Bandeira |
- CAPITAL: Natal
- GENTÍLICO: potiguar; norte-rio-grandense; rio-grandense-do-norte
- PADROEIRO(A): Nossa Senhora da Apresentação (21 de novembro)
- LOCALIZAÇÃO:
- Região: Nordeste
- Estados Limítrofes: Paraíba (Sul) e Ceará (Oeste)
- Regiões geográficas imediatas: 11
- MUNICÍPIOS: 167
- ÁREA:
- Total: 52 809,601 km² (22º)
- POPULAÇÃO:
- Censo 2022: 3 302 729 hab. (17º)
- DENSIDADE: 62,54 hab./km² (10º)
- ECONOMIA (2021):
- PIB: R$ 80.181 bilhões (18º)
- PIB per capita: R$ 22.516,97 (22º)
- INDICADORES (2010-2015):
- Esperança de vida: (2020) 76,0 anos (9º)
- ALFABETIZAÇÃO (2010): 82,6% (23º)
- IDH (2021): 0,728 (14º) – alto
- FUSO HORÁRIO: UTC−3, America/São Paulo
- CLIMA: Tropical e semiárido BSh, As
- CÓDIGO DE ISO: 3166-2 BR-RN
Rio Grande do Norte é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado a nordeste da Região Nordeste e tem por limites o Oceano Atlântico a norte a leste, a Paraíba a sul e o Ceará a oeste. É dividido em 167 municípios e sua área total é de 52 809,601 km², o que equivale a 3,42% da área do Nordeste e a 0,62% da superfície do Brasil, sendo um pouco maior que a Costa Rica. Com uma população de mais de 3,3 milhões de habitantes, o Rio Grande do Norte é o décimo sétimo estado mais populoso do Brasil, possuindo o segundo melhor IDH e a maior renda per capita da região Nordeste e a melhor expectativa de vida do Norte-Nordeste, chegando a 76,0 anos, a nona maior do país.
CIDADES
- Acari
- Alexandria
- Almino Afonso
- Alto dos Rodrigues
- Angicos
- Apodi
- Areia Branca
- Arez
- Assú
- Baía Formosa
- Baraúna
- Caicó (RN-288 & RN-118)
- Campo Grande
- Campo Redondo
- Canguaretama
- Caraúbas
- Carnaúbas dos Dantas
- Ceará-Mirim
- Cerro Corá (BR-226 e RN-203)
- Currais Novos
- Doutor Severiano
- Encanto
- Extremoz
- Florânia
- Goianinha
- Grossos
- Guamaré
- Ipanguaçu
- Ipueira
- Itaú
- Janduís
- Jardim de Angicos
- Jardim do Seridó (BR-247)
- Jardim de Piranhas
- João Câmara
- José da Penha
- Jucurutu
- Lajes
- Luís Gomes
- Macaíba
- Macau
- Marcelino Vieira
- Martins
- Maxaranguape
- Mossoró (BR-304)
- Nísia Floresta
- Nova Cruz
- Olho-d’Água do Borges
- Parelhas
- Parnamirim
- Passa e Fica
- Patu
- Pau dos Ferros
- Pedra Grande
- Pedro Velho
- Poço Branco
- Portalegre
- Porto do Mangue
- Rafael Fernandes
- Rio do Fogo
- Santa Cruz
- Santana do Matos
- Santo Antônio
- São Gonçalo do Amarante
- São João do Sabugi
- São José do Campestre
- São José de Mipibu
- São José do Seridó (BR-288)
- São Miguel
- São Miguel do Gostoso
- São Paulo do Potengi
- São Pedro
- São Rafael
- São Tomé
- Senador Elói de Souza
- Serra Caiada, antes Presidente Juscelino (BR-226)
- Serra Negra do Norte
- Sítio Novo
- Taboleiro Grande
- Taipu
- Tangará
- Tenente Ananias
- Tibau
- Tibau do Sul
- Timbaúba dos Batistas
- Touros
- Venha-Ver
Brasão do Rio Grande do Norte |
GEOGRAFIA
O Rio Grande do Norte está localizado a nordeste da Região Nordeste do Brasil, limitando-se com os estados da Paraíba (a sul) e Ceará (a oeste) e o Oceano Atlântico (a norte e a leste). A distância linear entre seus pontos extremos norte e sul é de 263 quilômetros; enquanto isso, seus pontos extremos leste e oeste estão separados por uma distância reta de 443 quilômetros. Também faz parte do território potiguar o Atol das Rocas, uma reserva biológica marinha considerada patrimônio da humanidade pela UNESCO. Sua área territorial é de 52.809,602 km², sendo um dos menores estados do país, ocupando apenas 0,621% do território nacional. O estado segue o fuso horário UTC-3 (horário de Brasília), três horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich), com exceção do Atol das Rocas, que segue o fuso UTC-2. Em virtude de sua localização geográfica no território brasileiro, o Rio Grande do Norte é tido como uma das "esquinas" do continente sul-americano, sendo a unidade da federação que mais se projeta para a Europa e a África.
Com 83% do seu território abaixo dos trezentos metros de altitude, e 60% destes abaixo dos duzentos metros, o relevo do Rio Grande do Norte é formado por planícies principalmente no litoral e por planaltos e depressões no interior. No litoral, estão localizadas as planícies costeiras, caracterizadas pela existência de dunas, além dos tabuleiros costeiros, composto de formações de argila. Logo após os tabuleiros, estão as depressões sublitorâneas e, em seguida, o Planalto da Borborema, que compreende as áreas de maior altitude; a Depressão Sertaneja, com terrenos de altitude mais baixa, logo após o Planalto da Borborema e a Chapada do Apodi, próxima aos rios Piranhas/Açu e Apodi/Mossoró. Também existe a Chapada da Serra Verde, encontrada na região do Mato Grande, com terrenos planos e ligeiramente elevados.
Predominam os solos latossólicos no litoral oriental, neossólicos às margens dos rios, luvissólicos na região do Seridó, chernossólicos na Chapada do Apodi, argilosos na região do Alto Oeste e cambissólicos nas regiões planas e onduladas. Em outras regiões também podem ser encontrados os solos planossólicos e de mangue.
Com 90,6% do seu território localizado na região do Polígono das Secas, o clima predominante do Rio Grande do Norte é o semiárido quente (BSh na classificação de Köppen), que domina quase todas as áreas do interior do estado, inclusive o litoral norte, característico das elevadas temperaturas e da escassez e irregularidade das chuvas, cujo índice pluviométrico é por vezes inferior a 700 milímetros anuais (mm/ano), com exceção da região oeste, em especial o Alto Oeste, que apresenta índices maiores. No litoral oriental, o clima é tropical savânico (As), com chuvas mais abundantes e índices pluviométricos superiores a 1.000 mm/ano.
Parque Ecológico do Pico do Cabugi, em Angicos
HIDROGRAFIA
Mais de 85% do território do Rio Grande do Norte é dividido em um conjunto de quatorze bacias hidrográficas: Apodi-Mossoró, Boqueirão, Catu, Ceará-Mirim, Curimataú, Doce, Guaju, Jacu, Maxaranguape, Piranhas-Açu, Potengi, Pirangi, Punaú e Trairi. Outros 10,8% estão na faixa litorânea norte de escoamento difuso e 1,2% na faixa leste, ambas constituídas por pequenos cursos d'água que fluem diretamente para o oceano, sem uma área delimitada pelos divisores de águas. Em âmbito nacional, o Rio Grande do Norte encontra-se totalmente inserido na região hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental.
Os dois maiores rios do Rio Grande do Norte, que concentram cerca de 90% das reservas hídricas do estado, são o Piranhas/Açu e o Apodi/Mossoró, cujas bacias cobrem, respectivamente, 32,8% e 26,8% do território estadual. O Rio Piranhas tem sua nascente no sertão da Paraíba e entra em território potiguar pelo município de Jardim de Piranhas, vindo a desaguar no Oceano Atlântico, após passar pela cidade de Macau. No trecho do rio que abrange parte dos municípios de Jucurutu, São Rafael e Itajá, o rio é represado pela Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório do Rio Grande do Norte, com capacidade máxima para 2.373.066.510 m³.
O Rio Apodi-Mossoró, por sua vez, nasce em Luís Gomes, no Alto Oeste, e percorre 210 quilômetros na região oeste do estado até desaguar no mar, entre Grossos e Areia Branca, sendo o maior rio inteiramente potiguar. Outros rios importantes do estado são Curimataú, Jacu, Jundiaí, Potengi, Seridó e Trairi.
ECOSSISTEMAS E BIODIVERSIDADE
A maior parte da cobertura vegetal original do Rio Grande do Norte foi devastada desde o início da colonização do Brasil, restando hoje apenas uma espécie de vegetação secundária e de menor porte e ligada ao clima, ao relevo e aos solos. São eles a caatinga (que ocupa a maior parte do estado) e a Mata Atlântica, além de pequenos trechos de cerrado, floresta ciliar de carnaúba, floresta das serras, manguezais e a vegetação das praias e dunas. Devido à ação humana, essa formação vegetal vem sendo cada vez mais destruída, causando a desertificação e o enfraquecimento da biodiversidade.
Na fauna do Rio Grande do Norte estão espécies como: o aracuá, o beija-flor, a choca-barrada, o concriz, o galo-de-campina, o gato-maracajá-de-manchas-pequenas, o gavião pé-de-serra, os juritis, o macaco guariba, o mocó, a peba, o preá, o sagui-do-nordeste e o tatu-verdadeiro, além de várias outras espécies, como caranguejos, moluscos, ostras e peixes. Na flora estão a amescla, as aroeiras, a gameleira, o jatobá, a maçaranduba, o marmeleiro, o mulungu, as orquídeas, o pau-brasil, o pau-ferro, o pereiro, a peroba, a sapucaia, a sucupira, além de várias espécies de plantas trepadeiras e raras.
O Rio Grande do Norte possui algumas unidades de conservação, dentre áreas de proteção ambiental (APA), parques estaduais e nacionais, reservas de desenvolvimento sustentável, reservas particulares do patrimônio natural (RPPN), entre outras, que juntas possuem uma área de 238 mil metros quadrados, aproximadamente 4,5% do território estadual. Há ainda projetos para a criação de novas unidades de conservação.
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