inicial do interesse de Moore na percepção humana do tempo e suas implicações para o livre-arbítrio. É o único quadrinho a ganhar o Prêmio Hugo , em uma categoria única ("Melhor Outra Forma"). É amplamente visto como o melhor trabalho de Moore e tem sido regularmente descrito como a maior história em quadrinhos já escrita.

Capa da 1º Edição de Watchmen, lançada em 10 de Setembro de 1986.


Ao lado de obras aproximadamente contemporâneas, como Batman: The Dark Knight Returns de Frank Miller , Maus de Art Spiegelman e Love and Rockets de Jaime e Gilbert Hernandez , Watchmen foi parte de uma tendência do final dos anos 1980 nos quadrinhos americanos em direção a sensibilidades mais adultas. O historiador de quadrinhos Les Daniels observou que Watchmen "questionou as suposições básicas sobre as quais o gênero de super-heróis é formulado". O escritor e executivo da DC Comics, Paul Levitz, observou em 2010 que "Assim como em The Dark Knight Returns , Watchmen desencadeou uma reação em cadeia de repensar a natureza dos super-heróis e do heroísmo em si, e empurrou o gênero para um nível mais sombrio por mais de uma década. A série ganhou aclamação... e continuaria a ser considerada uma das obras literárias mais importantes que o campo já produziu." Moore se tornou brevemente uma celebridade da mídia, e a atenção resultante o levou a se retirar do fandom e a não mais comparecer às convenções de quadrinhos (em uma UKCAC em Londres, ele teria sido seguido até o banheiro por caçadores de autógrafos ansiosos).

Ele e Gibbons criaram anteriormente o personagem Mogo como parte do Green Lantern Corps da DC e um conto de Moore e do artista Kevin O'Neill publicado no Green Lantern Corps Annual No. 2 (1986) foi uma das inspirações para o enredo " Blackest Night " em 2009-2010.

Brünnhilde em Grane salta para a pira funerária de Siegfried, de 1911. A ópera Götterdämmerung , de Richard Wagner, inspirou o título e a história da proposta de Moore, Crepúsculo dos Super-Heróis.

Em 1987, Moore apresentou uma proposta para uma minissérie chamada Twilight of the Superheroes , o título uma reviravolta na ópera Götterdämmerung de Richard Wagner (que significa "Crepúsculo dos Deuses"). A série foi ambientada no futuro do Universo DC, onde o mundo é governado por dinastias super-heróicas, incluindo a Casa de Aço (presidida pelo Superman e Mulher-Maravilha) e a Casa do Trovão (liderada pela família Capitã Marvel ). Essas duas casas estão prestes a se unir por meio de um casamento dinástico, seu poder combinado potencialmente ameaçando a liberdade, e vários personagens, incluindo John Constantine, tentam impedi-lo e libertar a humanidade do poder dos super-heróis. A série também teria restaurado as múltiplas terras do Universo DC, que haviam sido eliminadas na série limitada de 1985, Crisis on Infinite Earths, que revisou a continuidade . A série nunca foi encomendada, mas cópias das notas detalhadas de Moore apareceram na Internet e impressas, apesar dos esforços da DC, que considera a proposta sua propriedade.

Elementos semelhantes, como o conceito de hipertempo , apareceram desde então nos quadrinhos da DC. A minissérie de 1996 Kingdom Come , de Mark Waid e Alex Ross , também foi ambientada em meio a um conflito super-heróico no futuro do Universo DC. Waid e Ross declararam que leram a proposta de Crepúsculo antes de começar a trabalhar em sua série, mas que quaisquer semelhanças são menores e não intencionais. A DC Comics confirmou que o texto completo da história seria lançado em dezembro de 2020.

Moore escreveu a história principal em Batman Annual No. 11 (1987) desenhada por George Freeman. No ano seguinte, foi publicada The Killing Joke , escrita por Moore e ilustrada por Brian Bolland . Ela girava em torno do Coringa , que havia escapado do Asilo Arkham e saído em uma matança, e do esforço de Batman para detê-lo. Apesar de ser uma obra-chave para ajudar a redefinir Batman como personagem, junto com The Dark Knight Returns e Batman: Year One de Frank Miller , Lance Parkin acreditava que "o tema não é desenvolvido o suficiente" e "é um raro exemplo de uma história de Moore onde a arte é melhor do que a escrita",  algo que o próprio Moore reconhece.

O relacionamento de Moore com a DC Comics deteriorou-se gradualmente devido às questões de direitos do criador e merchandising. Moore e Gibbons não receberam royalties por um conjunto de emblemas spin-off de Watchmen , já que a DC os definiu como um "item promocional", e de acordo com certos relatórios, ele e Gibbons ganharam apenas 2% dos lucros obtidos pela DC para Watchmen. Enquanto isso, um grupo de criadores, incluindo Moore, Frank Miller, Marv Wolfman e Howard Chaykin , desentendeu-se com a DC sobre um sistema de classificação etária proposto semelhante aos usados para filmes. Depois de concluir V de Vingança , que a DC já havia começado a publicar, permitindo-lhe terminar os últimos episódios, em 1989, Moore parou de trabalhar para a DC.

Moore afirmou mais tarde que as letras miúdas nos contratos relativos a Watchmen e V de Vingança , que estipulavam que os direitos de propriedade reverteriam para Moore e os artistas depois que as histórias saíssem de circulação, o enganaram e o fizeram acreditar que ele acabaria mantendo a propriedade, apenas para descobrir que a DC não tinha intenção de cessar a publicação das histórias, impedindo efetivamente que a propriedade retornasse a Moore.

Em uma entrevista de 2006 ao The New York Times , Moore lembrou-se de ter dito a DC: "Eu disse: 'Justo'. Você conseguiu me enganar com sucesso, então nunca mais trabalharei para você".

Período independente e Mad Love, de 1988–1993: Abandonando a DC Comics e o mainstream, Moore, com sua esposa Phyllis e sua amante mútua Deborah Delano, criaram sua própria editora de quadrinhos, que eles chamaram de Mad Love. Os trabalhos que eles publicaram na Mad Love se afastaram dos gêneros de ficção científica e super-heróis que Moore estava acostumado a escrever, em vez disso, focando no realismo, pessoas comuns e causas políticas. A primeira publicação da Mad Love, AARGH , foi uma antologia de trabalhos de vários escritores (incluindo Moore) que desafiaram a recém-introduzida Cláusula 28 do governo Thatcher , uma lei projetada para impedir que conselhos e escolas "promovam a homossexualidade". As vendas do livro foram para a Organisation of Lesbian and Gay Action, e Moore ficou "muito satisfeito" com isso, afirmando que "nós não havíamos impedido que esse projeto de lei se tornasse lei, mas nos juntamos ao alvoroço geral contra ele, o que o impediu de se tornar tão cruelmente eficaz quanto seus designers poderiam ter esperado." Moore seguiu com um segundo trabalho político, Shadowplay: The Secret Team , uma história em quadrinhos ilustrada por Bill Sienkiewicz para a Eclipse Comics e encomendada pelo Christic Institute , que foi incluída como parte da antologia Brought to Light , uma descrição do tráfico secreto de drogas e armas da CIA .  Em 1998, Brought to Light foi adaptado por Moore em colaboração com o compositor Gary Lloyd como uma obra narrativa e musical que foi lançada em CD.

Após a sugestão do cartunista e defensor da autopublicação Dave Sim , Moore então usou Mad Love para publicar seu próximo projeto, Big Numbers , uma série proposta de 12 edições ambientada em "uma versão dificilmente disfarçada da Northampton natal de Moore", conhecida como Hampton, e lida com os efeitos dos grandes negócios sobre as pessoas comuns e com ideias da teoria do caos.  A ilustração da história em quadrinhos foi iniciada por Bill Sienkiewicz, que deixou a série após apenas duas edições em 1990, e apesar dos planos de que seu assistente, Al Columbia , o substituísse, isso nunca ocorreu e a série permaneceu inacabada. Depois disso, em 1991, a empresa Victor Gollancz Ltd publicou Moore's A Small Killing , uma história completa ilustrada por Oscar Zárate , sobre um executivo de publicidade outrora idealista assombrado por seu eu de infância. De acordo com Lance Parkin, A Small Killing é "possivelmente o trabalho mais subestimado de Moore". Logo depois disso, Mad Love foi dissolvida quando Phyllis e Deborah terminaram seu relacionamento com Moore, levando consigo grande parte do dinheiro que ele havia ganhado com seu trabalho na década de 1980.

O médico inglês Sir William Gull.

Enquanto isso, Moore começou a produzir trabalhos para Taboo , uma pequena antologia cômica independente editada por seu antigo colaborador Stephen R. Bissette . O primeiro deles foi From Hell , um relato ficcional dos assassinatos de Jack, o Estripador, na década de 1880. Inspirado pelo romance Dirk Gently's Holistic Detective Agency , de Douglas Adams, Moore raciocinou que para resolver um crime de forma holística , seria necessário resolver toda a sociedade em que ocorreu, e descreve os assassinatos como uma consequência da política e da economia da época. Quase todas as figuras notáveis do período estão conectadas com os eventos de alguma forma, incluindo "Homem Elefante" Joseph Merrick , Oscar Wilde , o escritor nativo americano Black Elk, William Morris, o artista Walter Sickert e Aleister Crowley , que faz uma breve aparição quando menino. Ilustrado em um estilo de caneta e tinta fuliginosa por Eddie Campbell , From Hell levou quase dez anos para ser concluído, sobrevivendo a Taboo e passando por mais duas editoras antes de ser coletado como um livro de bolso comercial pela Eddie Campbell Comics. Foi amplamente elogiado, com o autor de quadrinhos Warren Ellis citando-o como seu "romance gráfico favorito de todos os tempos".

A outra série que Moore começou para Taboo foi Lost Girls , que ele descreveu como uma obra de "pornografia" inteligente. Ilustrado por Melinda Gebbie , com quem Moore posteriormente entrou em um relacionamento, foi ambientado em 1913, onde Alice de Alice no País das Maravilhas , Dorothy de O Mágico de Oz e Wendy de Peter Pan - que são cada uma de uma idade e classe diferentes - se encontram em um hotel europeu e se divertem com contos de seus encontros sexuais.  Com o trabalho, Moore queria tentar algo inovador em quadrinhos e acreditava que criar pornografia em quadrinhos era uma forma de conseguir isso. Ele comentou que "eu tinha muitas ideias diferentes sobre como seria possível fazer uma história em quadrinhos sexual direta e fazê-la de uma forma que removesse muito do que eu via como problemas com a pornografia em geral. Que é principalmente feio, é principalmente chato, não é inventivo - não tem padrões."  Assim como From Hell , Lost Girls sobreviveu a Taboo , e algumas parcelas subsequentes foram publicadas erraticamente até que a obra foi concluída e uma edição completa publicada em 2006.

Enquanto isso, Moore começou a escrever um romance em prosa, eventualmente produzindo Voice of the Fire , que seria publicado em 1996. De tom não convencional, o romance era um conjunto de contos sobre eventos interligados em sua cidade natal, Northampton, ao longo dos séculos, desde a Idade do Bronze até os dias atuais, que se combinavam para contar uma história maior. 

Retorno ao mainstream e Image Comics, em 1993–1998: Em 1993, Moore declarou-se um mágico cerimonial . O mesmo ano marcou uma mudança de Moore de volta à indústria de quadrinhos mainstream e de volta a escrever quadrinhos de super-heróis. Ele fez isso através da Image Comics , amplamente conhecida na época por seu estilo artístico chamativo, violência gráfica e mulheres de seios grandes e seminuas, algo que horrorizou muitos de seus fãs. Seu primeiro trabalho publicado pela Image, uma edição da série Spawn, foi logo seguido pela criação de sua própria minissérie, 1963 , que era "um pastiche de histórias de Jack Kirby desenhadas para a Marvel nos anos sessenta, com seu estilo um tanto exagerado, personagens coloridos e estilo cósmico". De acordo com Moore, "depois de fazer as coisas de 1963 , percebi o quanto o público de quadrinhos havia mudado enquanto estive fora [desde 1988]. De repente, parecia que a maior parte do público realmente queria coisas que quase não tinham história, apenas muitas peças grandes de arte em formato de pin-up de página inteira. E eu estava genuinamente interessado em ver se conseguiria escrever uma história decente para esse mercado."

Ele posteriormente começou a escrever o que viu como "histórias melhores do que a média para jovens de 13 a 15 anos", incluindo três minisséries baseadas na série Spawn : Violator , Violator/ Badrock e Spawn: Blood Feud. Em 1995, ele também recebeu o controle de uma revista mensal regular, Jim Lee 's WildC.ATS , começando com a edição nº 21, que ele continuaria a escrever por quatorze edições. A série seguiu dois grupos de super-heróis, um dos quais está em uma nave espacial voltando para seu planeta natal, e um dos quais permanece na Terra. O biógrafo de Moore, Lance Parkin, criticou a série, sentindo que era uma das piores de Moore, e que "você sente que Moore deveria ser melhor do que isso. Não é especial." O próprio Moore, que comentou que assumiu a série – sua única série de quadrinhos mensal regular desde Swamp Thing – em grande parte porque gostava de Jim Lee, admitiu que não estava totalmente satisfeito com o trabalho, acreditando que ele havia atendido demais às suas concepções do que os fãs queriam, em vez de ser inovador.

Em seguida, ele assumiu o Supreme de Rob Liefeld , sobre um personagem com muitas semelhanças com o Superman da DC Comics. Em vez de enfatizar o realismo aumentado como havia feito com os quadrinhos de super-heróis anteriores que havia assumido, Moore fez o oposto e começou a basear a série nos quadrinhos do Superman da Era de Prata da década de 1960, introduzindo uma super-heroína Suprema, um super-cão Radar e um material semelhante à Kryptonita conhecido como Supremium, ao fazê-lo remontando à figura "mítica" original do super-herói americano. Sob Moore, Supreme provaria ser um sucesso comercial e de crítica, anunciando que estava de volta ao mainstream após vários anos de exílio autoimposto.

Quando Rob Liefeld, um dos cofundadores da Image, se separou da editora e formou sua própria empresa Awesome Entertainment, ele contratou Moore para criar um novo universo para os personagens que ele havia trazido da Image. A "solução de Moore era de tirar o fôlego e arrogante - ele criou uma longa e distinta história para esses novos personagens, adaptando uma falsa era de prata e ouro para eles". Moore começou a escrever quadrinhos para muitos desses personagens, como Glory e Youngblood , bem como uma minissérie de três partes conhecida como Judgment Day para fornecer uma base para o Universo Awesome.  Moore não estava satisfeito com Liefeld, dizendo "Eu simplesmente fiquei farto da falta de confiabilidade das informações que recebo dele, que eu não confiava nele. Eu não achava que ele estava respeitando o trabalho e eu achava difícil respeitá-lo. E também naquela época eu provavelmente estava sentindo que, com exceção de Jim Lee, Jim Valentino – pessoas assim – alguns dos sócios da Image estavam parecendo, aos meus olhos, menos que cavalheiros. Eles não pareciam ser necessariamente as pessoas com quem eu queria lidar."

Os melhores quadrinhos da América, de 1999–2008: O parceiro de imagem Jim Lee se ofereceu para fornecer a Moore sua própria marca, que ficaria sob a empresa de Lee, WildStorm Productions . Moore nomeou essa marca America's Best Comics , alinhando uma série de artistas e escritores para ajudá-lo nessa empreitada. Lee logo vendeu a WildStorm – incluindo a America's Best Comics – para a DC Comics, e "Moore se viu de volta a uma empresa com a qual jurou nunca mais trabalhar". Lee e o editor Scott Dunbier voaram pessoalmente para a Inglaterra para garantir a Moore que ele não seria afetado pela venda e não teria que lidar diretamente com a DC. Moore decidiu que havia muitas pessoas envolvidas para desistir do projeto, e então a ABC foi lançada no início de 1999.

Nemo fazendo observações no Nautilus . Uma ilustração de uma edição de 16 de novembro de 1871 do romance Vinte Mil Léguas Submarinas de Júlio Verne, ilustrado por Alphonse de Neuville e Édouard Riou.

A primeira série publicada pela ABC foi The League of Extraordinary Gentlemen , que apresentou uma variedade de personagens de romances de aventura vitorianos , como Allan Quatermain de H. Rider Haggard , O Homem Invisível de HG Wells , Capitão Nemo de Júlio Verne , Dr. Jekyll e Mr. Hyde de Robert Louis Stevenson e Wilhelmina Murray de Drácula de Bram Stoker . Ilustrado por Kevin O'Neill, o primeiro volume da série colocou a Liga contra o Professor Moriarty dos livros de Sherlock Holmes ; o segundo, contra os marcianos de A Guerra dos Mundos. Um terceiro volume intitulado The Black Dossier foi ambientado na década de 1950. A série foi bem recebida, e Moore ficou satisfeito que o público americano estivesse gostando de algo que ele considerava "perversamente inglês" e que estava inspirando alguns leitores a se interessarem pela literatura vitoriana.

Outro trabalho de Moore na ABC foi Tom Strong , uma série de super-heróis pós-moderna, que apresentava um herói inspirado em personagens anteriores ao Superman, como Doc Savage e Tarzan . A longevidade do personagem induzida por drogas permitiu que Moore incluísse flashbacks das aventuras de Strong ao longo do século XX, escritos e desenhados em estilos de época, como um comentário sobre a história dos quadrinhos e da ficção popular . O artista principal foi Chris Sprouse . Tom Strong tinha muitas semelhanças com o trabalho anterior de Moore em Supreme , mas, de acordo com Lance Parkin, era "mais sutil" e era "o quadrinho mais acessível da ABC".

Moore's Top 10 , um drama policial impassível ambientado em uma cidade chamada Neópolis, onde todos, incluindo policiais, criminosos e civis, têm superpoderes, fantasias e identidades secretas, foi desenhado por Gene Ha e Zander Cannon.  A série terminou após doze edições, mas gerou quatro spin-offs: uma minissérie Smax , que foi ambientada em um reino de fantasia e desenhada por Cannon; Top 10: The Forty-Niners , uma prequela do Top Ten principal series drawn by Ha;

 A árvore da vida cabalística da Deutsche Fotothek, de 1621.

A série Promethea de Moore , que contava a história de uma adolescente, Sophie Bangs, que é possuída por uma antiga deusa pagã, a titular Promethea, explorou muitos temas ocultos, particularmente a Cabala e o conceito de magia , com Moore afirmando que "eu queria ser capaz de fazer uma história em quadrinhos oculta que não retratasse o oculto como um lugar escuro e assustador, porque essa não é minha experiência com ele ... [ Promethea era] mais psicodélico ... mais sofisticado, mais experimental, mais extático e exuberante."  Desenhado por JH Williams III , foi descrito como "uma declaração pessoal" de Moore, sendo uma de suas obras mais pessoais, e que abrange "um sistema de crenças, uma cosmologia pessoal".

A ABC Comics também foi usada para publicar uma série de antologia, Tomorrow Stories , que apresentava um elenco regular de personagens como Cobweb , First American, Greyshirt , Jack B. Quick e Splash Brannigan. Tomorrow Stories foi notável por ser uma série de antologia, um meio que havia morrido em grande parte nos quadrinhos americanos na época.

Apesar das garantias de que a DC Comics não interferiria em Moore e seu trabalho, eles o fizeram posteriormente, irritando-o. Especificamente, em League of Extraordinary Gentlemen No. 5, um anúncio vintage autêntico de um idiota da marca "Marvel" fez com que o executivo da DC, Paul Levitz, ordenasse que toda a tiragem fosse destruída e reimpressa com o anúncio alterado para "Amaze", para evitar atritos com a concorrente da DC, a Marvel Comics . Uma história de Cobweb que Moore escreveu para Tomorrow Stories No. 8 com referências a L. Ron Hubbard , ao ocultista americano Jack Parsons e ao " Babalon Working ", foi bloqueada pela DC Comics devido ao assunto. A DC já havia publicado uma versão do mesmo evento em seu volume da Paradox Press, The Big Book of Conspiracies.

Em 2003, um documentário sobre ele foi feito pela Shadowsnake Films, intitulado The Mindscape of Alan Moore , que mais tarde foi lançado em DVD.

Retorno aos independentes a partir de 2009: Com muitas das histórias que ele havia planejado para a America's Best Comics encerradas, e com sua crescente insatisfação com a forma como a DC Comics estava interferindo em seu trabalho, ele decidiu mais uma vez se retirar do mainstream dos quadrinhos. Em 2005, ele comentou que "Eu amo o meio dos quadrinhos. Eu praticamente detesto a indústria dos quadrinhos. Dê mais 15 meses, eu provavelmente estarei me retirando dos quadrinhos comerciais mainstream." O único título da ABC continuado por Moore foi The League of Extraordinary Gentlemen ; Após cortar laços com a DC, ele lançou a nova saga da Liga , Volume III: Century , em uma parceria de co-publicação da Top Shelf Productions e Knockabout Comics , a primeira parte, intitulada "1910", lançada em 2009, a segunda, intitulada "1969", lançada em 2011, e a terceira, intitulada "2009", lançada em 2012. Ele continua trabalhando com Kevin O'Neill em seu spin-off da Liga dos Cavalheiros Extraordinários , Nemo , com três histórias em quadrinhos publicadas, "Heart of Ice", "The Roses of Berlin" e "River of Ghosts".

Em 2006, a edição completa de Lost Girls foi publicada, como um conjunto de três volumes de capa dura. No mesmo ano, Moore publicou um artigo de oito páginas traçando a história da pornografia, no qual argumentava que a vibração e o sucesso de uma sociedade estão relacionados à sua permissividade em questões sexuais. Lamentando que o consumo de pornografia contemporânea onipresente ainda fosse amplamente considerado vergonhoso, ele pediu uma pornografia nova e mais artística que pudesse ser discutida abertamente e tivesse um impacto benéfico na sociedade. Ele expandiu isso para um ensaio de 2009 do tamanho de um livro intitulado 25.000 anos de liberdade erótica , que foi descrito por um crítico como "uma palestra de história tremendamente espirituosa - uma espécie de histórias horríveis para adultos".

Em 2007, Moore apareceu em forma animada em um episódio de Os Simpsons – um programa do qual ele é fã – intitulado " Maridos e Facas ", que foi ao ar em seu quinquagésimo quarto aniversário.

Desde 2009, Moore é um dos palestrantes do programa The Infinite Monkey Cage da BBC Radio 4 , apresentado pelo físico Brian Cox e pelo comediante Robin Ince.

Em 2010, Moore começou o que ele descreveu como "a primeira revista underground do século 21". Intitulada Dodgem Logic , a publicação bimestral consistia em trabalhos de vários autores e artistas de Northampton e Midlands, bem como contribuições originais de Moore. Apesar do conteúdo da Dodgem Logic não ser particularmente regional ou paroquial, suas vendas de publicidade permaneceram principalmente baseadas em Midland, limitando sua estabilidade financeira e tornando-a excepcionalmente dependente das receitas de vendas. Ela durou oito edições e fechou em abril de 2011.

Em 2010, Moore começou a publicar uma série de histórias em quadrinhos ambientadas no universo de HP Lovecraft , retornando a um interesse anterior no trabalho e nos mundos do autor. A Avatar Press havia publicado anteriormente Yuggoth Cultures and Other Growths , de Alan Moore, uma compilação de roteiros e tiras inéditas e adaptações em quadrinhos de poemas publicados anteriormente por Moore com tema ou baseados no trabalho de Lovecraft em 2003, seguido pelas duas partes The Courtyard, adaptadas de um conto Lovecraftiano de Moore publicado anteriormente. A minissérie de terror Neonomicon , a primeira das obras em quadrinhos originais de Moore lançada pela Avatar Press, foi ilustrada por Jacen Burrows , que também ilustrou as adaptações anteriores, e a quarta e última edição foi lançada em janeiro de 2011. Em 2014, uma série de doze partes reunindo Moore com Jacen Burrows foi anunciada, intitulada Providence on Lovecraft and the sources of the Cthulhu Mythos, formando uma prequela de "Neonomicon". Foi publicado em doze números de 2015 a 2017.

Moore apareceu ao vivo em eventos musicais colaborando com vários músicos diferentes, incluindo uma aparição em 2011 com Stephen O'Malley no festival de música All Tomorrow's Parties 'I'll Be Your Mirror' em Londres.

Um projeto futuro planejado é um livro-texto oculto conhecido como The Moon and Serpent Bumper Book of Magic , escrito com Steve Moore . Ele será publicado pela Top Shelf no "futuro". Em setembro de 2016, ele publicou um romance chamado Jerusalem , que também se passa em Northampton.

Alan Moore juntou-se ao projeto Occupy Comics no Kickstarter . Moore contribuiu com um ensaio sobre os quadrinhos como contracultura.

Em 2014, Moore anunciou que estava liderando um projeto de pesquisa e desenvolvimento para "criar um aplicativo que permitisse que qualquer pessoa fizesse quadrinhos digitais". Electricomics estreou em 2015. É um aplicativo de código aberto para leitura e criação de quadrinhos interativos. Moore escreveu a história Big Nemo , uma sequência distópica de Little Nemo , de Winsor McCay . Foi ilustrado por Colleen Doran e animado pela Ocasta Studios com cores de Jose Villarubia. O The Guardian o escolheu como um dos melhores aplicativos para iPhone/iPad de 2015. A Pipedream Comics o nomeou o aplicativo de quadrinhos digitais do ano.

Em 2016, Moore confirmou que depois de escrever um último livro da Liga dos Cavalheiros Extraordinários , ele planejava se aposentar da escrita regular de histórias em quadrinhos.

Em abril de 2016, Moore começou a fazer a curadoria de uma série de antologia de histórias em quadrinhos intitulada Cinema Purgatorio publicada pela Avatar Press , cada edição abrindo com uma história escrita por Moore e ilustrada por Kevin O'Neill . O livro também apresenta as equipes de roteiristas e artistas de Garth Ennis e Raulo Cáceres ( Code Pru ), Max Brooks e Michael DiPascale ( A More Perfect Union ), Kieron Gillen e Ignacio Calero ( Modded ) e Christos Gage e Gabriel Andrade ( The Vast ). A série de antologias foi descrita como "Tropos clássicos da ficção pulp, virados de cabeça para baixo, com novos filtros ou explorados em detalhes ridículos, por alguns dos melhores criadores de quadrinhos que temos hoje."

Em 2018, Moore contribuiu para a antologia de quadrinhos 24 Panels . A publicação foi comissariada por Kieron Gillen e teve como objetivo arrecadar fundos para os afetados pelo incêndio da Grenfell Tower em 2017.

Com o fim do quarto volume de League of Extraordinary Gentlemen , a conclusão de sua sequência de Lovecraft e alguns contos aparecendo em Cinema Purgatorio , Moore se aposentou dos quadrinhos em meados de 2019. Em 2022, ele confirmou, dizendo "Definitivamente terminei com os quadrinhos, não escrevo nenhum há cinco anos. Sempre amarei e adorarei o meio dos quadrinhos, mas a indústria dos quadrinhos e todas as coisas a ela associadas tornaram-se insuportáveis."

MATA-BURRO (ESTRUTURAS INDISPENSÁVEIS EM PROPRIEDADES RURAIS)

Uma vaca diante de um mata-burro na Suécia. Foto de 31 de julho de 2008.

Mata-burros (em inglês: A cattle grid; stock grid na Austrália; cattle guard, ou cattle grate; vehicle pass, ou stock gap nos Sul dos Estados Unidos; Texas gate no Oeste Canadense e no Norte dos Estados Unidos; e um cattle stop na Nova Zelândia) são dispositivos que impedem a fuga do gado em propriedades rurais, mesmo quando a porteira está aberta. Mata-burros são estrados que funcionam como pontes, normalmente de madeira, concreto ou aço. Estes estrados são instalados em cima de valas, que permite que este mecanismo desencoraje os animais a atravessar a porteira e fugir da propriedade.


Os mais modernos mata-burros são construídos de aço, pois são mais resistentes dispensam a necessidade de substituições e manutenções constantes, diferente dos antigos mata-burros de madeira e concreto.

ORIGENS

Diz-se que a moderna grade de gado para estradas usadas por automóveis foi inventada independentemente várias vezes nas Grandes Planícies dos Estados Unidos por volta de 1905-1915. Antes desse período, um dispositivo semelhante para ferrovias estava em uso pelo menos já em 1836; um estilo de pedra era usado na Grã-Bretanha desde os tempos pré-romanos. Um artigo no Texas Monthly afirma que o "primeiro uso registrado de uma grade de gado para tráfego não ferroviário" ocorreu em 1881 no Condado de Archer, Texas, na estrada de diligências entre Archer City e Henrietta.

USO

Os Mata-burros são geralmente instaladas em estradas onde cruzam uma cerca, geralmente em uma divisa entre terras públicas e privadas. Elas são uma alternativa à construção de portões que precisariam ser abertos e fechados quando um veículo passa, e são comuns onde estradas cruzam charnecas abertas, pastagens ou terras comuns mantidas por pastagens, mas onde a segregação de campos é impraticável. As grades para gado também são usadas quando ferrovias sem cercas cruzam uma cerca. As grades para gado são comuns em todo o mundo e são difundidas em lugares como Austrália, Terras Altas da Escócia ou Parques Nacionais da Inglaterra e País de Gales. Elas também são comuns em todo o oeste dos Estados Unidos e Canadá . Nos Estados Unidos, elas são frequentemente usadas em terras do Bureau of Land Management e do Forest Service , mas também são usadas em estradas pavimentadas e rampas de entrada e saída do Sistema de Rodovias Interestaduais em áreas rurais.

EFICÁCIA NA VIDA SELVAGEM

Embora as grades para gado sejam mais eficazes no gado, elas podem ser usadas para excluir veados e alces. Pesquisas mostraram que veados podem cruzar grades para gado com barras planas, em vez de arredondadas. Às vezes, uma grade para gado é duplicada para excluir esses animais. Uma grade para gado que requer um salto horizontal de 14 pés (4,3 m) é considerada eficaz quando combinada com uma cerca para veados. Listras também são pintadas nas estradas como um impedimento visual para veados, como acontece com grades para gado "virtuais". 

LIMITAÇÕES E RISCOS

Embora estas barreiras sejam geralmente eficazes para o gado, podem falhar devido à engenhosidade dos animais. Sabe-se que as ovelhas que procuram comida saltam sobre as grelhas, entram cuidadosamente nos espaços, ou correm ao longo das laterais das grelhas com até 2,4 m de largura.

Grades mais largas são usadas onde a vida selvagem deve ser contida. Alguns animais podem pular sobre elas, e uma barreira que impeça veados precisa ter pelo menos 16 pés (5 m) de largura. Bisões, e touros em particular, podem facilmente pular sobre uma barreira de 8 pés (2,4 m), e são conhecidos por pular larguras de até 14 pés (4,3 m).

Em áreas com muita neve e longos períodos sem degelo, a neve pode se acumular sob uma grade e permitir que os animais atravessem.

Os cavalos são particularmente vulneráveis a ferimentos causados por grades de gado, pois seus cascos de um único dedo podem escorregar entre as barras e prender suas pernas em uma posição facilmente quebrada. O mesmo risco existe para os cangurus no interior da Austrália , com risco adicional de aprisionamento.

As grades para gado são geralmente inúteis para conter cabras. No entanto, um funcionário do Departamento de Estradas do Texas relatou que a adição de três faixas pintadas de 20 polegadas (51 cm) — dispostas em amarelo, branco, amarelo — na estrada em frente a uma grade para gado impediu que as cabras se aproximassem ou cruzassem a proteção.

As grades para gado produzem ruído quando os veículos passam por cima delas e as pessoas que vivem num raio de 100 m da grade podem ser afetadas.

VARIAÇÕES

Quase todas as grades para gado são construídas em torno de uma grade. A maioria inclui um fosso cavado ao longo de uma linha de cerca, uma base para a grade repousar e asas para conectar a proteção à cerca. Como muitas proteções foram ou são feitas em casa e até certo ponto idiossincráticas , existe uma grande variedade de designs. Os designs podem variar de acordo com as condições locais. Os materiais usados para a construção de uma grade para gado dependem em parte do peso que ela deve suportar.

Um estudo das barras das grades tradicionais para gado em Flint Hills , Kansas, descobriu que 80 por cento eram feitas de canos, enquanto porcentagens menores eram feitas de trilhos de ferrovia , vigas I , tábuas e outros materiais. O tamanho das barras variou de 38 a 165 milímetros ( 1+1 ⁄ 2 a 6+1 ⁄ 2 pol.); os espaços entre as barras variaram de44 a 203 milímetros ( 1+3 ⁄ 4 a 8 pol.); o número de barras por grade variou de 4 a 22. As grades diferiam em comprimento de2,4 a 9,1 metros ( 7+3 ⁄ 4 a 30 pés) e em largura de 1,0 a 3,0 metros (40 a 120 pol), enquanto os poços abaixo das grades tinham de 0,0 a 2,5 metros (0 a 98 pol) de profundidade.

Grades de gado, como são chamadas na Grã-Bretanha , Irlanda e África do Sul , são conhecidas por uma grande variedade de outros nomes em outras partes do mundo. Nos Estados Unidos, são guardas de gado. Mata-burro é o nome preferido no Brasil e na Venezuela , enquanto guarda ganado (guarda de gado) é como são chamadas na Argentina. Alternativas nos Estados Unidos incluem cruzamento de carros, portão automático, portão de veludo cotelê, lacuna de estoque, passagem de gado, atropelamento e muitos outros. Os canadenses usam portão de fosso, passagem de veículo e portão Texas , bem como guarda de gado , que no Canadá se refere principalmente a guardas em linhas ferroviárias.

Concreto: As grades para gado feitas inteiramente ou principalmente de concreto existem desde a década de 1940. Os fazendeiros individuais muitas vezes construíram as suas próprias, às vezes usando planos desenvolvidos na década de 1940. No século 21, um conjunto de planos para proteções do tipo "faça você mesmo" feitas de madeira e concreto estão disponíveis no site do Missouri Alternatives Center da Universidade do Missouri nos EUA. Versões comerciais de concreto pré-moldado também estão disponíveis; a Smith Cattleguard Company, sediada na Virgínia , vendeu mais de 15.000 delas entre 1960 e 1980. Os fabricantes também produzem formas comerciais de polietileno com barras de reforço. Colocada no solo ou sobre ele e preenchida, uma grade para gado acabada com concreto de 4.000 libras por polegada quadrada (28 MPa) reforçado com vergalhões de fibra de vidro (GFRP) de 5 ⁄ 8 polegadas (16 mm) pode suportar cargas de veículos de até 32.000 libras (15 t) por eixo.

Aço: A University Lands, que administra terras e interesses minerais para uma fundação que apoia os sistemas da University of Texas e da Texas A&M University , publica manuais do tipo "faça você mesmo" para três tamanhos de grades para gado com grades feitas de tubos de aço . Os manuais incluem desenhos esquemáticos, bem como instruções de acompanhamento. Protetores comerciais feitos de aço também estão disponíveis em várias empresas.

Virtual: Linhas pintadas na estrada podem servir como skeuomorfos de grades de gado. O padrão claro-escuro de linhas no pavimento assemelha-se a uma verdadeira grade de gado para os animais, e por associação pensam que não serão capazes de cruzar. Usar uma grade de gado virtual é inicialmente mais barato do que uma grade de gado verdadeira, mas o custo de repintura periódica pode eventualmente exceder o custo inicial de uma proteção de metal bem construída. Uma vantagem particular das proteções pintadas é que elas são suaves para dirigir; nos EUA, a maioria é encontrada em rodovias estaduais ou federais , em vez de estradas privadas.

Por que elas funcionam não está claro, mas é mais provável que esteja relacionado ao sistema visual bovino. Especialistas dizem que " a percepção de profundidade de uma vaca é tal que ela faz pouca ou nenhuma distinção entre listras pintadas em um fundo escuro e barras sobre um fosso." O gado pode adquirir o comportamento de evitar grades sobre fossos por experiência individual ou por imitação de outros bovinos. No entanto, foi relatado que grades pintadas funcionam com gado semi-selvagem sem exposição prévia a grades virtuais.

O gado pode, às vezes, derrotar guardas virtuais. O dono de uma estação em Queensland , Austrália, disse a um repórter que, depois que alguns de seus touros velhos pularam uma grade pintada, os mais jovens perderam o medo de atravessar. Isso é comum; se um membro de um rebanho descobre que pode pisar com segurança nas linhas, outros o seguirão . Outros incentivos que levam o gado a testar uma guarda virtual incluem colocar comida no lado oposto ou usar forte pressão de direção para fazer o gado em pânico passar por uma grade virtual.

Elétrico: As grades elétricas para gado usam eletricidade para impedir que os animais cruzem a linha da cerca. Existem diferentes modelos. Um usa um fio de alta resistência atravessado na estrada, cerca de 3 a 4 polegadas (8 a 10 cm) do chão, conectado a uma fonte de energia em um dos lados. A principal vantagem é o custo e a facilidade de instalação. As desvantagens incluem a necessidade de pulverizar a vegetação com herbicidas para evitar que as ervas daninhas causem um curto-circuito na grade se não houver uma barreira entre os fios e o solo. Além disso, alguns veículos baixos podem prender os fios e arrancá-los.

James Hoy em The Cattle Guard discute quatro tipos de proteções elétricas. Uma que foi patenteada em Illinois em 1955 e outra inventada na Nova Zelândia em 1979 são semelhantes; cada uma se assemelha a "algo como a estrutura de uma cama de metal antiga" conectada a uma bateria ou carregador de cerca de alta potência. Elas são fáceis de atravessar, mas podem representar um perigo para crianças ou animais que fiquem presos na proteção. Outro tipo foi patenteado em duas versões por um inventor do Oregon em 1956-57; consistia em 20 tiras de borracha sintética condutoras de corrente montadas em uma estrutura de madeira. A invenção provou ser altamente eficaz em dissuadir todos os animais, incluindo cães, e era livre de manutenção, fácil de passar por cima e segura. No entanto, a empresa que adquiriu os direitos de fabricação interrompeu a produção em 1960. Um quarto tipo, feito em casa, consiste em duas seções de arame trançado ou placa de aço colocadas em uma laje de concreto e separadas uma da outra em cada lado de uma cerca. Os segmentos de fio são então conectados a uma cerca elétrica ou a um carregador separado, convencional ou alimentado por energia solar.

PATENTES E PADRÕES

O Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (US PTO) emitiu a patente US 1125095A em 15 de janeiro de 1915, para William J. Hickey, Reno, Nevada, para uma grade para gado.

Existe um Padrão Britânico para grades de gado: BS4008:2006 . Os padrões dos EUA são apresentados pela Associação Americana de Oficiais de Rodovias e Transportes Estaduais (AASHTO). A AASHTO fornece diretrizes de classificação de carga para grades de gado que são usadas em estradas públicas nos EUA. Todas as grades de gado usadas em estradas públicas dos EUA devem ser certificadas por um engenheiro qualificado de que a grade atende às diretrizes da AASHTO. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

FRAJOLA (PERSONAGEM DE DESENHO ANIMADO)


  • Nome Completo/Original: Sylvester James Pussycat, Sr./Sylvester the Cat
  • Data de Nascimento: 19 de Abril
  • Local de Nascimento:
  • Espécie: Gato Tuxedo
  • Sexo: Masculino
  • Cor do Cabelo: Preto
  • Cor dos Olhos: Verde
  • Família: Mãe anônima, Alan (irmão), Sylvia (esposa), Sylvester Junior (filho), Teeny (filho), Penelope Pussycat (esposa; Carrotblanca), Sylth Vester (descendente)
  • Amigos: Pernalonga , Patolino, Gaguinho, Lola Bunny, Batman, Stanley Ipkiss
  • Inimigos: Piu-Piu, Vovó, Ligeirinho, Frangolino
  • Primeira Aparição: "Life with Feathers" (24 de março de 1945)
Frajola é um dos personagens principais dos Looney Tunes, ele sempre aparece perseguindo Piu-piu ou Ligeirinho. É um gato preto antropomórfico com branco e um nariz vermelho redondo. Ele foi criado por Friz Freleng em 1945.

Geralmente é sempre visto tentando pegar o canário Piu-piu mascote da Vovó. E também em tentativas subsequentes curtas para pegar o rato Ligeirinho. Outro de seus principais rivais é o cão Hector, um enorme bulldog que também é um mascote da Vovó.

Ao contrário de outros personagens tem um objetivo similar ao de Coiote, embora que Frajola sempre consegue agarra sua presa, Piu-piu, mas sempre é forçado a cuspir.

NO BRASIL

"Frajola" é sinônimo de "janota", que adjetivam um indivíduo empertigado (com postura), elegante, muito bem vestido.

Todo gato preto e branco costuma receber o apelido de "frajola" por ter o mesmo padrão de pelagem do gato dos desenhos animados.

CARACTERIZAÇÃO

Assim como Patolino, Frajola é conhecido por ter um ceceio desleixado. Uma piada comum usada por Frajola e o Patolino é uma tendência a fazer um longo discurso, reclamando sobre um assunto e então terminando dizendo "Sakes".

Ele mostra uma personalidade diferente quando emparelhado com Gaguinho em explorações de lugares assustadores, nos quais ele não fala, se comporta como um gato medroso e sempre parece ver as coisas assustadoras que Gaguinho não vê e é repreendido por ele por isso todas as vezes.

Ele também é: Agressivo, travesso, egoísta, orgulhoso, ganancioso, teimoso, sorrateiro, engraçado, extrovertido, ambicioso, covarde (às vezes), brutal, competitivo, astuto, arrogante, neurótico, tímido, irritado, desajeitado, preguiçoso, incompetente, violento, mas desajeitado, preguiçoso, preguiçoso, amador, manipulador, um tanto crédulo, gentil, compassivo, leal, de bom coração, invejoso, persistente, inteligente, intrigante, um tanto otimista, inseguro, ansioso, um tanto confiante, desleixado, mas estridente, mal-humorado, infeliz e motivado.

Primeira aparição do Frajola em Life with Feathers (1945)

VOZES


HOMEM DAS CAVERNAS (HUMANOS PRIMITIVOS)

Mural de uma família Neandertal, de Charles Robert Knight em 1920. O homem das cavernas é um personagem representativo dos humanos primitivo...