Postagens mais visitadas

segunda-feira, 27 de maio de 2024

JUSCELINO KUBITSCHEK (POLÍTICO BRASILEIRO)

 


  • NOME COMPLETO: Juscelino Kubitschek de Oliveira
  • NASCIMENTO: 12 de setembro de 1902; Diamantina, Minas Gerais
  • FALECIMENTO: 22 de agosto de 1976 (73 anos); Resende, Rio de Janeiro
  • APELIDOS: JK, João Alemão
  • ALMA MATER: Universidade Federal de Minas Gerais
  • PRÊMIO(S): Prêmio Juca Pato (1975)
  • Cônjuge Sarah Kubitschek (1931–1976)
  • Filhos(as) Márcia Maria Estela
  • PARTIDO: PSD
  • RELIGIÃO: Catolicismo
  • OCUPAÇÃO: Médico e político
Juscelino Kubitschek de Oliveira BTO • GColIH • GCTE, também conhecido pelas suas iniciais JK (Diamantina, 12 de setembro de 1902 – Resende, 22 de agosto de 1976), foi
um médico, oficial da Polícia Militar mineira e político brasileiro. Foi o 21.º Presidente do Brasil, entre 1956 e 1961. JK concluiu o curso de humanidades do Seminário de Diamantina e em 1920 mudou-se para Belo Horizonte.
Em 1927, formou-se em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e em 1930 especializou-se em urologia em Paris.

INÍCIO DE VIDA

Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em 12 de setembro de 1902 em Diamantina, num casarão colonial na rua Direita. Seu pai, João César de Oliveira (1872-1905), foi caixeiro-viajante e também exerceu várias
outras profissões, de garimpeiro a delegado de polícia. Durante uma viagem de serviço, João contraiu um resfriado que se transformou em pneumonia e deu origem a uma tuberculose. Com medo de contaminar a família com a doença, o pai de JK decidiu ir morar em uma casa isolada, recebendo visitas de amigos e familiares. João Oliveira faleceu em 10 de janeiro de 1905. A única renda da família passou a ser a da mãe, Júlia Kubitschek (1873-1971), que era professora primária e possuía ascendência checa (seu sobrenome é uma germanização do original tcheco Kubíček). Viúva aos 32 anos de idade e poucos anos após ter se casado, em 1898, Júlia não quis se casar novamente, dedicando-se ao seu trabalho e aos dois filhos, Maria da Conceição, apelidada de Naná, nascida em 1901, e JK, o Nonô. Júlia havia perdido um bebê nos primeiros meses de vida, cujo nome era Eufrosina, nascida em 1900.
O bisavô materno de Juscelino, Jan Nepomuk Kubíček, chegou ao Brasil por volta do ano de 1835, recebendo o apelido de João Alemão, provavelmente por ter chegado de uma região não independente na época, a Boémia, que integrava o Império Austríaco (atualmente parte da República Checa), ou por ter cabelo ruivo e olhos azuis de acordo com as citações da época. Em 1840, o nome do João Nepomuk Kubitschek constou pela primeira vez em um censo populacional feito em Serro, Minas Gerais. Jan Nepomuk Kubíček teve três filhos, um deles Augusto Elias Kubitschek, comerciante de armarinho e pai de Júlia; outro filho de Jan, João Nepomuceno Kubitschek, fez carreira política, tendo chegado a ocupar
os cargos de senador estadual constituinte e vice-governador de Minas Gerais entre 1894 e 1898.
Quando menino, em uma brincadeira de esconde-esconde com um primo, Juscelino teria machucado o dedo mínimo do pé direito. Segundo o jornalista e biógrafo Roniwalter Jatobá, isto teria duas consequências para a vida de JK. A primeira seria uma característica física, pois não poderia mais fazer longas caminhadas e a pressão do sapato iria lhe trazer incômodo. A segunda seria de característica profissional, devido à dedicação do médico que o atendeu, que o influenciou a seguir carreira na medicina.
EDUCAÇÃO E INÍCIO DE CARREIRA

Em 1914, Juscelino terminou o curso primário. Pagando uma
mensalidade, foi estudar no seminário diocesano de Diamantina,
dirigido por padres lazaristas. No seminário, teve de usar batina
como os demais, seguindo os estudos num regime severo, levantando às
cinco horas da manhã e indo dormir às oito horas da noite. Nos
estudos, ia razoavelmente bem, com exceção da disciplina de Aritmética
na qual tinha dificuldades. Segundo o historiador Francisco de Assis
Barbosa, Juscelino era um menino "como outro qualquer, incapaz de
despertar inveja ou inimizades devido à sua condição econômica
humilde e por seu temperamento brincalhão e avesso a discussões e
intrigas". Como não conseguiria sair da cidade para ir estudar em
Belo Horizonte por ser menor de idade, dedicou-se a estudar sozinho,
conseguindo a ajuda de alguns professores. Teve cursos de língua
inglesa com um professor chamado José e língua francesa com a
professora Madame Louise.
Em meio a dificuldades financeiras, conseguiu obter os exames preparatórios exigidos para o curso de
medicina. Em 1919, prestou em BH um concurso para telegrafista na agência central da cidade.
Para realizar o concurso exigia-se a idade mínima de dezoito anos, mas ele tinha apenas dezesseis anos
incompletos. Para resolver este problema, conseguiu com o oficial de registro de Diamantina uma certidão forjada que marcava como se tivesse nascido em 1900. Ficou em décimo nono lugar, sendo classificado. No final de 1920, mudou-se para a capital mineira. De início, sua mãe pagava os custos
do filho na nova cidade, mas ele não morava em boas condições de conforto. Dois anos após o concurso, em maio de 1921, foi divulgada a sua nomeação para telegrafista auxiliar. Em janeiro de
1922, prestou o vestibular e matriculou-se na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.
Em 1926, recebeu o diagnóstico de que estava com estertores no pulmão, tendo que ficar seis meses de cama. No quinto ano de medicina, começou a trabalhar com o seu cunhado e amigo Júlio Soares como interno na enfermaria da clínica cirúrgica da Santa Casa.
Juscelino gostava de dançar e, por isso, criou-se a fama de ser um "pé-de-valsa". Numa festa em 1926, conheceu Sarah Gomes de Sousa Lemos, filha do deputado federal Jaime Gomes de Sousa Lemos. A
partir de então começaram a namorar. Em 17 de dezembro de 1927, formou-se em medicina, na mesma turma de Pedro Nava; foi na cerimônia de colação de grau que a mãe dele conheceu Sarah. Após a formatura, deixou os Correios, passando a trabalhar em uma clínica cirúrgica particular, com o cunhado na Santa Casa e como assistente do professor universitário Baeta Viana em duas cadeiras, a da Clínica Cirúrgica e Física Médica.
Além disso, foi nomeado como médico da Caixa
Beneficente da Imprensa Oficial do Estado. No final de abril de 1930, viajou de trem para o Rio de Janeiro, onde partiu para a França no navio Formose.

VIAGENS E ESPECIALIZAÇÕES PROFISSIONAIS

O navio onde encontrava-se Juscelino fez várias escalas. O primeiro país em solo estrangeiro que o rapaz conheceu foi Senegal, mais especificamente a cidade de Dakar, seguindo para a cidade de Casablanca, no Marrocos. Juscelino chegou à cidade do Porto, Portugal, e a Vigo, Espanha, descendo próximo a Bordéus, já em território francês, onde pegou um trem para a capital Paris.
Lá, inscreveu-se num curso de cultura francesa da Aliança Francesa, atualizando-se no idioma e visitando museus e lugares históricos, mas o objetivo principal da viagem era se especializar em urologia com o doutor Maurice Chevassu, atividade que durou três semanas.
Em agosto de 1930, com as férias de verão dos professores, JK embarcou no navio Lotus para uma viagem pelo Mar Mediterrâneo. O navio partiu de Marselha e faria uma volta completa pelo
Mediterrâneo oriental.
Em sua estadia na Europa, conheceu outros lugares, como: Viena, onde frequentou hospitais e enfermarias a fim de assistir operações; a Tchecoslováquia, terra de seu avô materno; e Berlim, cidade em que cumpriu um amplo programa de conhecimentos médicos em sua
especialidade. De volta a Paris, confirmou com a embaixada brasileira os boatos de que haveria acontecido a chamada Revolução de 1930, ocasião em que o gaúcho Getúlio Vargas chegou ao poder.
Após saber das novidades, JK e seus amigos Cândido Portinari e Leopoldo Fróes saíram pelas ruas a
comemorar. No início de novembro de 1930, embarcou no navio Almirante Alexandrino, donde partiria para o Brasil e chegaria em 21 de novembro de 1930 no Rio de Janeiro. Ao chegar, pediu Sarah em casamento.

CASAMENTO E CARREIRA NA MEDICINA

Ao retornar para Minas Gerais, Juscelino montou um consultório próprio na rua São Paulo, trabalhou na Santa Casa de Misericórdia e lecionou. Em março de 1931, com a ajuda de Gustavo Capanema, o secretário de Justiça, JK foi nomeado para a Força Pública, indo servir como capitão-médico no Hospital Militar, e ficando encarregado do Laboratório de Análises Clínicas.
Em 30 de dezembro de 1931, casou-se com Sarah na Igreja da Paz, em
Ipanema, Rio de Janeiro. O vestido de Sarah era longo, sem véu e sem grinalda. A festa foi simples e íntima e o casal passou a lua de mel em um hotel da avenida Atlântica.
Juscelino, que então morava com a
irmã em Belo Horizonte, alugou uma casa na Avenida Paraúna, próximo a irmã. Após quase doze anos de casamento com Sarah,
nasceu em 22 de outubro de 1943 sua primeira filha, Márcia. Na época, JK queria um menino. Em 1947, Juscelino e sua esposa adotaram Maria Estela, que tinha quatro anos de idade e fora dada para a adoção pelos pais biológicos.

REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA
Em julho de 1932, irrompeu a Revolução Constitucionalista, um conflito entre São Paulo e o Governo Vargas. Enquanto os paulistas rebelavam-se contra Vargas, os mineiros organizavam-se para defender o presidente. Neste contexto, Juscelino foi convocado pelo comando geral para atuar como médico das tropas mineiras que lutavam contra os paulistas na Serra da Mantiqueira. Instalado em Passa Quatro, JK começou a atender, de forma improvisada, feridos nas batalhas. Mais tarde, relembrou:
Nunca pude me esquecer daquele espetáculo. Começaram a descer feridos. Uns tinham a farda ensanguentada, mas ainda caminhavam. Outros, sustentados pelos padioleiros, gemiam, com a roupa estraçalhada, deixando ver ferimentos de estilhaços de granada nas partes expostas. Muitos deixavam-se levar, inertes, os braços caídos e a fisionomia contraída pela dor. Alguns já se encontravam em agonia. Intermitentemente, faziam-se ouvir as peças de grosso calibre, canhões e morteiros. As granadas, explodindo a intervalos, davam-me impressão tão estranha quanto sinistra. Faziam-me pensar, estourando de um extremo a outro, que o Anjo da Morte distendia um imenso sudário para amortalhar a Mantiqueira.

JK recebeu um paciente em estado grave. Tendo que operá-lo, pediu a um coronel-médico que o ajudasse, mas este se recusou. Com a ajuda de um veterinário e de uma freira, conseguiu operar o soldado e salvá-lo. Logo depois, recebeu a visita de um capitão do quartel-general, que viera para abrir um inquérito contra o coronel que recusou ajuda a um paciente agonizante, mas Juscelino pediu que o inquérito não fosse aberto. A atitude de não querer prejudicar a carreira de um superior hierárquico do Exército aumentou a simpatia de Juscelino com os militares. Durante a revolução, conheceu o padre esloveno Alfredo Kobal, que serviu no Exército austríaco na Primeira Guerra Mundial, e Benedito Valadares, prefeito de Pará de Minas. Quando os combates acabaram, JK ficou responsável por transferir os feridos para as cidades de Varginha e Guaxupé. Com o fim do conflito na região, em 13 de setembro e resultando na vitória militar de forças pró-Vargas, JK voltou para casa, recebendo pessoalmente de Olegário Maciel, presidente do Estado, agradecimento pelo serviço prestado.

INÍCIO DA CARREIRA POLÍTICA

Em 1933, com a morte de Olegário Maciel, o presidente Vargas nomeou Benedito Valadares para o cargo. Valadares e Juscelino tornaram-se amigos após a campanha eleitoral de 1932, e o novo interventor federal nomeou Juscelino para ocupar o cargo de chefe de gabinete. Ele inicialmente não aceitou o convite, dizendo pessoalmente a Valadares que não iria deixar sua profissão e que não tinha objetivos políticos. Valadares, no entanto, insistiu, indo até o hospital militar onde JK estava trabalhando e anunciando, durante homenagem a Maciel, que havia escolhido-o para compor seu gabinete. JK contou que foi nomeado por "imposição". No cargo, cuidava da agenda de Valadares e resolvia vários problemas conversando com as autoridades. Em Diamantina, por exemplo, conseguiu abrir estradas e preservar edifícios históricos. Nessa época, construiu a sua primeira obra pública: uma ponte sobre o Ribeirão do Inferno, ligando Diamantina à cidade de Rio Vermelho. Durante o período em que desempenhou a função, JK não desativou seu consultório, mas desistiu de desenvolver a tese que pretendia utilizar para candidatar-se a uma cátedra na Faculdade de Medicina.

Em outubro de 1934, JK foi eleito deputado federal, filiado ao recém-criado Partido Progressista de Minas Gerais. Ele licenciou-se de suas funções em Belo Horizonte e passou a morar no Rio de Janeiro, a capital federal, onde iniciou seu mandato em 3 de maio de 1935. JK passou mais tempo em seu estado natal do que no Rio de Janeiro e não esqueceu de suas bases eleitorais. Por ser o diretor da secretaria do PP desde setembro de 1934, gastava boa parte de seu tempo organizando o partido no interior mineiro. Em 1937, engajou-se na campanha de José Américo de Almeida, candidato à presidência da República para a eleição programada de 1938.

Como deputado, Juscelino atuava nos bastidores, articulando e defendendo os interesses do governo de Valadares. JK raramente discursava na tribuna, preferindo atuações menos expostas, como nas comissões. Também fez várias viagens, inclusive acompanhando Vargas em uma visita à Argentina e ao Uruguai. JK exerceu o mandato de deputado até o fechamento do Congresso Nacional, em 10 de novembro de 1937, com o golpe do Estado Novo, promovido por Vargas. Após o impedimento de seu mandato, confidenciou à esposa que sairia definitivamente da política naquele instante, voltando a exercer medicina em seu consultório particular e no Hospital Militar.

PREFEITO DE BELO HORIZONTE
No início de 1940, Valadares nomeou Juscelino como prefeito de Belo Horizonte. A princípio, JK não quis aceitar o cargo, argumentando que não apoiava o regime ditatorial, mas sua nomeação foi divulgada em 16 de abril no Minas Gerais, e foi empossado dois dias depois. Como prefeito, não abandonou a medicina, chegando ao posto de tenente-coronel-médico da Polícia Militar de Minas Gerais, intercalando assim medicina com a Prefeitura.

Quando assumiu o cargo, Belo Horizonte tinha duzentos mil habitantes e a cidade estava com problemas financeiros, com arrecadação baixa, dívida aumentando e poucos recursos financeiros disponíveis. JK escolheu dar prioridade às obras públicas que melhorassem e embelezassem a cidade. Durante seu mandato, ficou conhecido como "prefeito furacão" pelas grandes mudanças feitas em BH. Ele restaurou, pavimentou e construiu muitas avenidas, canalizou vários córregos que banhavam a cidade visando o saneamento básico, construiu pontes e realizou terraplenagens a fim de integrar o centro da cidade a vários núcleos populacionais da zona suburbana, e desenvolveu a rede subterrânea de luz e telefone. Uma das mais importantes obras foi a construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, um centro de lazer projetado por Oscar Niemeyer que tornou-se um marco cultural nacional.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, iniciou-se no país a redemocratização com a queda do Estado Novo e a posse de José Linhares. Os governantes que haviam sido indicados pela ditadura deixaram os cargos, incluindo Juscelino, em outubro de 1945.

DEPUTADO FEDERAL PELA SEGUNDA VEZ

Após a saída da Prefeitura de Belo Horizonte, decidiu entrar definitivamente na política. Engajou-se na criação do Partido Social Democrático de Minas Gerais, fundado por políticos ligados a Valadares, como o companheiro político João Elias Neto. Nas eleições gerais de dezembro de 1945 foi eleito deputado federal para a Assembleia Nacional Constituinte pelo Partido Social Democrático (PSD), ficando em terceiro lugar. Pelo estado de Minas Gerais, elegeram-se também entre outros vinte deputados, entre eles Tancredo Neves, José Maria Alkmim, Gustavo Capanema e Valadares. Juscelino, juntamente com a esposa e a filha Márcia, foi morar na capital federal, mais especificamente em Copacabana. Em 5 de fevereiro de 1946, foi empossado deputado federal no Palácio Tiradentes.

Em seu segundo mandato como deputado federal, JK integrou a Comissão de Transportes e Comunicações, defendeu a transferência da capital federal para o Triângulo Mineiro, e discursou sobre a necessidade de se construir casas populares e de se realizar uma política de conteúdo social, tendo em vista elevar o padrão de vida das pessoas. Ele destacou-se por sua oratória e seus discursos mais importantes, com as frases que ficaram famosas, como "Deus me poupou o sentimento do medo", foram escritos pelo poeta carioca Augusto Frederico Schmidt; destacou-se, também, por sua atuação na chamada "política de bastidores", nome dado para as articulações políticas bem trabalhadas, típica de seu segundo partido político.

Em julho de 1946, um grupo de deputados federais, incluindo JK, embarcou em um avião da Força Aérea com destino a Belém, Pará, com o propósito de conhecer o extremo norte do país. Posteriormente, lembrou que essa foi a primeira vez a entrar em contato com um Brasil diferente daquele a que estava acostumado, afirmando: "Se a beleza dos cenários me seduziu e deslumbrou, tive a oportunidade de viver, por outro lado, o drama daquelas populações deserdadas, perdidas nos desvãos de um território imenso e quase sem um vínculo afetivo com a capital da República." Em maio de 1948, viajou com sua esposa para os Estados Unidos, permanecendo nesse país durante algumas semanas e conhecendo várias cidades, como Nova Iorque, Chicago, Detroit e Filadélfia. De acordo com suas memórias, essa viagem o convenceu de que o Brasil apenas alcançaria pleno desenvolvimento por meio de uma industrialização intensa e diversificada; desta forma, a passagem pelos EUA desempenhou grande influência em suas visões político-administrativas.

GOVERNADOR DE MINAS GERAIS

No início da década de 1950, o PSD mineiro encontrava-se dividido entre as alas lideradas por Bias Fortes e JK; ambos mantinham o desejo de ser candidato ao governo estadual na eleição de 1950. Em 22 de julho de 1950, o PSD realizou sua convenção, com a comissão executiva, composta por 23 membros, sendo a encarregada pela escolha do candidato. JK acabou sendo o candidato do partido, vencendo a disputa por três votos; posteriormente, Tancredo recordou: "até hoje é um sigilo. Não se sabe quem votou em Juscelino, nem quem votou em Bias Fortes". JK contou, ainda, com o apoio do PR, PTN, PSP e PST. No decorrer da campanha, percorreu 168 municípios. Ironicamente, o outro candidato era o seu concunhado Gabriel Passos (PDC-UDN), casado com a irmã de sua esposa.

Minas Gerais não tinha produção de energia elétrica suficiente e nem estradas, por isso sua estratégia se baseou no binômio "Energia e Transporte", sugerido pelo reitor da Universidade do Brasil, Pedro Calmon. Apurados os resultados, JK foi eleito governador com 714 mil votos (56,7%), contra 544 mil votos (43,2%) de Gabriel. Pela mesma coalizão de JK, foi eleito para vice Clóvis Salgado da Gama com 676 mil votos (56,5%), derrotando Pedro Aleixo. A disputa pelo Senado foi vencida por Artur Bernardes Filho, também filiado ao PSD.

JK assumiu o cargo em 31 de janeiro de 1951, tornando-se o 24.º governador do estado. Como governador, criou a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) em 1952 e construiu cinco usinas hidrelétricas, triplicando o poder energético estadual. Com a eletrificação foi possível estimular a industrialização, e assim pôde ser instalado em agosto de 1954 um conjunto de produção metalúrgica na região metropolitana de Belo Horizonte, a Mannesmann, uma siderúrgica alemã que possibilitou a concretização de seus planos: tirar o estado da situação "agropastoril". Foram construídos mais de três mil quilômetros de estradas, 251 pontes e mais de 160 centros de saúde. Quando tomou posse, havia 680 mil alunos matriculados na escola primária, índice que saltou para 1,1 milhão de alunos no final do governo. Uma grande dificuldade que enfrentou como governador foi uma revolta ocorrida em Uberaba, em 1952, contra os elevados impostos estaduais, que causou prejuízos milionários.

JK buscou manter sua aliança política com Vargas, eleito presidente em 1950, conquistando a "bênção" do presidente para a realização de seus projetos como governador. Em meio a crise política iniciada com o atentado da rua Tonelero, JK convidou Vargas para participar da inauguração da siderúrgica Mannesmann—sendo esta a última viagem de Vargas antes de se suicidar, no final daquele mês. Juscelino foi o único governador a comparecer ao velório do presidente, ocorrido no Palácio do Catete. Com a posse do vice-presidente Café Filho, JK tentou evitar o agravamento da situação política e colaborou com o novo governo.

Ainda como governador, JK iniciou as articulações para candidatar-se à presidência em 1955, visitando diversos estados do país. Após receber o apoio do PSD para sua candidatura, em convenção nacional realizada em fevereiro de 1955, renunciou ao cargo de governador para se candidatar a presidente. Ao vice-governador Clóvis Salgado, afirmou: "vou ter que renunciar, e vão fazer tudo para impedir as eleições. Você vai ter que ficar com essa defesa aqui nas mãos. Porque, sem o apoio de Minas, meu velho, minha candidatura desmorona, não tenha dúvida." Salgado então o tranquilizou.

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL DE 1955

Através de uma aliança política formada por seis partidos, Juscelino foi eleito Presidente da República em 3 de outubro de 1955, com 35,68% dos votos válidos, a menor votação de todos os presidentes eleitos de 1945 a 1960.

Naquela época as eleições realizavam-se em turno único. Nesta eleição, pela primeira vez no Brasil, utilizou-se a cédula eleitoral oficial confeccionada pela Justiça Eleitoral. Antes de 1955 os próprios partidos políticos confeccionavam e distribuíam as cédulas eleitorais.

Foi difícil o lançamento da candidatura de Juscelino, pois se acreditava em um veto militar a ele: JK era acusado de ser apoiado pelos comunistas. Somente quando o presidente da república Café Filho divulgou a carta dos militares na Voz do Brasil foi que Juscelino se lançou candidato, alegando que a carta dos militares não citava o seu nome.

Em campanha presidencial na Bahia, o então governador daquele estado, Antônio Balbino perguntou a Juscelino qual era a verdadeira posição do "Café". O candidato prontamente respondeu, em clara ironia, referindo-se ao ex-presidente Café Filho:

“ Qual deles, Balbino? O vegetal ou o animal?”

Para dar legitimidade e prestígio à sua candidatura a presidente, JK visitou o já idoso e venerado ex-presidente da república Venceslau Brás em sua residência no sul de Minas. Pediu e conseguiu o apoio do antigo presidente à sua candidatura.

A apuração dos votos foi demorada. Em 3 de outubro de 1955, JK elegeu-se com 3.077.411 votos (35,68%), o general Juarez Távora recebeu 2.610.462 votos (30,27%), Ademar de Barros conseguiu 2.222.725 votos (25,77%) e Plínio Salgado conquistou 714.379 votos (8,28%). Juscelino obteve 400.000 votos a mais que o candidato da União Democrática Nacional Juarez Távora, e 800.000 votos a mais que o terceiro colocado, o ex-governador de São Paulo Ademar de Barros. Juscelino foi favorecido pelo lançamento da candidatura de Plínio Salgado, que tirou votos do candidato Juarez Távora.

A UDN tentou impugnar o resultado da eleição, sob a alegação de que Juscelino não obteve vitória por maioria absoluta dos votos. A posse de Juscelino e do vice-presidente eleito João Goulart só foi garantida com um levante militar liderado pelo ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott que, em 11 de novembro de 1955, depôs o então presidente interino da República Carlos Luz. Suspeitava-se que Carlos Luz, da UDN, não daria posse ao presidente eleito Juscelino. Assumiu a presidência, após o golpe de 11 de novembro, o presidente do Senado Federal, Nereu Ramos do partido de JK, o PSD. Nereu Ramos concluiu o mandato de Getúlio Vargas, que fora eleito para governar de 1951 a 1956. O Brasil permaneceu em estado de sítio até a posse de JK em 31 de janeiro de 1956.
VIAGEM INTERNACIONAL

Antes de tomar posse como presidente eleito, JK fez uma série de visitas a outros países, com o objetivo de apresentar aos seus mandatários a política de desenvolvimento que estava planejando para o Brasil:

“O meu objetivo não é apenas afastar-me da cena política nacional, de forma a permitir que as paixões serenassem mas, sobretudo, estabelecer contatos diretos com os Chefes de Governo e com os capitães da indústria e do comércio daqueles países, para apresentar-lhes, em termos concretos, a política de desenvolvimento econômico que instalarei no Brasil.”

JK foi aos Estados Unidos, cujo governo estava preocupado com as acusações da oposição de que Juscelino tivesse sido eleito com o voto dos comunistas. Nesta viagem não haveria obtido sucesso, pois os empresários de lá não lhe deram atenção. Também viajou para a Europa (Inglaterra, França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Espanha, Portugal, Itália e Vaticano).

PRESIDENTE DO BRASIL

Juscelino foi o último presidente da República a assumir o cargo no Palácio do Catete. Foi empossado em 31 de janeiro de 1956, e governou por cinco anos, até 31 de janeiro de 1961. Seu vice-presidente, eleito também em 3 de outubro de 1955, foi João Goulart. Não havia reeleição naquela época. Foi o primeiro presidente civil desde Artur Bernardes a cumprir integralmente seu mandato. Juscelino Kubitschek empolgou o país com seu slogan "Cinquenta anos em cinco", conseguiu encetar um processo de rápida industrialização, tendo como carro-chefe a indústria automobilística. Houve, no seu governo, um forte crescimento econômico, porém, houve também um significativo aumento das dívidas públicas interna e externa, bem como da inflação nos governos seguintes de Jânio Quadros e João Goulart. Os anos de seu governo são lembrados como "Os Anos Dourados", coincidindo com a fase de prosperidade norte-americana conhecida como "The Great American Celebration", que se caracterizou pela baixa inflação, elevadas taxas de crescimento da economia e do padrão de vida dos norte-americanos.

PLANO DE METAS
Diploma de Presidente da República de Juscelino Kubitschek de Oliveira, expedido pelo Tribunal Superior Eleitoral no dia 27 de janeiro de 1956, de acordo com Código Eleitoral Brasileiro de 1950 instituído pela Lei nº 1 164, de 24 de julho de 1950.

Em seu mandato presidencial, Juscelino Kubitscheck lançou o Plano Nacional de Desenvolvimento, também chamado de Plano de Metas, que tinha o célebre lema Cinquenta anos em cinco. O plano tinha 31 metas distribuídas em cinco grandes grupos: energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação e a meta principal ou meta-síntese: a construção de Brasília. O Plano de Metas visava estimular a diversificação e o crescimento da economia brasileira, baseado na expansão industrial e na integração de todas as regiões do Brasil, através da nova capital localizada no centro do território brasileiro, na região do Brasil Central.

A estratégia do Plano de Metas era corrigir os "pontos de estrangulamento" da economia brasileira, em termos atuais reduzir o Custo Brasil, que poderiam estancar o crescimento econômico brasileiro (por falta de estradas e energia elétrica) e reduzir a dependência das importações, no processo chamado de "substituição de importações", já que o Brasil padecia de uma crônica falta de divisas externas (dólares).

A CONVIVÊNCIA DEMOCRÁTICA

Outro fato importante do governo de JK foi a manutenção do regime democrático e da estabilidade política, que gerou um clima de confiança e de esperança no futuro entre os brasileiros. Teve grande habilidade política para conciliar os diversos setores da sociedade brasileira, mostrando-lhes as vantagens de cada setor dentro da estratégia de desenvolvimento de seu governo.

JK evitou qualquer confronto direto com seus adversários políticos e apelou a eles para que fizessem oposição sempre dentro das leis democráticas. Anistiou os militares revoltosos de Jacareacanga e Aragarças. Muitos políticos da UDN (adversária do PSD de Juscelino) o apoiavam, ficando estes políticos conhecidos como a UDN chapa-branca.

Outro momento de tensão política do seu governo foi em 23 de novembro de 1956, quando JK ordenou a prisão domiciliar do general Juarez Távora, que havia sido derrotado nas eleições de 1955. O motivo seria o fato de Juarez Távora ter desafiado a ordem de JK, dada em 21 de novembro de 1956, que proibia os militares de fazerem manifestação ou comentário político. O ministro da Guerra Henrique Teixeira Lott cumpriu a ordem de prisão, mas pediu exoneração do cargo, porém voltou atrás. Com sua atitude enérgica e apoio de Lott, JK se fortaleceu entre os militares, setor em que tinha antes pouca aceitação e prestígio. JK fechou também, em novembro de 1956, a "Frente de Novembro" e o "Clube da Lanterna", que faziam oposição a JK.

Seu maior adversário político foi Carlos Lacerda, com o qual se reconciliou posteriormente. Juscelino não permitiu que Carlos Lacerda desse declarações a emissoras de televisão durante todo o seu governo. Juscelino confessou a Lacerda, depois, que se tivesse deixado Lacerda dar tais declarações, este o derrubaria.

A CONVIVÊNCIA DEMOCRÁTICA

Outro fato importante do governo de JK foi a manutenção do regime democrático e da estabilidade política, que gerou um clima de confiança e de esperança no futuro entre os brasileiros. Teve grande habilidade política para conciliar os diversos setores da sociedade brasileira, mostrando-lhes as vantagens de cada setor dentro da estratégia de desenvolvimento de seu governo.

JK evitou qualquer confronto direto com seus adversários políticos e apelou a eles para que fizessem oposição sempre dentro das leis democráticas. Anistiou os militares revoltosos de Jacareacanga e Aragarças. Muitos políticos da UDN (adversária do PSD de Juscelino) o apoiavam, ficando estes políticos conhecidos como a UDN chapa-branca.

Outro momento de tensão política do seu governo foi em 23 de novembro de 1956, quando JK ordenou a prisão domiciliar do general Juarez Távora, que havia sido derrotado nas eleições de 1955. O motivo seria o fato de Juarez Távora ter desafiado a ordem de JK, dada em 21 de novembro de 1956, que proibia os militares de fazerem manifestação ou comentário político. O ministro da Guerra Henrique Teixeira Lott cumpriu a ordem de prisão, mas pediu exoneração do cargo, porém voltou atrás. Com sua atitude enérgica e apoio de Lott, JK se fortaleceu entre os militares, setor em que tinha antes pouca aceitação e prestígio. JK fechou também, em novembro de 1956, a "Frente de Novembro" e o "Clube da Lanterna", que faziam oposição a JK.

Seu maior adversário político foi Carlos Lacerda, com o qual se reconciliou posteriormente. Juscelino não permitiu que Carlos Lacerda desse declarações a emissoras de televisão durante todo o seu governo. Juscelino confessou a Lacerda, depois, que se tivesse deixado Lacerda dar tais declarações, este o derrubaria.

ECONOMIA E OBRAS


ESPORTES

Na Suécia, em junho de 1958, acontecia a Copa do Mundo. A Seleção Brasileira havia conquistado o seu primeiro título. Em 1959, a tenista Maria Esther Bueno venceu os torneios de US Open e Wimbledon; e, a seleção brasileira de basquete masculina foi campeã mundial no Chile.

CULTURA

Fundou a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense.

CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA

A construção de Brasília foi um dos fatos mais marcantes da história brasileira, e da política de JK no seu mandato de cinco anos como presidente, sendo uma das maiores obras do século XX. A ideia de construir uma nova capital no centro geográfico do País estava prevista na Constituição de 1891, na Constituição de 1934 e na Constituição de 1946, mas foi adiada sua construção por todos os governos brasileiros desde 1891.

A promessa de construir Brasília foi feita por JK, no dia 4 de abril de 1955, em um comício em Jataí, no estado de Goiás quando, no final do comício, JK resolveu ouvir perguntas de populares e o estudante para tabelião Antônio Soares Neto, o Toniquinho, perguntou a JK se este iria cumprir toda a constituição do Brasil de 1946, inclusive o artigo referente a nova capital.

"Toniquinho" se referia ao artigo 4.º do "Ato das disposições constitucionais transitórias da Constituição de 1946" que dizia:

Art 4.º - A Capital da União será transferida para o planalto central do país. § 1.º - Promulgado este Ato, o Presidente da República, dentro de sessenta dias, nomeará uma Comissão de técnicos de reconhecido valor para proceder ao estudo da localização da nova Capital. § 2.º - O estudo previsto no parágrafo antecedente será encaminhado ao Congresso Nacional, que deliberará a respeito, em lei especial, e estabelecerá o prazo para o início da delimitação da área a ser incorporada ao domínio da União. § 3.º - Findos os trabalhos demarcatórios, o Congresso Nacional resolverá sobre a data da mudança da Capital. § 4.º - Efetuada a transferência, o atual Distrito Federal passará a constituir o Estado da Guanabara.

 O Congresso Nacional, mesmo com descrença, aprovou a lei n.º 2 874, sancionada por JK, em 19 de setembro de 1956, determinando a mudança da Capital Federal e criando a Companhia Urbanizadora da Nova Capital — Novacap.

As obras, lideradas pelos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer começaram com entusiasmo em fevereiro de 1957. Mais de duzentas máquinas e trinta mil operários - os candangos - vindos de todas as regiões do Brasil (principalmente do Nordeste do Brasil), exerceram um regime de trabalho ininterrupto, dia e noite, para construir e concluir Brasília até a data prefixada de 21 de abril de 1960, em homenagem à Inconfidência Mineira.

As obras terminaram em tempo recorde de 41 meses — antes do prazo previsto. Já no dia da inauguração, em pomposa cerimônia, Brasília era considerada como uma das obras mais importantes da arquitetura e do urbanismo contemporâneos.

Além da obediência à Constituição, a construção da Nova Capital visava a integração de todas as regiões do Brasil, a geração de empregos, absorvendo o excedente de mão de obra da região Nordeste do Brasil e o estímulo ao desenvolvimento do interior, desafogando a economia saturada do Centro-Sul do país.

ACUSAÇÕES DE CORRUPÇÃO

JK também foi acusado diversas vezes de corrupção. As acusações vinham desde os tempos em que ele era governador, e se intensificaram no período em que ele foi presidente. As denúncias se multiplicaram por conta da construção de Brasília: havia sérios indícios de superfaturamento das obras e favorecimento a empreiteiros ligados ao grupo político de Juscelino. Outro caso rumoroso foi o da empresa aérea Panair do Brasil, pertencente a amigos de JK, que foi acusada de possuir um monopólio do transporte de pessoas e materiais enviados para a construção de Brasília. Durante a construção de Brasília, como a BR-050 ainda não estava pronta, grande parte dos materiais e equipamentos utilizados na obra eram transportados por aviões.

A imprensa chegou a dizer que JK teria a sétima maior fortuna do mundo, o que nunca foi provado. Durante a campanha eleitoral de 1960, para a escolha de seu sucessor, as denúncias de corrupção contra JK foram amplamente exploradas pelo candidato Jânio Quadros, que prometia "varrer a corrupção" do governo de JK. Este respondeu a Inquérito Policial Militar durante o regime militar, acusado de corrupção e de ter apoio dos comunistas.

“Devemos informar que dias antes de sua morte, JK, agradecia aos militares de terem conseguido consolidar Brasília como Capital Estratégica do Brasil, Juscelino foi médico militar, não devemos esquecer isso.”

 Quando de sua morte, porém, o seu inventário de bens mostrou um patrimônio modesto, tendo sua filha Márcia precisado vender um apartamento para financiar sua campanha eleitoral à Câmara dos Deputados.

O EDIFÍCIO CIAMAR

O consórcio de empreiteiras (Sotege-Rabello) seria responsável pela construção do edifício Ciamar, onde JK teria ganho um apartamento e também por benfeitorias feitas num terreno que o governo paraguaio doara a Juscelino na região de Foz do Iguaçu. O dono do apartamento, Sebastião Paes de Almeida, amigo de JK e ex-ministro da Fazenda, foi considerado um "laranja" de Juscelino. O então chefe do Gabinete de Segurança Institucional e futuro presidente da república, Ernesto Geisel, acompanhou o processo pessoalmente. A denúncia foi arquivada em 1968 por falta de provas. Atualmente, o edifício Ciamar chama-se "JK" e está localizado no Leblon. Avalia-se que tal escândalo influenciou diretamente a eleição de Jânio Quadros e até mesmo na tomada de poder pelos militares.

ESCÂNDALO SEXUAL

Manteve, durante 18 anos (1958 a 1976), um romance secreto com Maria Lúcia Pedroso, esposa do deputado e assessor de JK José Pedroso. Ele a conheceu aos 23 anos durante a comemoração do seu aniversário de 56 anos. José Pedroso descobriu o caso em 1968, chegando a ameaçar matá-los com um revólver. Preferiu posteriormente contar tudo à esposa de Kubitschek. Mesmo com a traição descoberta, Pedroso manteve-se casado e vivendo na mesma casa com Maria Lúcia, porém dormindo em quartos separados. Sarah proibia JK de ir ao Rio de Janeiro, onde vivia Maria Lúcia, para que não a encontrasse. Juscelino acabou morrendo num acidente de carro na Via Dutra, justamente quando estava indo encontrar-se com Maria Lúcia. A vedete e ex-amante de Getúlio Vargas, Virgínia Lane, também disse ter passado uma noite com Juscelino.
POLÍTICA EXTERNA

No plano internacional, Juscelino procurou estreitar as relações entre o Brasil e os Estados Unidos, ciente de que isso ajudaria na implementação de sua política econômica industrial e na preservação da democracia brasileira.

Formulou a Operação Pan-americana, iniciativa diplomática em que solicitava apoio dos Estados Unidos ao desenvolvimento da América do Sul, como forma de evitar que o continente americano fosse assolado pelo fantasma do comunismo. Arquivos do Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários, indicam que seu ministro interino da educação, Celso Brant, foi um colaborador da StB (serviço de inteligência da Tchecoslováquia). De acordo com fontes russas, o casal de espiões soviéticos Mikhail e Anna Filonenko, infiltrados no Brasil de 1954 a 1960 com as identidades falsas de "Joseph Ivanovich Kulda" e "Mariya Navotnaya", conseguiram aproximar-se do círculo do presidente.

MANIFESTAÇÕES CONTRA JK

Duas semanas após a posse de JK, a 11 de fevereiro de 1956, ocorre a Revolta de Jacareacanga, liderada pelo major-aviador Haroldo Veloso e pelo capitão-aviador José Chaves Lameirão. Acusavam o presidente de supostas associações com grupos financeiros internacionais para a entrega de petróleo e minerais estratégicos, e de infiltração comunista nos postos militares de alto-comando. No mesmo mês, a rebelião militar foi debelada. Enviou ao Congresso um projeto de lei que concedeu anistia ampla e irrestrita a todos os civis e militares que tivessem participado de movimentos políticos ou militares no período de 10 de novembro de 1955 até 19 de março de 1956.

No início do governo, acontecem duas greves de transportes públicos em São Paulo. No Rio de Janeiro, a empresa canadense Light S.A. aumenta o preço das passagens de bonde, atitude que levou à primeira manifestação pública de estudantes e populares. Em uma semana, com as lideranças sindicais no Palácio do Catete, JK negociou o fim do movimento com a redução das tarifas. JK conseguiu conciliar o país nos inúmeros conflitos.

Em 3 de dezembro de 1959, em Aragarças eclode uma nova rebelião, com a participação de dez oficiais da Aeronáutica, três do Exército e alguns civis mais radicais ligados às ideias de Carlos Lacerda. Os rebeldes denunciavam "a conspiração comunista em marcha", que seria inspirada pelo governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola. Iniciou-se com o sequestro do primeiro avião brasileiro, do modelo Constellation da empresa Panair. Em 36 horas, o movimento foi debelado através da conciliação e anistia aos rebeldes.

ESPIRITISMO E MAÇONARIA

Há relatos dando conta de que o presidente Juscelino enviava perguntas ao médium Chico Xavier pedindo conselhos sobre problemas enfrentados durante a construção de Brasília.

Concedeu indulto ao médium José Pedro de Freitas, o "José Arigó", ou "Zé Arigó", que fora preso acusado de exercício ilegal da medicina. Existem relatos de que JK fazia parte da Maçonaria, informação esta nunca confirmada pela maçonaria brasileira.

A ELEIÇÃO DO SUCESSOR DE JK
Lô Borges, Fernando Brant, Juscelino Kubstcheck, Márcio Borges e Milton Nascimento, em Diamantina, Minas Gerais, 1971.

As eleições de 3 de outubro de 1960 foram vencidas pelo candidato oposicionista Jânio Quadros, ex-governador de São Paulo apoiado pela UDN. Jânio obteve 48% dos votos válidos, em um total de quase seis milhões de votos, a maior votação nominal obtida por um político brasileiro até então. Juscelino apoiou o militar Marechal Henrique Lott, seu ministro da guerra, morto em 19 de maio de 1984, e que havia garantido a posse de JK em 1955. Lott era o candidato a presidente pela aliança PSD-PTB que tinha João Goulart candidato a reeleição como vice-presidente da república. A disputa entre Jânio e Lott foi chamada de a campanha da vassoura contra a espada. Ademar de Barros, novamente candidato, definiu-se como "a candidatura de protesto", e obteve o terceiro lugar. João Goulart foi reeleito vice-presidente da república.

Ao passar a faixa presidencial para Jânio Quadros, em 31 de janeiro de 1961, Juscelino tornou-se o primeiro presidente civil desde Artur Bernardes, eleito pelo voto direto, que iniciou e concluiu seu mandato dentro do prazo determinado pela Constituição Federal. Após JK, o primeiro presidente civil eleito pelo voto direto a cumprir integralmente seu mandato foi Fernando Henrique Cardoso.
Os Anos Dourados

Após a presidência

MORTE

Morreu em 22 de agosto de 1976, durante uma viagem de carro na Rodovia Presidente Dutra, faltando exatamente 3 semanas para completar 74 anos. Segundo as autoridades de então, teria sido um mero acidente automobilístico, no antigo quilômetro 165 (atual 328) da Rodovia Presidente Dutra, na altura da cidade fluminense de Resende.

O automóvel em que viajava, um Chevrolet Opala, colidiu violentamente com uma carreta carregada de gesso, tendo também seu motorista e amigo Geraldo Ribeiro, morrido no acidente. O local do acidente ficou conhecido como "Curva do JK", antes conhecido como "Curva do Açougue". Mais de trezentas mil pessoas assistiram ao seu funeral em Brasília, onde a multidão cantou a música que o identificava: Peixe Vivo. Seus restos mortais repousam no Memorial JK, construído em 1981, na capital federal do Brasil, Brasília, por ele fundada.

Em 1996 seu corpo foi exumado, para se esclarecer a causa de sua morte, levantando-se novamente a polêmica sobre o caso. O laudo oficial da exumação novamente concluiu que foi apenas um acidente de trânsito, sendo tal laudo contestado pelo secretário particular de JK, Serafim Jardim, no livro "JK, onde está a verdade".

Em 2001, a Câmara dos Deputados instituiu uma Comissão Externa - requerida pelo marido da neta de JK, ex-deputado Paulo Octávio - para averiguar as suspeitas de assassinato do ex-presidente. A apuração final da Comissão foi taxativa:

Por mais que se exercite a imaginação e a criatividade, não se consegue encontrar um argumento sólido, balizado, lógico e técnico que possa apoiar a tese de assassinato... Os menores detalhes não passaram despercebidos. Investigamos todas as dúvidas, todas as suspeitas. À medida que as questões foram sendo esclarecidas e respondidas, a conclusão foi-se impondo inexoravelmente. Ao final destes trabalhos, não restam mais dúvidas de que a morte de Juscelino Kubitscheck foi causada por um acidente automobilístico, sem qualquer resquício da consumação de um assassinato encomendado.

 Em 2012, a Comissão Nacional da Verdade, que analisa os crimes políticos ocorridos entre 1946 e 1988, decidiu analisar o inquérito sobre a morte de Juscelino. Em 9 de dezembro de 2013, a Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, da cidade de São Paulo, afirmou que o ex-presidente na realidade foi assassinado. Em 22 de abril de 2014, a Comissão Nacional da Verdade concluiu que a morte de JK foi acidental.

JAMES BOND (PERSONAGEM LITERÁRIO)

 

Imagem de James Bond feita por Ian Fleming; encomendada para ajudar os artistas de histórias em quadrinhos do Daily Express.

  • NOME COMPLETO: James Bond, CMG, RNVR
  • NASCIMENTO: 11 de novembro de 1920/21; Wattensheid, Alemanha
  • CODINOMES: 007, 7777, John Bryce, Peter Franks, David Somerset, Sr. James, Boris, Sir Hilary Bray, Taro Todoroki David Barlow, Frank Westmacott, Mark Hazard
  • FAMÍLIA: Andrew Bond (pai), Monique Delacroix (mãe), Tracy Bond (esposa, Morta), Charmain Bond (tia paterna), James Suzuki (filho), Max Bond (tio paterno), Victor Delacroix (primo materno)
  • STATUS: Britânico, Vivo, Viúvo, Ativo
  • OCUPAÇÃO: Oficial Operacional Sênior, SIS (Filial '00')
  • AFILIAÇÃO: Serviço Secreto de Inteligência (MI6)
  • CRIADOR(ES): Ian Fleming
  • PRIMEIRA APARIÇÃO: Cassino Royale
O Comandante James Bond CMG, RNVR é um personagem criado pelo jornalista e romancista britânico Ian Fleming em 1953. É o protagonista da série de romances, filmes, quadrinhos e videogames James Bond. Fleming escreveu doze romances de Bond e duas coleções de contos. Seus dois últimos livros - The Man with the Golden Gun (1965)Octopussy and The Living Daylights (1966) - foram publicados postumamente.

O personagem é um agente do Serviço Secreto, código número 007 (da Sessão Duplo-Zero), residente em Londres, mas ativo internacionalmente. Bond era um personagem composto baseado em vários comandos que Fleming conheceu durante seu serviço na Divisão de Inteligência Naval durante a Segunda Guerra Mundial , aos quais Fleming adicionou seu próprio estilo e vários de seus próprios gostos. O nome de Bond pode ter sido apropriado do ornitólogo americano de mesmo nome , embora seja possível que Fleming tenha adotado o nome de um agente galês com quem serviu, James C. Bond. Bond tem uma série de traços de caráter consistentes que permeiam os livros, incluindo o gosto por carros, o amor pela comida, bebida e sexo, e um consumo médio de sessenta cigarros personalizados por dia.

Desde a morte de Fleming em 1964, houve outros escritores autorizados de material de Bond, incluindo John Gardner , que escreveu quatorze romances e duas novelizações; Raymond Benson , que escreveu seis romances, três novelizações e três contos; e Anthony Horowitz, que escreveu três romances. Houve também outros autores que escreveram um livro cada: Kingsley Amis (sob o pseudônimo de Robert Markham), Sebastian Faulks, Jeffery Deaver e William Boyd . Além disso, uma série de romances baseados na juventude de Bond - Young Bond - foi escrita por Charlie Higson e mais tarde por Stephen Cole.

Como spin-off da obra literária original, Casino Royale , foi feita uma adaptação televisiva, " Casino Royale ", na qual Bond era retratado como um agente americano. Uma série de histórias em quadrinhos também foi publicada no jornal Daily Express . Houve vinte e sete filmes de Bond; sete atores interpretaram Bond nos filmes.

James Bond Portrait | © George Almond

HISTÓRIA DE ORIGEM

Nos romances, os pais de Bond (Andrew Bond da Escócia e Monique Delacroix-Bond do Cantão de Vaud, Suíça) foram tragicamente mortos durante um acidente de escalada nos Alpes Franceses quando ele tinha onze anos. Ele adquiriu um comando de primeira classe das línguas francesa e alemã durante sua educação inicial, que recebeu inteiramente no exterior devido ao trabalho de seu pai como representante da empresa de armamentos Vickers. Após a morte de seus pais, Bond vai morar com sua tia, Srta. Charmian Bond na pequena vila de Pett Bottom, Canterbury, onde completou sua educação inicial. Mais tarde, ele frequenta brevemente o Eton College aos "12 anos ou mais", mas é removido após dois períodos por causa de problemas com uma empregada. Depois de deixar Eton, Bond foi enviado para o Fettes College na Escócia, a escola de seu pai. Em sua primeira visita a Paris aos dezesseis anos, Bond perdeu a virgindade, mais tarde relembrando o evento em "From a View to a Kill".

Depois de deixar Fettes, Bond estudou brevemente na Universidade de Genebra (assim como Fleming), antes de aprender a esquiar em Kitzbühel com Hannes Oberhauser . Após sua graduação, Bond ingressou no Ministério da Defesa pouco antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial. Bond se candidatou a M para uma posição no " Serviço Secreto ", parte do Serviço Civil, e ascendeu ao posto de oficial principal.

CARACTERIZAÇÃO
Aparência:
Primeiro nome: JAMES. Altura: 183 centímetros, peso: 76 quilos; constituição esbelta; olhos: olhos azul-acinzentados; Cabelo: preto; cicatriz na bochecha direita e no ombro esquerdo; sinais de cirurgia plástica "Ш" nas costas da mão direita (SH para Shpion: Espião); atleta completo; atirador de pistola especialista, boxeador, atirador de facas; não usa disfarces. Idiomas: francês e alemão. 

quinta-feira, 23 de maio de 2024

CAFÉ FILHO (POLÍTICO BRASILEIRO)

 


  • NOME COMPLETO: João Fernandes Campos Café Filho
  • NASCIMENTO: 3 de fevereiro de 1899; Natal, Rio Grande do Norte
  • FALECIMENTO: 20 de fevereiro de 1970 (71 anos); Rio de Janeiro, Guanabara
  • FAMÍLIA:  Florência Amélia Café(mãe); João Fernandes Campos Café (Pai); Jandira de Oliveira (Primeira Dama c. 1931; m. 1970), Eduardo Antônio de Oliveira Café (Filho)
  • PARTIDO: PSP
  • RELIGIÃO: Presbiterianismo
  • OCUPAÇÃO: Jornalista; Comerciário; Tabelião; Servidor público
João Fernandes Campos Café Filho BTO • GCTE (Natal, 3 de fevereiro de 1899 – Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 1970) foi um advogado e político brasileiro, tendo sido o 18.º presidente do Brasil entre 24 de agosto de 1954 e 8 de novembro de 1955. Também foi o 13.º vice-presidente do país entre 1951 e 1954, função que assumira paralelamente com a de presidente do Senado Federal.

Foi o único potiguar e o primeiro protestante a ocupar a presidência da república do Brasil (junto com Ernesto Geisel, são os únicos protestantes que presidiram o Brasil). Também foi o primeiro a exercer a Presidência tendo nascido após a Proclamação da República.

VIDA

Aqui, o jovem Café Filho, aos 22 anos. Foi um dos fundadores e goleiro do Alecrim, de Natal.

Nascido no Rio Grande do Norte, trabalhou como jornalista durante a juventude. Entre 1918 e 1919 atuou como o primeiro goleiro do Alecrim Futebol Clube, sendo o único presidente a já ter atuado como jogador competitivo de futebol adulto. Historiadores do futebol potiguar contam que em uma partida contra o América, vestindo a camisa do Ateneu, foi substituído após o sexto gol do rival. O placar final apontou 22 a 0 para o Mecão.

INÍCIO DA CARREIRA POLÍTICA
  • TÍTULO: Deputado Federal pelo Rio Grande do Norte
  • PERÍODO: 1 de fevereiro de 1946 até 1 de fevereiro de 1951
  • PERÍODO: 3 de maio de 1935 até 10 de novembro de 1937
Café Filho participou da Aliança Liberal na campanha de 1930. Em 1933, fundou o Partido Social Nacionalista (PSN) do Rio Grande do Norte, e alguns anos mais tarde, o Partido Social Progressista de Ademar Pereira de Barros. Em 1934 e 1945 foi eleito deputado federal. De novembro de 1937 a maio de 1938 esteve exilado na Argentina, visando evitar prisão no Brasil, em conta de diariamente, na Câmara, denunciar a iminência do golpe. Anteriormente, em 14 de outubro de 1937, sua residência foi invadida pela polícia e seu cunhado Raimundo Fernandes foi preso. Café ficou escondido até 16 de outubro, quando o deputado José Matoso de Sampaio Correia conseguiu asilo político na embaixada da Argentina.

ELEIÇÕES DE 1950

Nas eleições de 1950, o governador de São Paulo e líder do Partido Social Progressista Ademar de Barros impôs o nome de Café Filho à vice-presidência como condição de apoiar a candidatura de Getúlio Vargas. Getúlio resistiu pois o nome de Café Filho desagradava militares e igreja católica, que o consideravam um político de tendências esquerdistas. Café Filho foi contra a aplicação da Lei de Segurança Nacional em 1935. Em outubro de 1937, foi contra o estado de guerra solicitado pelo Governo com base no Plano Cohen, falso documento para legitimar a ditadura do Estado Novo. No parlamento fazia campanha contra o cancelamento do registro do PCB e a extinção do mandato dos parlamentares comunistas, além de ser defensor do divórcio.

Ademar, no entanto, se irritou com a resistência de Getúlio e lançou uma advertência pela imprensa: "A eleição de Vargas depende do PSP", afirmara o governador paulista. E conclui: "A candidatura do Café Filho a vice-presidente será mantida, custe o que custar". O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) acabou formalizando ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o nome de Café Filho como vice apenas na data limite do registro eleitoral. Mesmo companheiro de chapa, Getúlio nunca confiou em Café Filho.

Nas eleições de 1950 a escolha do vice era desvinculada do presidente. Mesmo assim, Café Filho foi eleito vice-presidente com uma diferença de 200 mil votos para o segundo colocado, Odilon Duarte Braga da União Democrática Nacional (UDN).

Além de ser eleito vice-presidente naquela eleição, Café Filho também foi reeleito deputado federal pelo Rio Grande do Norte (algo possível na legislação eleitoral da época). Na ocasião, conseguiu ser o deputado federal mais votado de seu estado com mais de 19 mil votos, superando políticos como Aluízio Alves, Djalma Marinho, Valfredo Gurgel, Jerônimo Dix-huit Rosado e José Augusto Bezerra de Medeiros.

VICE-PRESIDENTE
Foto oficial como Vice-presidente do Brasil e Presidente do Senado Federal.
  • TÍTULO: 13.º Vice-presidente do Brasil
  • PERÍODO: 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954
  • PRESIDENTE: Getúlio Vargas
  • ANTECESSOR(A): Nereu Ramos
  • SUCESSOR(A): João Goulart
Na qualidade de vice-presidente da República, Café Filho também assumiu a função de presidente do Senado Federal entre 1951 e 1954.

Em 20 de setembro de 1951 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito de Portugal.

Após o atentado da rua Tonelero, o país entrou em grave crise política. Café Filho sugeriu, então, a Getúlio Vargas, que ambos renunciassem ao governo simultaneamente, abrindo as chances para um governo interino de coalizão. Vargas disse a Café que consultaria amigos e pensaria a respeito; consultou o ministro da justiça, Tancredo Neves, que recomendou rejeitar o plano, afirmando que era um golpe de Café Filho. Getúlio avisou a Café Filho que não renunciaria. Café Filho respondeu que, rejeitada sua proposta, não devia mais lealdade a Getúlio: "Caso o senhor deixe desta ou daquela maneira este palácio, a minha obrigação constitucional é vir ocupá-lo".

PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Café Filho, em 1954. Arquivo Nacional.
  • TÍTULO: 18.º Presidente do Brasil
  • PERÍODO: 24 de agosto de 1954 até 8 de novembro de 1955
  • VICE-PRESIDENTE: Nenhum
  • ANTECESSOR(A): Getúlio Vargas
  • SUCESSOR(A): Carlos Luz
Com o suicídio de Vargas em 24 de agosto de 1954, assumiu a presidência, exercendo o cargo até novembro de 1955. Em 26 de abril desse ano foi agraciado com a Grã-Cruz da Banda das Três Ordens.

Seu governo foi marcante pelas medidas econômicas liberais comandadas pelo economista Eugênio Gudin, defensor de uma política econômica ortodoxa, reduzindo gastos públicos como combate as dificuldades da economia, além limitar o crédito, criar uma taxa única de energia elétrica (Fundo Federal de Eletrificação) e a retenção automática do imposto de renda sobre os salários, tendo como norte o combate à inflação (Getúlio Vargas havia em 1º de março decretado um aumento de 100% no salário mínimo, uma proposta de João Goulart, seu ex-ministro do trabalho).

Gudin pediu demissão em 4 de abril, em razão do descontentamento de cafeicultores paulistas com o "confisco cambial" e também pelo pedido de substituição da presidência do Banco do Brasil feito pelo Governador de São Paulo Jânio Quadros: o paulista Alcides da Costa Vidigal no lugar do baiano Clemente Mariani. Tratava-se de um acordo político: Quadros não concorreria para presidente em 1955 e apoiaria Juarez Távora, já Café daria ao Governador a indicação do presidente do BB, do Ministério da Viação e Obras Públicas e faria um empréstimo para o estado de São Paulo. O sucessor definitivo de Gudin foi o paulista José Maria Whitaker, defensor da cafeicultura e opositor do "confisco cambial". "No curto mandato de Whitaker, há que se destacar ainda a suspensão de compras de café pelo governo que provocou protestos tanto junto aos cafeicultores quanto junto ao IBC e descontentamento de autoridades importantes." (SARETTA, 2003). A recusa dos ministros na aprovação da reforma cambial causou a saída de José Maria Whitaker, em 11 de outubro de 1955. Mário Leopoldo Pereira da Câmara o substituiu e exerceu o cargo até 31 de janeiro do ano seguinte.

Café Filho | Caricatura de Pedro Bottino 24 de Agosto de 1954
 
Segundo o site da Presidência, "Destacaram-se, ainda, em sua administração a criação da Comissão de Localização da Nova Capital Federal, a inauguração, em janeiro de 1955, da usina hidrelétrica de Paulo Afonso e o incentivo à entrada de capitais estrangeiros no país, que repercutiria no processo de industrialização que se seguiu".

Para ter apoio parlamentar, Filho declarava o caráter provisório do seu governo e que não possuía maiores pretensões políticas. Foi, portanto, um governo conciliador, com a participação de militares, empresários e políticos.

Em 3 de novembro de 1955 foi afastado da presidência em razão de um distúrbio cardiovascularpor, assumindo em seu lugar o presidente da Câmara, Carlos Luz, que foi deposto logo em seguida por tentar impedir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek.

Foto de 1954.

ELEIÇÕES DE 1955 E O MOVIMENTO DE 11 DE NOVEMBRO

Nas eleições presidenciais de 1955, o governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek, do PSD, e o vice João Goulart, do PTB, derrotaram o candidato apoiado por Café Filho, general Juarez Távora. Sob a ameaça de golpe pela UDN e uma ala do exército visando remoção de quadros e vícios remanescentes do varguismo, Café Filho manteve-se pelo menos indiferente quanto ao respeito às instituições, o que levou o general Henrique Lott, seu ministro da Guerra, que votara no candidato oficial, a desferir um golpe de Estado preventivo (o "retorno aos quadros constitucionais vigentes") para garantir a posse de Juscelino.

Alegando questões de saúde, Café Filho licenciou-se do cargo de presidente da República alguns meses antes de Juscelino ser empossado, assumindo interinamente Carlos Luz, então presidente da Câmara. Por pressão do general Lott, Carlos Luz foi deposto e impedido de governar, assumindo a presidência interina Nereu Ramos, então vice-presidente do Senado. Na época, para garantir a posse dos eleitos JK e Jango, aprovou-se o estado de sítio e o impedimento (confirmado pelo STF) de Café Filho, pois este declarou que pretendia retornar a ocupar o cargo.

APÓS A PRESIDÊNCIA
Após a presidência, Café Filho trabalhou em uma imobiliária no Rio de Janeiro até ser nomeado em 1961 pelo governador Carlos Lacerda para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da Guanabara. Permaneceu como ministro até a sua aposentadoria, em 1969. Em livro de memórias, afirmou que "quanto a não estar preparado para exercer a presidência da República, reconheço que não estava e ninguém está.

MORTE

Seu falecimento foi lastimado por muitas autoridades, como o almirante Augusto Rademaker, então vice-presidente do Brasil, e Bento Munhoz da Rocha, ex-governador do Paraná, que afirmou sentir sua morte "profundamente, como a de um companheiro insubstituível". Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

HOMEM DE FERRO (SUPER-HERÓI DA MARVEL COMICS)

  • NOME COMPLETO: Anthony Edward Stark
  • NASCIMENTO: Sofia, Bulgária (Signo de Gêmeos)
  • CODINOMES: Vingador Dourado, Homem de Cobalto, Futurista
  • ALTURA: 6′1″ (1.85 m),
  • 6′6″ (1.98 m) (Na Armadura)
  • PESO: 225 libras (102,06 kg),
  •  425 libras (192,78 kg) (na armadura)
  • CABELO: Preto
  • OLHOS: Azuis
  • ESPÉCIE: Humano Masculino Bissexual; anteriormente um ciborgue
  • FAMÍLIA: 
  • OCUPAÇÃO: Engenheiro Mecânico, aventureiro, inventor, industrial, fundador da Fundação Maria Stark , fundador da Stark Unlimited; Gênio, Bilionário, Playboy, Filantropo
  • AFILIAÇÃO: Vingadores (membro fundador), Club do Inferno, Alcoólicos Anônimos, James Rhodes, Pepper Potts, Coração de Ferro, Homem-Aranha, Capitão América, Hulk (às Vezes)
  • RIVALIDADE: Monge de Ferro, Chicote Negro, Mandarim, Thanos...
  • STATUS: Americano, Búlgaro, Ressuscitado, Casado 
  • CRIADOR(ES): Stan Lee, Larry Lieber, Don Heck & Jack Kirby
  • PRIMEIRA APARIÇÃO: Tales of Suspense #39 (28 de fevereiro de 1963)
Homem de Ferro (Iron Man™) é um personagem dos quadrinhos publicados pela Marvel Comics. Sua verdadeira identidade é o empresário e bilionário Tony Stark, que usa armaduras de alta tecnologia no combate ao crime. Foi criado em 1963 pelo escritor Stan Lee, o roteirista Larry Lieber e os desenhistas Jack Kirby e Don Heck. Stan Lee aceitou o desafio de fazer um personagem ser odiado e depois amado pelo público, criando um dos super-heróis mais marcantes de todos os tempos.

Tony Stark | Art by Sean Chen

CURIOSIDADES PESSOAIS
  1. O tipo sanguíneo de Tony Stark é A+ (A Positivo);
  2. O Homem de Ferro é Ateu. Embora reconheça a existência de deuses, ele se recusa a acreditar neles no sentido de colocar fé neles;
  3. "Stark" significa "forte" em vários idiomas, incluindo alemão e sueco;
  4. No International Iron Man #7 de 2016, Tony tinha entre 34 e 35 anos;
  5. Em seu aniversário de dezesseis anos, Tony ganhou um Plymouth Hemi Barracuda 1971;
  6. Segundo ele mesmo, o melhor dia da vida de Tony foi quando os Vingadores encontraram o Capitão América congelado em um bloco de gelo;
  7. Tony sofre de transtorno depressivo maior;
  8. Tony Stark tem três doutorados;
  9. Stark odeia JRR Tolkien (Escritor de O Senhor dos Anéis);
  10. Tony tem seu próprio mecanismo de busca semelhante ao Google , chamado "Starkle";
  11. Tony usou os endereços de e-mail TStark@StarkIntl.com e iamironman@starkunlimited.com;
  12. O toque de chamada da Garota Esquilo para Tony em seu telefone é "Born This Way" de Lady Gaga;
  13. Um dos carros de Tony tem a placa STARK 1. O carro com a placa STARK 2 foi presenteado a Pepper Potts;
  14. A senha para as placas holográficas de Tony na Montanha dos Vingadores é "wgp0m0tm", uma referência à "Boa Tecnologia" dos Red Guitars;
  15. Stark se considera mais atraente do que Robert Downey Jr. , e também foi considerado mais atraente do que ele por outros;
  16. Em Thor (Vol. 6) #7 , Thor brinca com Tony Stark expondo seu número de telefone pessoal como 212-970-4133. Esse número foi válido por um tempo, e as ligações seriam atendidas por uma mensagem pré-gravada de Tony Stark explicando que ele precisava parar de usar o número por causa de Thor. Ele também direcionou o chamador para www.tonystarkironman.com, que redireciona para uma página da Marvel.com sobre Thor (Vol. 6) #7.
CARACTERIZAÇÃO
Aparência: Stark é um empresário alto e bem constituído, de cerca de 37 anos. Seu cavanhaque ainda lhe dá uma leve imagem de playboy.

Geralmente é visto em um terno caro ou macacão de engenheiro. De muitas maneiras, ele evoca um belo ator de Hollywood por volta de 1960, particularmente Rock Hudson.

Personalidade: Stark não é um grande herói. Ele combate o bom combate, mas muitas vezes é no interesse dos seus bens do que no interesse geral. Embora seja bastante carismático, corajoso e motivado, ele continua sendo um homem normal e tem um longo histórico de problemas de saúde e alterações extremas de humor.

Ele é um empresário dinâmico e normal; no entanto, ele acredita firmemente que o mundo dos negócios deve ser uma das partes mais responsáveis da sociedade. Assim, ele utiliza seu patrimônio para o bem comum, se preocupa com o bem-estar de seus funcionários e utiliza parte de seus benefícios para causas sociais (como a fundação Maria Stark).

Certa vez, ele fechou a divisão de sistemas de armas das Empresas Stark como uma objeção moral à construção de ferramentas de destruição em massa.

Embora seja o capitalista por excelência, sua filosofia também é fortemente humanista, resultando em uma figura única no mundo dos negócios.

Suas motivações são complexas, principalmente porque ele nunca saiu da sombra de seu pai. Seu relacionamento adversário com seu pai falecido explica muitas das coisas autodestrutivas que ele fez. Isso também explica por que ele não é o barão implacável que poderia facilmente ter sido.

A principal característica de Stark é sua fé absoluta na tecnologia, o que pode em parte ter prejudicado seu crescimento como ser humano. P&D é sua vocação de vida e negócios sua paixão. Sua relação com sua armadura decorre disso: para ele, ser o Homem de Ferro é outro vício, que ele ainda não venceu ou mesmo admitiu, e ele tende a resolver a maioria dos problemas vestindo-se.

Ele sempre superará qualquer dificuldade para perseguir esses objetivos, mas não é forte o suficiente para evitar se colocar em dificuldades.

 HISTÓRIA DE ORIGEM
Homem de Ferro Modelo 1 Mark 1 | by Jack Kirby & Don Heck

Tony Stark teve uma relação difícil com seu pai, sendo enviado aos seis anos de idade para um internato, onde ele iria em breve começar a experimentar a convivência com mais pessoas. Mesmo sendo uma criança no ensino médio, ele era considerado por muitos como um prodígio e gênio. Mais tarde, é revelado que Howard Stark, mesmo sendo uma boa pessoa, quando é vítima da fraqueza dos Starks (o álcool), se tornava um alcoólatra desprezível tanto verbalmente quanto abusivo com sua esposa e filho. Foi Howard quem forçou Tony a beber sua primeira bebida alcoólica. Howard tentou ensinar à Tony muitas lições, tais como os custos de fazer a guerra e que ele deve sempre limpar suas próprias mãos.

Juntou-se então ao programa de graduação no MIT com 15 anos de idade, onde se formou em física e engenharia elétrica. Tal grade dupla de horários foi fácil para ele, e este fato prova sua genialidade ainda na adolescência, uma vez que tais matérias são extremamente difíceis. Por fim, ele recebeu graus de mestre em ambos os campos de estudo. Como um jovem estudante de intelecto genial, Tony Stark conheceu outra mente brilhante, Bruce Banner, pelo Dr. Derenik Zadian na Conferência Pensamentos Avançados ( "Forward Thought Conference" ) na Universidade de Oxford. Isso levaria a uma longa vida de rivalidade científica entre os dois. Pouco tempo depois, Tony matriculou-se na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde conheceu Cassandra Gillespie. Durante seu primeiro encontro com Cassandra, Tony a protegeu de um grupo de agentes Hydra que estavam atrás da mãe de Cassandra, uma traficante de armas e rival de negócios de Howard Stark. Na sequência deste incidente, Howard trouxe Tony de volta à América e, forçadamente, ele terminou o relacionamento com Cassandra, que mal havia começado. Depois disso, Meredith McCall, filha de Creighton McCall, maior rival de Howard no negócios, se apaixonou por Tony. No entanto, seus pais os proibiram de se virem. Tony derivou em seus anos 20 e se tornou ocioso, rico, indolente e sem raízes, perambulando ao redor do mundo como um jet set aventureiro de playboy.

Quando ele tinha 21 anos, os pais de Tony foram mortos em um acidente de carro e ele herdou os negócios de seu pai, As Indústrias Stark (Stark Industries). Dentro de alguns anos, ele transformou a empresa em um complexo de indústria multi-bilionária cujos contratos chefe eram para armamento avançado e munições para o governo dos EUA. Tony também comprou a empresa que construiu o carro que seus pais estavam dirigindo quando perderam suas vidas e a de falhas corrigidas em projetos de veículos da empresa, incluindo aqueles que envolviam sistemas de "freios".

Durante a guerra do Vietnã, o inventor e empresário Tony Stark foi vítima de uma explosão de granada. Stark sobreviveu à explosão mas estilhaços do explosivo se alojaram próximo ao seu coração, ameaçando sua vida. Ele foi capturado e levado até o líder Wong Chu. Restavam apenas alguns dias de vida para o americano, e Wong Chu o forçou a criar uma poderosa arma.Tony não criou uma arma e sim algo que o mantivesse vivo e permitisse derrotar os captores. Preso com ele estava outro gênio, o professor Ho Yinsen. Stark revelou seu plano ao professor e Yinsen o ajudou.

Quando os homens de Wong Chu se aproximaram, o velho professor pegou uma metralhadora, mas acabou sendo fuzilado, mas garantiu tempo suficiente para que Stark se recuperasse e se acostumasse a usar a armadura criada.

O Homem de Ferro enfrentou os soldados e os derrotou. Sua armadura resistia aos disparos contra ele. Wong Chu tentou fugir e o Homem de Ferro incendiou o galpão de munições fazendo com que a explosão o matasse. Os prisioneiros foram libertados.

Desde então Stark desenvolveu novas versões de sua armadura e adotou as cores vermelho e dourado como as padrões da armadura, com algumas pequenas alterações esporádicas como preto, prateado e, mais recentemente, branco.

No começo de suas atuações, e para que ninguém desconfiasse, Stark espalhou o boato de que o Homem de Ferro era seu guarda-costas. Nas aventuras dos anos 70 e 80, era comum heróis, vilões e coadjuvantes do Universo Marvel se referirem ao Homem de Ferro como "o lacaio de armadura". Apenas seu motorista, Harold "Happy" Hogan, e sua secretária, Virginia "Pepper" Potts, sabiam da identidade secreta de Stark.

Homem de Ferro Modelo 1 Mark 2


VELHO LOGAN (ARCO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS DE 2008)

 


  • EDITORA(S): Marvel Comics
  • PUBLICAÇÕES: Wolverine Volume 3 #66-72, Wolverine – Giant-Size Old Man Logan.
  • ARGUMENTO: (vol. 1) Mark Millar, (vol. 2) Brian Michael Bendis, (vol. 3) Jeff Lemire
  • ARTE: (vol. 1) Steve McNiven, (vol. 2) Andrea Sorrentino, (vol. 3) Andrea Sorrentino
  • ONDE LER: Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel 58
Velho Logan (no original em inglês: Old Man Logan) é um arco de história em quadrinhos do personagem Wolverine, publicado pela Marvel Comics. Escrito por Mark Millar e ilustrado por Steve McNiven, foi lançado em junho de 2008, sendo publicado em Wolverine #66-72 e terminado em Wolverine Giant-Size Old Man Logan, de setembro de 2009. É definido como um universo alternativo designado como Terra-807128.

SINOPSE
Os Estados Unidos e o mundo da Terra-807128 foram conquistados e divididos entre supervilões, com territórios pertencentes ao Abominação (mais tarde conquistado pelo Hulk ), Magneto (mais tarde conquistado por um novo Rei do Crime), Doutor Destino, e o Caveira Vermelha , que se nomeou presidente dos Estados Unidos. Os super-heróis foram eliminados da existência, com os poucos sobreviventes escondidos. Logan mora com sua esposa Maureen e os filhos pequenos Scotty e Jade em um terreno árido em Sacramento, Califórnia , hoje parte do território conhecido como Hulkland. Precisando de dinheiro para pagar o aluguel de seus proprietários, a Gangue Hulk (os incestuosos netos caipiras do Hulk e de sua prima She-Hulk ), Logan aceita um emprego de um cego Clint Barton para ajudá-lo a viajar para o leste, para a capital da Nova Babilônia e entregar um pacote secreto (que Logan presume ser drogas). 

HISTÓRIA DE PUBLICAÇÃO
O Velho Logan estreou como personagem na série de Mark Millar em Quarteto Fantástico , que apresentava personagens fortemente implícitos como o idoso Wolverine e Bruce Banner Jr. Wolverine: Old Man Logan começou como um enredo de oito edições do terceiro volume da série Wolverine em andamento do escritor Mark Millar e do artista Steve McNiven , publicado pela Marvel Comics em junho de 2008. A série passou por Wolverine (volume 3) #66–72 (junho de 2008 - junho de 2009) e terminou em Wolverine Giant-Size Old Man Logan #1 em 9 de setembro de 2009.

Old Man Logan estreou em sua série solo durante o enredo de Secret Wars de 2015, escrito por Brian Michael Bendis com arte de Andrea Sorrentino. Esta história continua em uma série contínua com o mesmo nome começando em janeiro de 2016, escrita por Jeff Lemire com Sorrentino retornando como artista.

HOMEM DAS CAVERNAS (HUMANOS PRIMITIVOS)

Mural de uma família Neandertal, de Charles Robert Knight em 1920. O homem das cavernas é um personagem representativo dos humanos primitivo...