Em desenhos animados e quadrinhos, palavrões são frequentemente representados pela substituição de palavras por símbolos (" Grawlixes " no léxico do cartunista Mort Walker ). |
Palavrões, também conhecidos como profanidade, xingamentos, obscenidades, vulgarismo, baixo calão ou impropérios, é um uso socialmente ofensivo da linguagem.Da mesma forma, palavrões são o uso de linguagem que às vezes é considerado rude, obsceno ou culturalmente ofensivo; em certas religiões, é um pecado. Pode causar uma degradação de alguém ou algo, ou ser considerada uma expressão de forte sentimento em relação a algo. Algumas palavras também podem ser usadas como intensificadores.
Em seu sentido mais antigo e literal, "palavrões" refere-se ao desrespeito por coisas consideradas sagradas, implicando qualquer coisa inspiradora ou merecedora de reverência, bem como comportamento que mostra desrespeito semelhante ou causa ofensa religiosa.
ORIGEM
A maior parte dos palavrões originaram-se de termos não-escatológicos que, por convenções sociais e metáforas de duplo sentido, acabaram por tornarem-se uma forma obscena de representação. Diversos deles vieram de radicais latinos, como a expressão "caralho", de origem obscura mas que poderá ter surgido a partir do latim characulu, "boceta", que veio do latim buxis, "foda-se", que vem do latim futere, e "puta", que veio do latim putta. Alguns palavrões mantém seu sentido original, como "foda", "cu" — forma abreviada do latim culus. Algumas dessas palavras foram aportuguesadas de línguas como o espanhol, francês e inglês, como o termo "merda" — "mierda" no espanhol e "merde" no francês.
Já a palavra "babaca" é de origem ameríndia e se referia a um órgão da região genital. A palavra "piroca" vem do tupi antigo e significa "arrancar a pele" (pira é "pele", e ‘ok é "arrancar"). De acordo com o linguista Eduardo de Almeida Navarro, o termo seria uma referência ao fato de o pênis arrancar a pele do hímen feminino, ou, ainda, ao fato de a glande ser "pelada", "depenada".
Vulvas/Bucetas de diferentes mulheres (pelos púbicos removidos em alguns casos) (Variabilidade Genética) |
O psicólogo e linguista Steven Pinker acredita que a raiz histórica dos palavrões pode ter sido a religião, principalmente na Idade Média, quando evocar o nome de Deus de forma blasfema era o pior dos palavrões. Foi nesta época que surgiram expressões como "vá para o diabo". Com o tempo, após as crenças religiosas perderem valor expressivo, novas expressões foram sendo criadas, principalmente ligadas à sexualidade e ao corpo humano.
Por estarem diretamente relacionados a ofensas, é aconselhado evitar o estímulo aos palavrões em crianças. Diante disso, os meios de comunicação de grande alcance têm por hábito censurar eventuais palavrões ditos, o que não é possível em transmissões ao vivo.
Exemplos
- Abécula (É um idiota, um azelha, um palerma)
- Abentesma (Pessoa pouco inteligente, incompetente)
- Achavascado (Pessoa mal-educada, bruta, rude, ignorante)
- Alimária (Animal irracional, pessoa estúpida)
- Andrajoso (Pessoa mal arranjada; esfarrapado)
- Barregã ...
- Biltre. ...
- Cacóstomo.
- Bicha, Baitola, Viado (Homossexual masculino);
- Buceta (partes genital feminina (Vagina, Vulva));
- Bosta;
- Cagar;
- Caralho;
- Cu (Orifício por onde são expelidas as fezes (Ânus));
- Foda-se (Interjeição designativa de admiração, surpresa, indignação, desagrado, indiferença, raiva etc);
- Foder;
- Porra;
- Piroca, Pau, Pinto (Órgão sexual masculino (pênis));
- Puta (Mulher que se prostitui ou tem relações sexuais com muitos homens prostituta));
- Puta que Pariu (Interjeição designativa de admiração, surpresa, espanto, indignação, etc);
- Merda.
- Português de Portugal:
- Badalhoco(a) (Nojento(a), Ignorante);
- Cabrão (Corno);
- Cona (Buceta);
- Paneleiro (Bicha).
Glande (cabeça do pênis (piroca)) |
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