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| pôster de lançamento nos cinemas. |
- GÊNERO: Ação/aventura,
- ORÇAMENTO: U$6—7.000.000
- BILHETERIA: U$250.925.379
- DURAÇÃO:
- DIREÇÃO: Francis Ford Coppola
- ROTEIRO: Francis Ford Coppola e Mario Puzo (Baseado no Romance de Mario Puzo)
- CINEMATOGRAFIA: Gordon Willis
- EDIÇÃO: William Reynolds e Peter Zinner
- MÚSICA: Nino Rota
- ELENCO:
- Marlon Brando — Dom Vito Corleone
- Al Pacino — Michael Corleone
- James Caan — Sonny Corleone
- Richard Castellano — Peter Clemenza
- Robert Duvall — Tom Hagen
- Sterling Hayden — Cap. McCluskey
- John Marley — Jack Woltz
- Richard Conte — Emilio Barzini
- Al Lettieri — Virgil Sollozzo
- Diane Keaton — Kay Adams-Corleone
- Abe Vigoda — Salvatore Tessio
- Talia Shire — Connie Corleone
- Gianni Russo — Carlo Rizzi
- John Cazale — Fredo Corleone
- Rudy Bond — Cuneo
- Al Martino — Johnny Fontane
- Morgana King — Carmela Corleone
- Lenny Montana — Luca Brasi
- Johnny Martino — Paulie Gatto
- Salvatore Corsitto — Amerigo Bonasera
- Richard Bright — Al Neri
- Alex Rocco — Moe Greene
- Tony Giorgio — Bruno Tattaglia
- Vito Scotti — Nazorine
- Tere Livrano — Theresa Hagen
- Victor Rendina — Philip Tattaglia
- Jeannie Linero — Lucy Mancini
- Julie Gregg — Sandra Corleone
- Ardell Sheridan — Srta. Clemenza
- Simonetta Stefanelli — Apollonia Vitelli-Corleone
- Angelo Infanti — Fabrizio
- Franco Citti — Calò
- Corrado Gaipa — Don Tommasino
- Saro Urzì — Signor Vitelli
- Tom Rosqui — Rocco Lampone
- Joe Spinell — Willi Cicci
- Gabriele Torrei — Enzo
- Anthony Gounaris — Anthony Corleone
- Sofia Coppola — Michael Rizzi
- PRODUÇÃO: Albert S. Ruddy, Paramount Pictures Corporation, Alfran Productions
- DISTRIBUIÇÃO: Paramount Pictures Corporation
- DATA DE LANÇAMENTO: 14 de março de 1972 (Teatro Estadual Loew's), 24 de março de 1972 (Estados Unidos)
- SEQUÊNCIA: O Poderoso Chefão Parte II (1974)
- ONDE ASSISTIR:
The Godfather (bra: O Poderoso Chefão; prt: O Padrinho) é um filme épico estadunidense gângsteres de 1972, dirigido por Francis Ford Coppola e baseado no livro homônimo de Mario Puzo lançado em 1969, tendo seu roteiro escrito por ambos.
SINOPSE
Uma família mafiosa luta para estabelecer sua supremacia nos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial. Uma tentativa de assassinato deixa o chefão Vito Corleone incapacitado e força os filhos Michael e Sonny a assumir os negócios.
LANÇAMENTO
cinema: A estreia mundial de O Poderoso Chefão ocorreu no Loews State Theatre, na cidade de Nova York, na terça-feira, 14 de março de 1972, quase três meses após a data de lançamento planejada para o Natal de 1971, com os lucros da estreia doados ao Boys Club de Nova York. Antes da estreia, o filme já havia arrecadado US$ 15 milhões com aluguéis antecipados em mais de 400 cinemas selecionados em todo o país, como parte do plano de promoção de marketing do filme. No dia seguinte, o filme estreou em cinco cinemas em Nova York (Loew's State I e II, Orpheum, Cine e Tower East). Em seguida, foi a vez do Imperial Theatre em Toronto em 17 de março e depois em Los Angeles, em dois cinemas, em 22 de março. O Poderoso Chefão foi lançado em 24 de março de 1972, no restante dos Estados Unidos chegando a 316 cinemas cinco dias depois.
Mídia doméstica: Os direitos de transmissão televisiva foram vendidos por um valor recorde de 10 milhões de dólares à NBC para uma única exibição em duas noites. A versão cinematográfica de O Poderoso Chefão estreou na televisão americana pela rede NBC com apenas pequenas edições. A primeira metade do filme foi exibida no sábado, 16 de novembro de 1974, e a segunda metade dois dias depois. As exibições televisivas atraíram uma grande audiência, com uma classificação média Nielsen de 38,2 e uma participação de audiência de 59%, tornando-se o oitavo filme mais assistido na televisão, com a transmissão da segunda metade obtendo a terceira melhor classificação para um filme na TV, atrás de Aeroporto e Love Story, com uma classificação de 39,4 e 57% de participação. A transmissão ajudou a gerar expectativa para a sequência que estava por vir. No ano seguinte, Coppola criou a Saga do Poderoso Chefão expressamente para a televisão americana, num lançamento que combinava O Poderoso Chefão e O Poderoso Chefão Parte II com cenas não utilizadas desses dois filmes, numa narrativa cronológica que atenuou o material violento, sexual e profano para a sua estreia na NBC em 18 de novembro de 1977. Em 1981, a Paramount lançou o box set O Poderoso Chefão Épico, que também contava a história dos dois primeiros filmes em ordem cronológica, novamente com cenas adicionais, mas sem censura para adequação à televisão. A Trilogia do Poderoso Chefão foi lançada em 1992, na qual os filmes estão fundamentalmente em ordem cronológica.
O documentário "The Godfather Family: A Look Inside", com 73 minutos de duração, foi lançado em 1991. Dirigido por Jeff Warner, o filme apresentou cenas de bastidores dos três filmes, entrevistas com os atores e testes de elenco. A Coleção em DVD de "O Poderoso Chefão" foi lançada em 9 de outubro de 2001, em um pacote que continha os três filmes — cada um com uma faixa de comentários de Coppola — e um disco bônus contendo "The Godfather Family: A Look Inside". O DVD também incluía uma árvore genealógica da família Corleone, uma linha do tempo de "O Poderoso Chefão" e trechos dos discursos de agradecimento do Oscar.
O Poderoso Chefão - A Restauração de Coppola: Durante o lançamento original do filme nos cinemas, os negativos originais se desgastaram devido à grande quantidade de cópias impressas para atender à demanda. Além disso, o negativo duplicado foi perdido nos arquivos da Paramount. Em 2006, Coppola contatou Steven Spielberg — cujo estúdio, DreamWorks, havia sido recentemente adquirido pela Paramount — sobre a restauração de O Poderoso Chefão. Robert A. Harris foi contratado para supervisionar a restauração de O Poderoso Chefão e suas duas sequências, com a participação do diretor de fotografia do filme, Willis. O trabalho começou em novembro de 2006 com o reparo dos negativos para que pudessem ser digitalizados e gerar arquivos 4K de alta resolução. Se um negativo estivesse danificado ou descolorido, o trabalho era feito digitalmente para restaurá-lo à sua aparência original. Após um ano e meio de trabalho na restauração, o projeto foi concluído. A Paramount chamou o produto final de O Poderoso Chefão: A Restauração Coppola e o lançou ao público em 23 de setembro de 2008, em DVD e Blu-ray. Dave Kehr, do The New York Times, acreditava que a restauração trouxe de volta o "brilho dourado das exibições originais nos cinemas". No geral, a restauração do filme foi bem recebida pela crítica e por Coppola. O Poderoso Chefão: A Restauração Coppola contém vários novos recursos especiais em alta definição (incluindo cenas adicionais, filmagens de bastidores, etc.).
A Paramount Pictures restaurou e remasterizou O Poderoso Chefão, O Poderoso Chefão Parte II e O Poderoso Chefão Coda: A Morte de Michael Corleone (uma versão reeditada do terceiro filme) para uma exibição limitada nos cinemas e lançamento em mídia doméstica em Blu-ray e Blu-ray 4K para celebrar o 50º aniversário da estreia de O Poderoso Chefão. As edições em disco foram lançadas em 22 de março de 2022.
RECEPÇÃO
Bilheteria: O Poderoso Chefão foi um SUCESSO ESTRONDOSO, quebrando muitos recordes de bilheteria e se tornando o filme de maior bilheteria de 1972. A bilheteria do dia de estreia do filme em cinco cinemas foi de US$ 57.829, com os preços dos ingressos subindo de US$ 3 para US$ 3,50. Os preços em Nova York subiram ainda mais no fim de semana, para US$ 4, e o número de exibições aumentou de quatro para sete vezes por dia. O filme arrecadou US$ 61.615 em Toronto no fim de semana e US$ 240.780 em Nova York, para uma bilheteria total de US$ 302.395 no fim de semana de estreia. O filme arrecadou US$ 454.000 na semana em Nova York e US$ 115.000 em Toronto, totalizando US$ 568.800 na primeira semana, o que o tornou o número um nas bilheterias dos EUA naquela semana. Nos primeiros cinco dias de lançamento nacional, arrecadou US$ 6,8 milhões, elevando sua arrecadação total para US$ 7.397.164. Uma semana depois, sua arrecadação havia chegado a US$ 17.291.705, sendo que a arrecadação de cerca de US$ 10 milhões em uma semana foi um recorde para a indústria. Arrecadou mais US$ 8,7 milhões até 9 de abril, elevando sua arrecadação total para US$ 26.000.815. Após 18 semanas em primeiro lugar nos Estados Unidos, o filme arrecadou US$ 101 milhões, o filme que atingiu essa marca mais rapidamente. Alguns artigos de notícias da época proclamaram que foi o primeiro filme a arrecadar US$ 100 milhões na América do Norte, mas tais relatos são errôneos; esse recorde pertence a A Noviça Rebelde, lançado em 1965. Permaneceu em primeiro lugar nos EUA por mais cinco semanas, totalizando 23 semanas consecutivas em primeiro lugar, antes de ser destronado por Borboletas São Livres por uma semana, antes de voltar ao primeiro lugar por mais três semanas.
O filme acabou arrecadando US$ 81,5 milhões em aluguéis nos cinemas dos EUA e Canadá durante seu lançamento inicial, aumentando seus ganhos para US$ 85,7 milhões por meio de um relançamento em 1973, e incluindo um relançamento limitado em 1997, acabou arrecadando um valor bruto equivalente de exibição de US$ 135 milhões, com um custo de produção de US$ 6,5 milhões. Ele desbancou E o Vento Levou para reivindicar o recorde de maior arrecadação em aluguéis, uma posição que manteria até o lançamento de Tubarão em 1975. O filme repetiu seu sucesso no exterior, arrecadando um total sem precedentes de US$ 142 milhões em aluguéis em cinemas em todo o mundo, tornando-se o filme de maior arrecadação líquida. Os lucros de O Poderoso Chefão foram tão altos que os ganhos da Gulf & Western Industries, Inc., proprietária da Paramount, saltaram de 77 centavos por ação para US$ 3,30 por ação no ano, de acordo com um artigo do Los Angeles Times, datado de 13 de dezembro de 1972. Relançado mais oito vezes desde 1997, arrecadou entre US$ 250 milhões e US$ 291 milhões em bilheteria mundial, e ajustado pela inflação do preço dos ingressos na América do Norte, está entre os 25 filmes de maior bilheteria.
Resposta crítica: O Poderoso Chefão recebeu ampla aclamação da crítica e é considerado um dos maiores e mais influentes filmes de todos os tempos, particularmente do gênero gangster.
Andrew Sarris, do Village Voice, acreditava que Marlon Brando interpretou bem Vito Corleone e que seu personagem dominava cada cena em que aparecia, mas achava que Puzo e Coppola haviam focado demais o personagem de Michael Corleone na vingança. Além disso, Sarris afirmou que Richard Castellano, Robert Duvall e James Caan estavam bem em seus respectivos papéis. Pauline Kael, do The New Yorker, escreveu que "Se alguma vez houve um grande exemplo de como os melhores filmes populares surgem da fusão entre comércio e arte, O Poderoso Chefão é esse exemplo... [Coppola] manteve-se muito fiel ao sensacionalismo frenético do livro e, ainda assim, fez um filme com a amplitude e a força que romances populares como os de Dickens costumavam ter." Ela concluiu que "O Poderoso Chefão é um melodrama popular, mas expressa um novo realismo trágico."
Roger Ebert, do Chicago Sun Times, elogiou a escolha do elenco feita por Coppola e Ruddy: "Para o papel do policial irlandês, por exemplo, eles simplesmente colocaram Sterling Hayden e deixaram o personagem seguir seu caminho." Ele escreveu que "Coppola encontrou um estilo e uma estética visual para todo esse material, de modo que 'O Poderoso Chefão' se torna uma raridade: um filme realmente bom extraído de um best-seller. A decisão de filmar tudo com cenários de época (meados e final da década de 1940) foi crucial; se tivessem tentado economizar dinheiro como planejaram originalmente, modernizando tudo, o filme simplesmente não teria funcionado. Mas ele é incrivelmente bem-sucedido como um filme de época, repleto de limusines elegantes e imponentes e chapéus fedora do pós-guerra. Coppola e seu diretor de fotografia, Gordon Willis, também fizeram coisas interessantes com a fotografia colorida. As cenas iniciais têm um tom marrom-avermelhado, ligeiramente superexpostas e com uma aparência que lembra muito um suplemento de jornal de 1946." Ebert considerou O Poderoso Chefão o melhor filme de 1972. Gene Siskel, do Chicago Tribune, deu ao filme quatro de quatro estrelas, comentando que era "muito bom".
Desson Howe, do The Washington Post, chamou o filme de "jóia" e escreveu que Coppola merece a maior parte do crédito pelo filme. Escrevendo para o The New York Times, Vincent Canby sentiu que Coppola havia criado uma das "crônicas mais brutais e comoventes da vida americana" e prosseguiu dizendo que "transcende seu meio e gênero imediatos". O diretor Stanley Kubrick achou que o filme tinha o melhor elenco de todos os tempos e poderia ser o melhor filme já feito. O diretor Steven Spielberg o listou entre seus filmes favoritos. Stanley Kauffmann, da The New Republic, escreveu negativamente sobre o filme em uma crítica contemporânea, alegando que Pacino "se atrapalha em um papel muito exigente para ele", além de criticar a maquiagem de Brando e a trilha sonora de Rota.
Filmes anteriores sobre a máfia analisavam as gangues a partir da perspectiva de um forasteiro indignado. Em contraste, O Poderoso Chefão apresenta a perspectiva do gangster sobre a máfia como uma resposta à sociedade corrupta. Embora a família Corleone seja apresentada como imensamente rica e poderosa, nenhuma cena retrata prostituição, jogos de azar, agiotagem ou outras formas de extorsão. George De Stefano argumenta que o cenário de uma contracultura criminosa permite a estereotipagem de gênero sem pudor (como quando Vito diz a um Johnny Fontane choroso para "agir como um homem") e é uma parte importante do apelo do filme.
Ao comentar o quadragésimo aniversário do lançamento do filme, o crítico de cinema John Podhoretz elogiou O Poderoso Chefão como "indiscutivelmente a grande obra de arte popular americana" e "a soma de toda a grande produção cinematográfica anterior". Dois anos antes, Roger Ebert havia escrito em seu jornal que ele "é o filme que mais se aproxima de ser aquele em que todos concordam ... ser inquestionavelmente grandioso". Ebert o adicionou ao seu cânone de grandes filmes, escrevendo que "uma coisa estranha aconteceu enquanto eu assistia à versão restaurada: embora eu esteja familiarizado com Robert Duvall, quando ele apareceu pela primeira vez na tela, me peguei pensando: 'Ali está Tom Hagen'. Coppola foi à Itália para encontrar Nino Rota , compositor de muitos filmes de Fellini, para compor a trilha sonora do filme. Ouvindo a tristeza e a nostalgia do tema principal do filme, percebi o que a música estava nos dizendo: as coisas teriam sido melhores se eles tivessem escutado O Poderoso Chefão".
DESENVOLVIMENTO
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| Esta é a arte da capa do livro O Poderoso Chefão, escrito por Mario Puzo. Acredita-se que os direitos autorais da arte da capa pertençam à editora, G. P. Putnam's Sons, ou ao artista que a criou. |
O filme é baseado em O Poderoso Chefão, de Mario Puzo, que permaneceu na lista de best-sellers do The New York Times por 67 semanas e vendeu mais de nove milhões de cópias em dois anos. Publicado em 1969, tornou-se a obra publicada mais vendida da história por vários anos. Burt Lancaster e Danny Thomas expressaram interesse em adaptar o livro. A Paramount Pictures descobriu o romance de Puzo em 1967, quando um olheiro literário da empresa contatou o então vice-presidente de produção da Paramount, Peter Bart, sobre o manuscrito inacabado de sessenta páginas de Puzo, intitulado Máfia. Bart acreditava que a obra era "muito além de uma história sobre a máfia" e ofereceu a Puzo uma opção de US$ 12.500 pela obra, com uma opção de US$ 80.000 caso a obra finalizada fosse transformada em filme. Apesar do agente de Puzo ter-lhe dito para recusar a oferta, Puzo estava desesperado por dinheiro e aceitou o acordo. Robert Evans, da Paramount, relata que, quando se encontraram no início de 1968, ofereceu o acordo a Puzo depois de o autor lhe ter confidenciado que precisava urgentemente de 10.000 dólares para pagar dívidas de jogo.
Em março de 1967, a Paramount anunciou que apoiava o trabalho futuro de Puzo na esperança de fazer um filme. Em 1969, a Paramount confirmou suas intenções de fazer um filme baseado no romance pelo preço de US$ 80.000, com o objetivo de lançar o filme no Natal de 1971. Em 23 de março de 1970, Albert S. Ruddy foi oficialmente anunciado como produtor do filme, em parte porque os executivos do estúdio ficaram impressionados com sua entrevista e porque ele era conhecido por fazer seus filmes com orçamento inferior ao previsto.
Direção: Evans queria que o filme fosse dirigido por um ítalo-americano para torná-lo "étnico até a medula". O último filme de gângsteres da Paramount, The Brotherhood, teve um desempenho muito ruim nas bilheterias; Evans acreditava que o motivo do fracasso era a quase completa ausência de membros do elenco ou da equipe criativa de ascendência italiana (o diretor Martin Ritt e o astro Kirk Douglas não eram italianos). Sergio Leone foi a primeira escolha da Paramount para dirigir o filme. Leone recusou a opção para trabalhar em seu próprio filme de gângsteres, Era Uma Vez na América. Peter Bogdanovich foi então contatado, mas também recusou a oferta porque não estava interessado na máfia. Além disso, Peter Yates, Richard Brooks, Arthur Penn, Franklin J. Schaffner, Costa-Gavras e Otto Preminger receberam a oferta do cargo e a recusaram. O principal assistente de Evans, Peter Bart, sugeriu Francis Ford Coppola, um diretor de ascendência italiana que aceitaria trabalhar por um valor e orçamento baixos após o fraco desempenho de seu último filme, The Rain People. Coppola inicialmente recusou o trabalho porque achou o romance de Puzo sórdido e sensacionalista, descrevendo-o como "coisa bem barata". Na época, o estúdio de Coppola, American Zoetrope, devia mais de US$ 400.000 à Warner Bros. por estouros de orçamento no filme THX 1138 e, considerando sua situação financeira precária, além do conselho de amigos e familiares, Coppola reverteu sua decisão inicial e aceitou o trabalho. Coppola foi oficialmente anunciado como diretor do filme em 28 de setembro de 1970. Coppola concordou em receber US$ 125.000 e seis por cento da bilheteria bruta. Coppola mais tarde encontrou um tema mais profundo para o material e decidiu que o filme não deveria ser sobre crime organizado, mas uma crônica familiar, uma metáfora para o capitalismo na América.
Coppola e Paramount: Antes de O Poderoso Chefão entrar em produção, a Paramount estava passando por um período de insucesso. Além do fracasso de A Irmandade, outros filmes recentes produzidos ou coproduzidos pela Paramount excederam em muito seus orçamentos: Darling Lili, Paint Your Wagon e Waterloo. O orçamento do filme era originalmente de US$ 2,5 milhões, mas, à medida que o livro crescia em popularidade, Coppola argumentou e acabou conseguindo um orçamento maior. Os executivos da Paramount queriam que o filme fosse ambientado na Kansas City contemporânea e filmado nos estúdios para reduzir custos. Coppola se opôs e queria ambientar o filme no mesmo período do romance, as décadas de 1940 e 1950; Os motivos de Coppola incluíam o período de Michael Corleone no Corpo de Fuzileiros Navais durante a guerra, o surgimento da América corporativa e a América nos anos após a Segunda Guerra Mundial. O romance estava se tornando cada vez mais bem-sucedido e, portanto, os desejos de Coppola foram finalmente atendidos. Os chefes do estúdio posteriormente permitiram que Coppola filmasse em locações na cidade de Nova York e na Sicília.
O executivo da Gulf+Western, Charles Bluhdorn, estava frustrado com Coppola devido ao número de testes de elenco que ele havia realizado sem encontrar uma pessoa para interpretar os vários papéis. A produção rapidamente atrasou devido à indecisão de Coppola e aos conflitos com a Paramount, o que levou a custos em torno de US$ 40.000 por dia. Com o aumento dos custos, a Paramount fez com que o vice-presidente, Jack Ballard, acompanhasse de perto as despesas de produção. Durante as filmagens, Coppola afirmou que sentia que poderia ser demitido a qualquer momento, pois sabia que os executivos da Paramount não estavam satisfeitos com muitas das decisões que ele havia tomado. Coppola estava ciente de que Evans havia pedido a Elia Kazan para assumir a direção do filme porque temia que Coppola fosse muito inexperiente para lidar com o aumento da escala da produção. Coppola também estava convencido de que o editor do filme, Aram Avakian, e o assistente de direção, Steve Kestner, estavam conspirando para que ele fosse demitido. Avakian reclamou com Evans que não conseguia editar as cenas corretamente porque Coppola não estava filmando material suficiente. Evans ficou satisfeito com o material enviado para a Costa Oeste — no qual também havia a cena do duplo assassinato de Michael no restaurante do Bronx — e autorizou Coppola a demitir os dois. Coppola explicou mais tarde: "Como o Poderoso Chefão, eu demitia pessoas como um ataque preventivo. As pessoas que mais estavam tentando me demitir, eu demiti." Brando ameaçou se demitir se Coppola fosse demitido.
A Paramount queria que O Poderoso Chefão agradasse a um público amplo e ameaçou Coppola com um "coach de violência" para tornar o filme mais emocionante. Coppola adicionou algumas cenas violentas a mais para manter o estúdio satisfeito: a cena em que Connie quebra a louça depois de descobrir que Carlo a estava traindo foi adicionada por esse motivo.
Escrita: Em 14 de abril de 1970, foi revelado que Puzo foi contratado pela Paramount por US$ 100.000, além de uma porcentagem dos lucros do filme, para trabalhar no roteiro. Baseando-se no livro, Coppola queria que os temas de cultura, caráter, poder e família estivessem em primeiro plano no filme, enquanto Puzo queria manter aspectos de seu romance e seu rascunho inicial de 150 páginas foi finalizado em 10 de agosto de 1970. Depois que Coppola foi contratado como diretor, tanto Puzo quanto Coppola trabalharam no roteiro, mas separadamente. Puzo trabalhou em seu rascunho em Los Angeles, enquanto Coppola escreveu sua versão em São Francisco. Coppola criou um livro onde arrancou páginas do livro de Puzo e as colou em seu próprio livro. Ali, ele fez anotações sobre cada uma das cinquenta cenas do livro, relacionadas aos principais temas predominantes na cena, se a cena deveria ser incluída no filme, juntamente com ideias e conceitos que poderiam ser usados durante as filmagens para tornar o filme fiel à cultura italiana. Os dois permaneceram em contato enquanto escreviam seus respectivos roteiros e tomavam decisões sobre o que incluir e o que remover para a versão final. Um segundo rascunho foi concluído em 1º de março de 1971 e tinha 173 páginas. O roteiro final foi concluído em 29 de março de 1971, e acabou tendo 163 páginas, 40 páginas a mais do que a Paramount havia solicitado. Durante as filmagens, Coppola consultou o caderno que havia criado sobre o rascunho final do roteiro. O roteirista Robert Towne foi convidado a fazer algum trabalho não creditado no roteiro como consultor de roteiro, particularmente no diálogo da cena do jardim de Pacino-Brando. Apesar de ter terminado o terceiro rascunho, algumas cenas do filme ainda não haviam sido escritas e foram escritas durante a produção.
A Liga Ítalo-Americana de Direitos Civis, liderada pelo mafioso Joseph Colombo, sustentou que o filme enfatizava estereótipos sobre ítalo-americanos e exigiu a remoção de todas as palavras "máfia" e "Cosa Nostra" do roteiro. A liga também solicitou que todo o dinheiro arrecadado com a estreia fosse doado ao fundo da liga para a construção de um novo hospital. Coppola alegou que o roteiro de Puzo continha apenas duas ocorrências da palavra "máfia", enquanto "Cosa Nostra" não era usada em nenhum momento. Elas foram removidas e substituídas por outros termos, sem comprometer a história. A liga acabou por apoiar o roteiro. Anteriormente, os vidros do carro do produtor Albert S. Ruddy foram alvejados e um bilhete foi deixado no painel, que basicamente dizia: "parem o filme — ou então". No entanto, foi revelado em agosto de 1971 que Ruddy se encontrou pessoalmente com o chefe da família Colombo, Joseph Colombo, o filho de Colombo, Anthony, e cerca de 1.500 delegados da Liga Ítalo-Americana de Direitos Civis de Colombo quando estava desenvolvendo o filme, com a primeira reunião sendo realizada em 25 de fevereiro de 1971. Ruddy também realizaria inúmeras reuniões com Anthony Colombo. Essas reuniões levaram Ruddy a concordar em basear o filme em indivíduos e garantir que ele não difamaria ou estereotiparia os italianos. Foi até relatado que Anthony Colombo acabou tornando Ruddy um capitão honorário da Liga.
Elenco: Puzo foi o primeiro a demonstrar interesse em ter Marlon Brando interpretando Don Vito Corleone, enviando uma carta a Brando na qual afirmava que ele era o "único ator capaz de interpretar o Poderoso Chefão". Apesar dos desejos de Puzo, os executivos da Paramount eram contra a escolha de Brando, em parte devido ao fraco desempenho de seus filmes recentes e também por seu temperamento explosivo. Brando estava hesitante em voltar a atuar, mas sua secretária, Alice Marchak, o persuadiu a fazer um teste. Coppola preferia Brando ou Laurence Olivier para o papel, mas o agente de Olivier recusou o papel alegando que Olivier estava doente; no entanto, Olivier estrelou Sleuth ainda naquele ano. Evans insistiu para que Carlo Ponti ou Ernest Borgnine recebessem o papel. Bluhdorn propôs Charles Bronson para o papel. Outros considerados foram George C. Scott, Richard Conte (que acabou sendo escalado como Don Barzini), Raf Vallone, Anthony Quinn e Orson Welles. Welles se encontrou com Puzo e tentou convencê-lo de que ele era o certo para o papel.
Após meses de debate entre Coppola e a Paramount sobre Brando, os dois finalistas para o papel foram Borgnine e Brando; o presidente da Paramount, Stanley Jaffe, exigiu que Brando fizesse um teste de tela. Coppola não queria ofender Brando e afirmou que precisava testar o equipamento para poder realizar o teste de tela na residência de Brando na Califórnia. Para a maquiagem, Brando colocou bolas de algodão nas bochechas, passou graxa de sapato no cabelo para escurecê-lo e arregaçou a gola. Coppola colocou a fita de audição de Brando no meio dos vídeos das audições enquanto os executivos da Paramount as assistiam. Os executivos ficaram impressionados com os esforços de Brando e permitiram que Coppola o escalasse para o papel, desde que Brando aceitasse um salário menor e depositasse uma garantia para assegurar que não causaria atrasos na produção. Brando ganhou 1,6 milhões de dólares com um acordo de participação líquida.
Desde o início da produção, Coppola queria que Robert Duvall interpretasse o papel de Tom Hagen. Após testar vários outros atores, Coppola finalmente conseguiu o que queria e Duvall ficou com o papel. Al Martino, um cantor famoso em casas noturnas na época, foi informado sobre o personagem Johnny Fontane por um amigo que leu o romance e achou que Martino representava o personagem. Martino então contatou o produtor Albert S. Ruddy, que lhe ofereceu o papel. Martino perdeu o papel depois que Coppola se tornou diretor e o concedeu ao cantor Vic Damone. Segundo Martino, após perder o papel, ele procurou Russell Bufalino, seu padrinho e chefe do crime, que então providenciou a publicação de artigos alegando que Coppola desconhecia a oferta de Ruddy ao papel. Damone acabou desistindo do papel porque não queria provocar a máfia, além do salário ser muito baixo. No final, embora Frank Sinatra tenha ameaçado PROIBI-LO de entrar em Las Vegas se ele aceitasse o papel, o papel de Johnny Fontane foi dado a Martino.
Coppola escalou Diane Keaton para o papel de Kay Adams devido à sua reputação de ser excêntrica. Antes da audição, Keaton nunca tinha lido o livro, mas decidiu lê-lo depois de ser escalada. John Cazale recebeu o papel de Fredo Corleone depois de Coppola o ter visto atuar numa produção Off-Broadway. Gianni Russo recebeu o papel de Carlo Rizzi depois de lhe terem pedido para fazer um teste de ecrã no qual representou a luta entre Rizzi e Connie.
Perto do início das filmagens, em 29 de março, Michael Corleone ainda não havia sido escalado. Os executivos da Paramount queriam um ator popular, como Warren Beatty, Alain Delon ou Robert Redford. O produtor Robert Evans se interessou pelo ator francês Alain Delon, um dos maiores símbolos sexuais da Europa, que estava ansioso para interpretar Michael e até carregava um exemplar do livro O Poderoso Chefão. No entanto, a imagem elegante e refinada de Delon não combinava com o personagem intenso e taciturno que Coppola desejava. Posteriormente, Evans se voltou para Ryan O'Neal para o papel, em parte devido ao seu sucesso recente em Love Story. Pacino era o favorito de Coppola para o papel pois ele conseguia imaginá-lo vagando pelo interior da Sicília e queria um ator desconhecido que parecesse um ítalo-americano. Os executivos da Paramount acharam Pacino muito baixo para interpretar Michael. Muitos atores também fizeram testes, incluindo Dustin Hoffman, Martin Sheen, Dean Stockwell e James Caan. Keaton leu o roteiro com Caan e Sheen. Burt Reynolds recebeu a oferta para o papel de Michael, mas Brando ameaçou sair se Reynolds fosse contratado. Reynolds recusou o papel. Jack Nicholson também recebeu a oferta para o papel, mas recusou, pois achava que um ator ítalo-americano deveria interpretá-lo. Caan foi bem recebido pelos executivos da Paramount e inicialmente recebeu o papel de Michael, enquanto o papel de Sonny Corleone foi concedido a Carmine Caridi. Coppola insistiu para que os produtores Al Ruddy e Evans assistissem a Pânico em Needle Park com Pacino. Depois de assistirem ao filme, deram o papel a Pacino, permitindo que ele interpretasse Michael, desde que Caan interpretasse Sonny. Evans preferiu Caan a Caridi porque Caan era 18 centímetros mais baixo que Caridi, o que era muito mais próximo da altura de Pacino. No entanto, o próprio Pacino não conseguia se imaginar no papel porque via Michael Corleone como alguém mais glamoroso, mais reservado — alguém mais parecido com Alain Delon. Ele teve dificuldades nos primeiros testes de elenco, frequentemente esquecendo falas e improvisando diálogos. Apesar disso, Pacino aceitou o papel. Apesar de ter concordado em interpretar Michael Corleone, Pacino tinha contrato para estrelar o filme da MGM "The Gang That Couldn't Shoot Straight", mas os dois estúdios chegaram a um acordo e Pacino foi contratado pela Paramount três semanas antes do início das filmagens.
Robert De Niro foi originalmente escalado para o papel de Paulie Gatto. Uma vaga em The Gang That Couldn't Shoot Straight surgiu depois que Al Pacino abandonou o projeto para se dedicar a O Poderoso Chefão, o que levou De Niro a fazer um teste para o papel e a deixar O Poderoso Chefão após ser escolhido. De Niro também foi escalado para o papel de Sonny Corleone. Após a saída de De Niro, Johnny Martino assumiu o papel de Gatto. Coppola deu vários papéis no filme a membros da família. Ele deu à sua irmã, Talia Shire, o papel de Connie Corleone. Sua filha Sofia, então um bebê, apareceu como Michael Francis Rizzi, o filho recém-nascido de Connie e Carlo. CARMINE COPPOLA, seu pai, apareceu no filme como figurante tocando piano em uma cena. A esposa, a mãe e os dois filhos de Coppola apareceram como figurantes no filme. Vários papéis menores, como Luca Brasi, foram preenchidos depois que as filmagens já haviam começado. As escolhas de elenco de Ruddy lhe renderiam mais aprovação da Liga Ítalo-Americana de Direitos Civis, com Anthony Colombo supostamente nomeando Ruddy capitão da liga após a reunião em que os figurantes e atores coadjuvantes do filme foram escolhidos.
Filmagem: Antes do início das filmagens, o elenco teve um período de duas semanas para ensaios, que incluía um jantar onde cada ator e atriz tinha que assumir o personagem durante todo o tempo. As filmagens estavam programadas para começar em 29 de março de 1971, com a cena entre Michael Corleone e Kay Adams quando saem da Best & Co. na cidade de Nova York depois de comprar presentes de Natal. A previsão do tempo para 23 de março indicava neve, o que fez com que Ruddy antecipasse a data das filmagens; a neve não apareceu e uma máquina de neve foi usada. As filmagens principais em Nova York continuaram até 2 de julho de 1971. Coppola pediu uma pausa de três semanas antes de viajar para a Sicília para filmar. Após a partida da equipe para a Sicília, a Paramount anunciou que a data de lançamento seria adiada para o início de 1972.
O diretor de fotografia Gordon Willis inicialmente recusou a oportunidade de filmar O Poderoso Chefão porque a produção lhe pareceu "caótica". Depois que Willis aceitou a oferta, ele e Coppola concordaram em não usar nenhum dispositivo de filmagem moderno, helicópteros ou lentes de zoom. Willis e Coppola optaram por usar um "formato de tableau" de filmagem para que parecesse uma pintura. Ele usou sombras e baixos níveis de luz ao longo do filme para mostrar os desenvolvimentos psicológicos. Willis e Coppola concordaram em alternar cenas claras e escuras ao longo do filme. Willis subexpôs o filme para criar um "tom amarelado". As cenas na Sicília foram filmadas para mostrar a paisagem rural e "exibir uma terra mais romântica", dando a essas cenas uma sensação "mais suave e romântica" do que as cenas de Nova York.
Uma cena do filme envolveu uma cabeça de cavalo decepada de verdade. O local de filmagem dessa cena é contestado, já que algumas fontes indicam que foi filmada na Beverly Estate, enquanto outras indicam que foi filmada na Reserva Sands Point em Long Island. Coppola recebeu algumas críticas pela cena, embora a cabeça tenha sido obtida de uma empresa de ração para cães de um cavalo que seria morto independentemente do filme. Em 22 de junho, a cena em que Sonny é morto foi filmada em uma pista de pouso em Mitchel Field em Uniondale, onde três cabines de pedágio foram construídas, juntamente com guarda-corpos e outdoors para ambientar a cena. O carro de Sonny era um Lincoln Continental de 1941 com buracos perfurados para simular buracos de bala. A cena levou três dias para ser filmada e custou mais de 100 mil dólares.
O pedido de Coppola para filmar em locações reais foi atendido; aproximadamente 90% das filmagens ocorreram na cidade de Nova York e seus arredores, utilizando mais de 120 locações distintas. Diversas cenas foram filmadas na Filmways, no East Harlem. As partes restantes foram filmadas na Califórnia ou na Sicília. As cenas ambientadas em Las Vegas não foram filmadas em locações reais devido à falta de verba. Savoca e Forza d'Agrò foram as cidades sicilianas apresentadas no filme. A cena de abertura do casamento foi filmada em um bairro de Staten Island, utilizando quase 750 moradores locais como figurantes. A casa usada como residência da família Corleone e local do casamento ficava no número 110 da Longfellow Avenue, no bairro de Todt Hill, em Staten Island. O muro ao redor do complexo Corleone foi feito de isopor. Cenas ambientadas dentro e ao redor da empresa de azeite Corleone foram filmadas na Rua Mott.
Após o término das filmagens em 7 de agosto, os esforços de pós-produção se concentraram em reduzir o filme a uma duração gerenciável. Além disso, os produtores e o diretor ainda estavam incluindo e removendo diferentes cenas do produto final, juntamente com o corte de certas sequências. Em setembro, o primeiro corte bruto do filme foi exibido. Muitas das cenas removidas do filme eram centradas em Sonny, o que não contribuía para o avanço da trama. Em novembro, Coppola e Ruddy finalizaram o corte semifinal. Debates sobre o pessoal envolvido na edição final persistiram mesmo 25 anos após o lançamento do filme. O filme foi exibido para a equipe da Paramount e exibidores no final de dezembro de 1971 e janeiro de 1972.
MÚSICA
Coppola contratou o compositor italiano Nino Rota para criar a trilha sonora do filme, incluindo "Love Theme from The Godfather". Para a trilha sonora, Rota deveria relacioná-la às situações e personagens do filme. Rota sintetizou novas músicas para o filme e usou algumas partes de sua trilha sonora de Fortunella, de 1958, para criar uma atmosfera italiana e evocar a tragédia do filme. O executivo da Paramount, Evans, achou a trilha sonora muito "intelectual" e não queria usá-la; no entanto, ela foi usada depois que Coppola conseguiu convencê-lo. Coppola acreditava que a peça musical de Rota dava ao filme uma atmosfera ainda mais italiana. O pai de Coppola, Carmine, criou algumas músicas adicionais para o filme, particularmente a música tocada pela banda durante a cena de abertura do casamento.
A música incidental inclui "C'è la luna mezzo mare", a ária de Cherubino, "Non so più cosa son", de Le Nozze di Figaro de Mozart e "Brindisi", de La traviata de Verdi. Foi lançada uma trilha sonora para o filme em 1972 em vinil pela Paramount Records, em CD em 1991 pela Geffen Records e digitalmente pela Geffen em 18 de agosto de 2005. O álbum contém mais de 31 minutos de música que foi usada no filme, a maior parte composta por Rota, juntamente com uma canção de Coppola e uma de Johnny Farrow e Marty Symes. O AllMusic deu ao álbum cinco de cinco estrelas, com o editor Zach Curd dizendo que é uma "trilha sonora sombria, iminente e elegante". Um editor da Filmtracks acreditava que Rota foi bem-sucedido em relacionar a música aos aspectos centrais do filme. O Prelúdio e Fuga em Ré maior, BWV 532, e a Passacaglia e Fuga em Dó menor, BWV 582, de Bach, são tocados durante a cena do batismo.
PRÊMIOS
O Poderoso Chefão foi indicado a sete prêmios na 30ª edição do Globo de Ouro: Melhor Filme - Drama, Al Pacino e Marlon Brando para Melhor Ator - Drama, James Caan para Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Diretor e Melhor Roteiro, vencendo nas categorias de: Melhor Roteiro Original, Melhor Diretor, Melhor Ator - Drama (Brando), Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Filme - Drama.
A trilha sonora de Rota também foi indicada ao Grammy de Melhor Trilha Sonora Original para Filme ou Especial de TV na 15ª edição do Grammy Awards. Rota foi anunciado como vencedor da categoria em 3 de março na cerimônia do Grammy em Nashville, Tennessee.
Quando as indicações para o 45º Oscar foram reveladas em 12 de fevereiro de 1973, O Poderoso Chefão foi indicado a onze prêmios. As indicações foram para: Melhor Filme, Melhor Figurino, Marlon Brando para Melhor Ator, Mario Puzo e Francis Ford Coppola para Melhor Roteiro Adaptado, Pacino, Caan e Robert Duvall para Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Montagem, Nino Rota para Melhor Trilha Sonora Original, Coppola para Melhor Diretor e Melhor Som. Após uma análise mais detalhada do tema de amor de Rota para O Poderoso Chefão, a Academia descobriu que Rota havia usado uma trilha sonora semelhante na comédia Fortunella, de Eduardo De Filippo, de 1958. Isso levou a uma nova votação, na qual os membros do ramo musical escolheram entre seis filmes: O Poderoso Chefão e os cinco filmes que estavam na lista de indicados para melhor trilha sonora original dramática, mas não foram nomeados. A trilha sonora de John Addison para Sleuth venceu esta nova votação e, portanto, substituiu a trilha sonora de Rota na lista oficial de indicados. Na cerimônia de premiação, O Poderoso Chefão era visto como o favorito para levar para casa o maior número de prêmios. Das indicações que O Poderoso Chefão ainda tinha, ele ganhou apenas três Oscars: Melhor Ator para Brando, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme.
Brando, que não compareceu à cerimônia do Globo de Ouro dois meses antes, BOICOTOU a cerimônia do Oscar e recusou o prêmio, tornando-se o segundo ator a recusar o prêmio de Melhor Ator depois de George C. Scott em 1971. Brando enviou o ativista pelos direitos dos indígenas americanos, Sacheen Littlefeather, em seu lugar, para anunciar no pódio da premiação os motivos de Brando para recusar o prêmio, que se baseavam em sua objeção à representação dos indígenas americanos por Hollywood e pela televisão. Pacino também não compareceu à cerimônia; ele teria se sentido insultado por ser indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, quando teve mais tempo de tela do que seu colega de elenco e vencedor do prêmio de Melhor Ator, Brando, e, portanto, deveria ter recebido a indicação de Melhor Ator. Pacino nega isso, dizendo em suas memórias, Sonny Boy, que estava "com medo" de sua fama repentina e nunca ouviu o boato até muito mais tarde em sua vida.
O filme O Poderoso Chefão recebeu cinco indicações ao 26º BAFTA (British Academy Film Awards). Os indicados foram: Pacino para Revelação Mais Promissora, Rota para o Prêmio Anthony Asquith de Música para Cinema, Duvall para Melhor Ator Coadjuvante e Brando para Melhor Ator, além da figurinista do filme, Anna Hill Johnstone, para Melhor Figurino. A única indicação que ganhou foi a de Rota.
INFLUÊNCIA E LEGADO CULTURAL
Embora muitos filmes sobre gangsters tenham precedido O Poderoso Chefão, Coppola mergulhou seu filme na cultura dos imigrantes italianos, e sua representação de mafiosos como pessoas de considerável profundidade e complexidade psicológica foi inédita. Coppola foi além com O Poderoso Chefão Parte II, e o sucesso desses dois filmes, em termos de crítica, arte e bilheteria, foi um catalisador para a produção de inúmeras outras representações de ítalo-americanos como mafiosos, incluindo filmes como Os Bons Companheiros, de Martin Scorsese, e séries de TV como Família Soprano, de David Chase. Um estudo abrangente da cultura ítalo-americana no cinema de 1914 a 2014 foi conduzido pelo Instituto Itálico da América, mostrando a influência de O Poderoso Chefão. Mais de 81% dos filmes, ou seja, 430 filmes, que apresentam ítalo-americanos como mafiosos (87% dos quais são ficcionais) foram produzidos desde O Poderoso Chefão, uma média de 10 por ano, enquanto apenas 98 filmes foram produzidos antes de O Poderoso Chefão.
Produzido em um período de intenso cinismo e autocrítica nacional, o filme tocou em um ponto sensível sobre as identidades duplas sentidas por muitos descendentes de imigrantes. O Poderoso Chefão foi citado como uma influência no aumento das representações negativas de imigrantes italianos em Hollywood e foi uma ferramenta de recrutamento para o crime organizado. A frase de Don Vito Corleone, "Vou fazer a ele uma oferta que ele não poderá recusar", foi eleita a segunda frase mais memorável da história do cinema na lista "100 Anos... 100 Frases de Filmes" do American Film Institute, em 2014. O conceito não era exclusivo do filme. O escritor francês Honoré de Balzac, em seu romance O Pai Goriot (1835), escreveu que Vautrin disse a Eugène: "Nesse caso, farei a você uma oferta que ninguém recusaria." Uma frase quase idêntica foi usada no faroeste de John Wayne, Riders of Destiny (1933), onde Forrest Taylor afirma: "Fiz a Denton uma oferta que ele não pode recusar." Em 2014, o filme também foi escolhido como o melhor filme por 2.120 profissionais da indústria em uma pesquisa de Hollywood realizada pelo The Hollywood Reporter.
Os gangsters teriam reagido com entusiasmo ao filme. Salvatore "Sammy the Bull" Gravano, o antigo subchefe da família criminosa Gambino, disse: "Saí do cinema estupefato... quero dizer, saí flutuando. Talvez fosse ficção, mas para mim, naquela época, era a nossa vida. Foi incrível. Lembro-me de conversar com vários caras, membros da máfia, que se sentiram exatamente da mesma forma." Segundo Anthony Fiato, depois de assistirem ao filme, os membros da família criminosa Patriarca, Paulie Intiso e Nicky Giso, alteraram seus padrões de fala para imitar os de Vito Corleone. Intiso era conhecido por usar palavrões com frequência e por ter uma gramática ruim; mas depois de assistir ao filme, ele começou a melhorar sua fala e a filosofar mais. Em 2025, o The Times noticiou que os recrutas da máfia siciliana na Itália agora são obrigados pelos chefões da máfia a assistir O Poderoso Chefão para que possam aprender o ofício e porque os chefões da máfia temem que os novos recrutas “careçam de um código de honra”.
Reconhecimento
1998 AFI's 100 Years...100 Movies – Nº 3
2001 AFI's 100 Anos...100 Emoções – Nº 11
Lista dos 100 Melhores Filmes da AFI em 2005 ... 100 Frases Marcantes:
"Vou fazer-lhe uma oferta que ele não poderá recusar." – N.º 2
2006 AFI's 100 Years of Film Scores – Nº 5
2007 AFI's 100 Years...100 Movies (10th Anniversary Edition) – No. 2
2008 AFI's 10 Top 10 – Nº 1 Filme de Gangster
Outros: 1990 Selecionado para preservação no Registro Nacional de Filmes dos Estados Unidos por ser considerado "culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo".
Em 1992, O Poderoso Chefão ficou em 6º lugar na votação dos diretores para os Maiores Filmes de Todos os Tempos da Sight & Sound.
Em 1998, a Time Out realizou uma pesquisa e O Poderoso Chefão foi eleito o melhor filme de todos os tempos.
O Village Voice classificou O Poderoso Chefão em 12º lugar na sua lista dos 250 Melhores Filmes do Século em 1999, com base numa sondagem aos críticos.
Em 1999, a Entertainment Weekly o considerou o melhor filme já feito.
Em 2002, a Sight & Sound fez uma pesquisa com diretores de cinema e eles votaram no filme e em sua sequência como o segundo melhor filme de todos os tempos; a pesquisa de críticos separadamente o votou em quarto lugar.
Em 2002, O Poderoso Chefão foi classificado como o segundo melhor filme de todos os tempos pela Film4, depois de Star Wars Episódio V: O Império Contra-Ataca.
2002 O filme (juntamente com O Poderoso Chefão Parte II) foi incluído na lista dos "100 Filmes Essenciais de Todos os Tempos" pela Sociedade Nacional de Críticos de Cinema.
2005 Nomeado um dos 100 maiores filmes dos últimos 80 anos pela revista Time (os filmes selecionados não foram classificados).
Em 2006, o Writers Guild of America, West concordou, votando nele como o número dois em sua lista dos 101 maiores roteiros, depois de Casablanca.
Em 2008, foi eleito o nº 1 na lista dos 500 Maiores Filmes de Todos os Tempos da revista Empire.
Em 2008, foi votado em 50º lugar na lista dos "100 Maiores Filmes" pela prestigiada revista francesa Cahiers du cinéma.
Em 2009, O Poderoso Chefão foi classificado em 1º lugar na lista dos 10 melhores filmes não japoneses de todos os tempos da revista japonesa de cinema kinema Junpo.
Em 2010, o The Guardian classificou o filme em 15º lugar na sua lista dos 25 melhores filmes de arte.
Em 2012, o Sindicato dos Editores de Filmes classificou O Poderoso Chefão como o sexto filme mais bem editado de todos os tempos, com base em uma pesquisa com seus membros.
Em 2012, o filme ficou em sétimo lugar na lista dos dez melhores diretores da Sight & Sound. Na mesma lista, foi classificado em vigésimo primeiro lugar pelos críticos.
Em 2014, O Poderoso Chefão foi eleito o melhor filme em uma pesquisa do Hollywood Reporter com 2120 membros da indústria, incluindo todos os estúdios, agências, empresas de publicidade e produtoras de Hollywood.
Em 2015, ficou em segundo lugar na lista dos "100 Maiores Filmes Americanos" da BBC, votada por críticos de cinema de todo o mundo.
Em 2022, ficou em décimo segundo lugar na pesquisa de críticos da Sight & Sound do British Film Institute, enquanto na pesquisa de diretores ficou em terceiro lugar.
Representação em outros meios de comunicação
O filme foi referenciado e parodiado em vários tipos de mídia.
John Belushi apareceu em um esquete do Saturday Night Live como Vito Corleone em uma sessão de terapia; ele disse sobre a Família Tattaglia: "Além disso, eles atiraram no meu filho Santino 56 vezes".
A série de drama policial The Sopranos tem muitas referências a filmes. Mais notavelmente, o bar de topless de Silvio Dante se chama Bada Bing!, uma frase popularizada pelo personagem de James Caan, Sonny Corleone, em O Poderoso Chefão. Ao longo da série, Silvio imita o personagem de Al Pacino, Michael Corleone, usando citações do filme e suas sequências.
Na série de televisão animada Os Simpsons, houve muitas referências ao filme. Por exemplo, no episódio da 3ª temporada "O Pônei de Lisa", Lisa acorda e encontra um cavalo em sua cama e começa a gritar, uma referência a Jack Woltz encontrando a cabeça de seu cavalo de corrida premiado em sua cama. No episódio da 4ª temporada "O Senhor Arado", Bart Simpson é atingido por bolas de neve em imitação ao assassinato de Sonny.
A sequência do batismo do filme foi parodiada em "Fulgencio", o 13º episódio da 4ª temporada da série de comédia Modern Family, com Phil Dunphy substituindo Michael. A sequência também faz referência à cena da cabeça de cavalo, quando o filho de Phil, Luke, coloca uma cabeça de zebra decepada na cama de um menino que estava zombando dele e tinha medo de zebras. Phil também faz referência a falas de O Poderoso Chefão quando diz à sua esposa Claire: "Não me pergunte sobre os meus negócios", e menciona uma oferta que não pode recusar.
O videogame The Godfather de 2006 é baseado neste filme e conta a história de Aldo Trapani, cuja ascensão na hierarquia da família Corleone se cruza com o enredo do filme em diversas ocasiões. Duvall, Caan e Brando forneceram dublagens e suas imagens, mas Pacino não. Francis Ford Coppola expressou abertamente sua desaprovação ao jogo.
No filme de animação Zootopia, de 2016, o personagem Mr. Big é uma paródia de Vito Corleone.
Em 28 de abril de 2022, estreou no Paramount+ uma série dramática de 10 episódios, The Offer, sobre a produção contada da perspectiva do produtor Ruddy.
O filme Barbie de 2023, dirigido por Greta Gerwig, apresenta uma cena em que os personagens assistem a O Poderoso Chefão, com Ken, interpretado por Kingsley Ben-Adir, elogiando o filme como um esforço coletivo de Francis Ford Coppola e Robert Evans. Um trecho de O Poderoso Chefão também é mostrado, exibindo Marlon Brando na cena de abertura do filme.
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